quarta-feira, 17 de abril de 2013

IMS-RJ realiza seminário sobre fotolivros latino-americanos




Rosângela Rennó, Claudia Andujar, Miguel Rio Branco e Maureen Bisilliat são alguns dos participantes

Estão abertas as inscrições para o seminário Fotolivros latino-americanos, que será realizado entre os dias 7 e 10 de maio, das 19h às 21h, no IMS-RJ. O seminário, que acontece paralelamente à exposição homônima em cartaz no IMS-RJ até 16 de junho, terá a participação de pesquisadores, críticos, editores e artistas com trabalhos incluídos na publicação Fotolivros latino-americanos (Cosac Naify), entre eles: Miguel Rio Branco, Claudia Andujar, Maureen Bisilliat, Rosângela Rennó, Rodolfo Capeto, Joaquim Marçal, Luiz Alphonsus, o curador da exposição Horacio Fernández e Thyago Nogueira. O encontro tem o objetivo de promover o debate sobre a história dos livros de fotografia e o novo lugar dos livros de arte no cenário da produção editorial contemporânea. Durante o curso haverá uma visita-guiada à exposição.

Veja a programação completa:

07/05 (terça-feira) | História do livro fotográfico brasileiro e o livro de artista
Joaquim Marçal: panorama do livro fotográfico brasileiro no século XX; principais exemplos e marcos fundadores.
Rosângela Rennó: a experiência na criação de livros fotográficos. Destaque para "O arquivo universal e outros arquivos", presente na exposição Fotolivros latino-americanos.

08/05 (quarta-feira) | Design e fotolivros brasileiros. Fotografia experimental x produção editorial
Rodolfo Capeto, com participação de Luiz Alphonsus: a importância dos designers-criadores no Brasil, como Masao Ono; a experiência de produção do livro "Bares Cariocas", de Luiz Alphonsus.
Maureen Bisilliat: a experiência de Maureen Bisilliat na produção editorial de fotografia.

09/05 (quinta-feira) | A construção do livro fotográfico de autor e a edição de imagens
Miguel Rio Brancoo fotógrafo discutirá seus livros, sua obra e sua trajetória.
Horacio Fernández: entrevista com Miguel Rio Branco e debate

10/05 (sexta-feira) | Publicações fotográficas, modernidade e contemporaneidade: os precursores
Claudia Andujar Thyago Nogueira: a fotógrafa Claudia Andujar dedicou grande parte de sua vida ao trabalho entre os Yanomami.  O livro Amazônia (Claudia Andujar e George Love, 1978, com projeto gráfico de Wesley Duke Lee), incluído na exposição Fotolivros latino-americanos, é considerado uma das obras-primas da história dos fotolivros brasileiros. Neste encontro, Thyago Nogueira falará sobre sua experiência como editor e em seguida fará uma entrevista-conversa com Claudia Andujar.
Encerramento do seminário com Horacio Fernández: para o curador da exposição Fotolivros latino-americanos, existemduas histórias da fotografia. A história  convencional se articula em um contexto conhecido: arquivos, colecionismo, mercado, grandes nomes, obras-mestras, leilões. Uma história da fotografia protagonizada por fotolivros escapa deste esquema.

Sobre os participantes do seminário:
CLAUDIA ANDUJAR: nascida na Romênia, imigrou para o Brasil em 1954. Durante a década de 1970, Andujar recebeu bolsas daJohn Simon Guggenheim Foundation, e da Fundação de Apoio a Pesquisa (FAPESP), para fotografar e estudar a culturaYanomami. De 1978 a 2000, trabalhou para a ONG Comissão de Pró-Yanomami e coordenou a campanha para a demarcação do território Yanomami na Amazônia brasileira. Em 2000, ganhou o Prêmio Anual de Liberdade Cultural [Fotografia] como defensora dos Direitos Humanos da Lannan Foundation, no Novo México (EUA). Em 2003, recebeu o Prêmio Severo Gomes da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, São Paulo (Brasil), e em 2005, o prêmio de melhor Exposição de Fotografia da APCA[Associação Paulista dos Críticos de Arte], com Vulnerabilidade do Ser, realizada na Pinacoteca do Estado (São Paulo / Brasil).Em 2008, foi homenageada pelo Ministério da Cultura do Brasil por suas realizações artísticas e culturais.

