sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Entrada gratuita para as mulheres no Dia 8 de Março
mulherNa semana do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o JBRJ se volta para a reflexão sobre as questões de gênero e celebra a inclusão feminina com uma série de atividades que acontecem de 8 a 14 de março. A comemoração começa no dia 8 – Dia Internacional da Mulher, quando o Jardim oferece entrada gratuita para todas as mulheres. Já os debates acontecem nos dias 11, 13 e 14 no Auditório da Escola Nacional de Botânica Tropical (ENBT).
 
Na terça-feira, 11/3, às 9h, uma mesa-redonda com a presidente do JBRJ Samyra Crespo, Simone Schäffer, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e Schuma Schumaher, da REDEH, debate políticas públicas e a autonomia econômica das mulheres. Às 12h  será apresentado o Clipe Kids - Quem Ama Abraça Fazendo Escola , produzido pela Redeh e IMM, com direção musical de Leila Pinheiro. 
 
Na quinta-feira, 13/3, das 9h às 12h, representantes femininas de diferentes setores do JBRJ discutem as ações afirmativas de gênero na instituição. Na ocasião será prestada uma homenagem à doutora Graziela Maciel Barroso (1912-2003), botânica do JBRJ cujo trabalho alcançou reconhecimento internacional.
 
Um debate sobre ações afirmativas de gênero na política e no setor público encerra a Semana da Mulher no JBRJ na sexta-feira, 14/3, às 9h. Na mesa, Nilcéa Freire, da Fundação Ford, e Daniela Demôro, da Michelin, discutem as cotas como ações afirmativas. A mesa é uma parceria entre a Fundação Ford, a Rede de Mulheres pela Sustentabilidade e o Comitê de Gênero do JBRJ.
 
O endereço da Escola Nacional de Botânica Tropical é Rua Pacheco Leão, 2040, Horto. Já a Coleção Temática de Plantas Medicinais fica no arboreto, ao lado do Parquinho Infantil.
 
 
 Frei tem vista privilegiada do Jardim
 
comoroO Cômoro Frei Leandro é mais um espaço renovado que o Jardim Botânico reabre ao público. A partir desta sexta-feira, 28 de fevereiro, os visitantes podem novamente apreciar uma das vistas mais bonitas do Jardim, bem em frente ao Lago das Vitórias-Régias, que neste fim de semana está coalhado também de belas ninféias. Dentro do Cômoro está a escultura do busto de Frei Leandro do Sacramento (1824 - 1829), primeiro diretor que deu caráter científico ao JBRJ.
 
Foram dois meses de trabalho das equipes de Manutenção e Conservação da Área Verde, que refizeram degraus, piso e a base do busto, recuperaram a placa em mármore e as grades, limparam a escultura, trocaram o telhado e fizeram poda ornamental da vegetação. O resultado é para ser conferido ao vivo e vai render belas imagens a quem vier ao Jardim.
 
 
Jardim Botânico do Rio fechará portões durante passagem de blocos
 
blocoDurante a passagem dos blocos carnavalescos pelas ruas Pacheco Leão e/ou Jardim Botânico, os portões do JBRJ serão fechados. A reabertura se dará após o desfile, de acordo com a orientação da segurança, que avaliará o momento oportuno. Veja lista de alguns blocos que saem na altura do Jardim Botânico e podem ocasionar fechamento dos portões:
 
Pede Passagem - 3/3/2014 - 16h, Gávea.
Concentração: Rua Jardim Botânico, em frente ao Jóquei Clube. Trajeto: Rua Jardim Botânico, Praça Santos Dummont, contornando a Praça e atravessando a Jardim Botânico até o local de concentração
 
Vagalume, o Verde - 4/3/2014 - 10h - Jardim Botânico
Concentração: Rua Jardim Botânico, esquina com Pacheco Leão. Trajeto: Rua Jardim Botânico, da Rua Pacheco Leão até a Praça Santos Dummont
 
Fofoqueiros de Plantão - 9/3/2014 - 11h - Jardim Botânico
Concentração: Rua Jardim Botânico, esquina com Pacheco Leão. Trajeto: Rua Jardim Botânico, da Rua Pacheco Leão até a Praça Santos Dummont
 
 
Novo horário do Jardim Botânico às segundas-feiras

jardimA partir de 10 de março, o horário de visitação ao Jardim, nas segundas-feiras, será das 12h às 17h. O arboreto estará fechado pela manhã para que as equipes possam limpar adequadamente as instalações, recolher o lixo gerado pelo fluxo intenso de visitantes nos fins de semana, varrer as áreas de visitação e recolher os resíduos vegetais acumulados. Além disso serão efetuados tratamentos de saúde das plantas, como a aplicação de produtos químicos e outros. As manhãs de segunda serão aproveitadas também para realizar operações com equipamentos pesados e para  manutenções da infraestrutura que exigem o isolamento de áreas.

De terça a domingo, o arboreto continua a abrir em seu horário normal, das 8h às 17h (ou até as 18h durante o período de horário de verão). Os trabalhos de conservação continuarão a ser executados também nas segundas à tarde e nos outros dias, porém com menor incômodo aos visitantes.

Você está recebendo a NewsLetter do Jardim Botânico do Rio de Janeiro porque seu e-mail foi cadastrado em nosso sítio na internet.
Para se descadastrar desta lista - este link
Para modificar suas preferências  - este link
To unsubscribe from this list - este link
To update your preferences - este link

Rodapé

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Instituto Moreira Salles inaugura exposição de Chico Albuquerque no Rio de Janeiro


O Instituto Moreira Salles apresenta, a partir de 26 de fevereiro em seu centro cultural no Rio de Janeiro, a exposição O Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque, com curadoria de Sergio Burgi, coordenador de Fotografia IMS. A exposição já esteve em São Paulo através de uma parceria entre o IMS e o Museu da Imagem e do Som (MIS).

No dia 25, às 19h haverá uma mesa de abertura com participação de Armando Strozenberg, publicitário e chairman da Havas Worldwide Brasil, Ricardo Albuquerque, filho do fotógrafo e diretor do Instituto Chico Albuquerque, e mediação de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do IMS.

A exposição Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque traz 130 imagens que integram o acervo produzido pelo fotógrafo durante seu período de atuação profissional em São Paulo, selecionadas a partir das principais vertentes da obra do autor: fotografia publicitária, fotografia industrial e de arquitetura, retrato de estúdio e documentação urbana. O projeto expográfico incorpora, ainda, um significativo conjunto