HORACIO FERNÁNDEZ (1954, Espanha): historiador, curador e professor na Faculdad de Bellas Artes, em Cuenca, na Espanha. Foi curador da PhotoEspaña entre 2004 e 2006. É autor, entre outras publicações, de Fotografía Pública (1999), livro que acompanhou a exposição homônima com curadoria de Fernández para o Museo Reina Sofía (Madri). Autor de Fotolibros latinoamericanos (publicado no Brasil pela Cosac Naify, São Paulo, 2011) e curador da exposição homônima, atualmente em cartaz no Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro.

JOAQUIM MARÇAL FERREIRA DE ANDRADE (1957, Rio de Janeiro) é mestre em design pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor em história social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pesquisador da Divisão de Iconografia da Biblioteca Nacional, é também professor de fotografia no departamento de Artes & Design e no curso de arquitetura e urbanismo da PUC-Rio, além de lecionar na grade de especialização em fotografia da Universidade Candido Mendes. É autor de História da fotorreportagem no Brasil: A fotografia na imprensa do Rio de Janeiro de 1839 a 1900 (Campus, 2003).

LUIZ ALPHONSUS (Belo Horizonte, 1948). Artista multimídia, expôs em exibições individuais e coletivas no Brasil e no exterior, dentre as quais se destacam Salão da Bússola (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1969), XI Bienal de São Paulo (1971), e individuais como Coração (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1977), Infinitas Imagens do Tempo (Paço Imperial do Rio de Janeiro, 1994/1995) e Dedicado à Paisagem de Nosso Planeta (Museu de Arte Contemporânea de Niterói, 1998, trabalho premiado na década de 1970), Arte Foto (CCBB RJ, 2002-2003) e Chroma, MAM-Rio de Janeiro (2005). Representou o Brasil na 9ª Bienal de Paris com o audiovisual Natureza ou Besame Mucho e o filme Rio de Janeiro - Brasil. Dirige a Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage) de 1993 a 1998. Em 1980, lançou “Bares Cariocas” (Funarte), incluído na publicaçãoFotolivros latino-americanos.

MAUREEN BISILLIAT (Inglaterra, 1931). Fotógrafa e documentarista. Radicada no Brasil desde 1952, estudou pintura em Paris com André Lhote e em Nova York no Art Students’ League no período do auge do Expressionismo Abstrato. Deixou a pintura pela fotografia definitivamente em 1962, tendo trabalhado como fotojornalista e viajado para algumas das mais remotas áreas do Brasil. Seu primeiro livro foi lançado em 1965, seguido de outras publicações que traçam paralelos entre seu universo imagético e a obra de autores referenciais da literatura brasileira: Euclides da Cunha, Guimarães Rosa, Jorge Amado, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna e Adélia Prado.  Em 1970 recebeu da Guggenheim Foundation uma bolsa por mérito em Fotografia, que permitiu que continuasse seu trabalho com as culturas indígenas na região do Xingu. Em 2003 sua obra fotográfica foi incorporada ao acervo do Instituto Moreira Salles. Desde então a renovação do interesse em sua produção resultou em várias exibições, no Brasil e no exterior, pelas quais foi condecorada em 2010 com a medalha de Ordem do Mérito Cultural, atestando a positiva repercussão desta redescoberta.

MIGUEL RIO BRANCO (Las Palmas de Gran Canaria, Espanha, 1946). É correspondente da agência Magnum desde 1980. Pintor, fotógrafo, diretor de cinema e criador de instalações multimídia. Na década de 1960 estudou no New York Institute of Photography e na ESDI - Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Dirigiu 14 curtas metragens e fotografou 8 longas. Trabalhou intensamente na Europa e Américas desde o começo de sua carreira, em 1964, quando exibiu pinturas em uma exposição em Berna, Suíça. Nos anos 80 foi aclamado internacionalmente por seus filmes e fotografias na forma de prêmios, publicações e exposições como o Grande Prêmio da Primeira Trienal de Fotografia do Museu de Arte Moderna de São Paulo e o Prêmio Kodak de la Critique Photographique (1982, França). Dentre as principais exposições nos últimos 20 anos, estão Brésil des Brésiliens (1983, Centre George Pompidou Paris); 17ª Bienal de São Paulo (1983). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (1996)  e exposições em Paris, Veneza, Amsterdã, Nova York, Paris e Frankfurt na década 80. Teve fotografias publicadas em revistas como Stern, National Geographic, Geo, Aperture, Photo Magazine, Europeo, Paseante. Dulce Sudor Amargo. O primeiro livro de Rio Branco foi publicado em 1985 pelo Fundo de Cultura Econômica, México. O segundo, Nakta, com um poema de Louis Calaferte, foi publicado em 1996 pela Fundação Cultural de Curitiba. Em 1998 lançou dois livros: Miguel Rio Branco, com ensaio de David Levi Strauss, lançado pela Aperture; e Silent Book, pela Cosac Naify.
 
RODOLFO CAPETO (Niterói, 1956). É designer formado pela Escola Superior de Desenho Industrial, instituição pioneira no ensino do design no país, onde ensina desde 1992. Atualmente está em seu segundo mandato como diretor da Escola. Seus campos principais de atuação são a tipografia, o desenho de tipos e o design de informação, e foi um dos pioneiros no uso de processos digitais no design visual no Brasil, com mais de trinta anos de trabalho e pesquisa nessa área. Foi criador da tipografia exclusiva do dicionário Houaiss. Além de suas atividades didáticas na Esdi, tem atuado como conferencista e consultor em design.

ROSÂNGELA RENNÓ (Belo Horizonte, 1962) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Artes Plásticas pela Escola Guignard e em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais. É doutora em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Suas obras compõe diversas coleções no Brasil e no exterior. Expôs em exibições individuais e coletivas, dentre as quais se destacam The Appel Foundation (Amsterdam, 1995), Australian Center for Photography (Sydney, 1999), Instituto Tomie Ohtake (São Paulo, 2001), Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2003) e Pharos Center for Contemporary Art (Nicosia, 2009) - (individuais); Aperto93, 45a Bienal Internacional de Veneza (1993), 2nd Berlin Biennale (2001), Pavilhão Brasileiro, 50a Bienal Internacional de Veneza (2003), Óscar Muñoz y Rosângela Rennó. Crónicas de la Ausencia, Museo Rufino Tamayo (Mexico City, 2009), 22a e 29a Bienais de São Paulo Biennials (1994 e 2010), 12th Istanbul Biennial (2011) - (coletivas). Publicou entre outros livros 2005-510117385-5 (Edições RR, 2010) e A01[COD. 19.1.1.43] — A27 [S|COD.23] (Edições RR, 2013) e O Arquivo Universal e Outros Arquivos (Cosac Naify 2003), incluído na publicação Fotolivros latino-americanos.

THYAGO NOGUEIRA: editor e fotógrafo. Foi editor da Companhia das Letras entre 2001 e 2012. Hoje é coordenador de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles e editor da revista Zum, publicação semestral do IMS que mostra a amplitude do universo fotográfico ao publicar ensaios de importantes fotógrafos brasileiros e estrangeiros, acompanhados de entrevistas, artigos e textos históricos. É co-organizador do livro Por trás daquela foto: contos e ensaios sobre fotografia (Companhia das Letras, 2011).

Seminário Fotolivros latino-americanos:
De 7 a 10 de maio, das 19h às 21h
R$ 200 - inscrições somente na recepção do IMS-RJ
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500

Nenhum comentário:

Postar um comentário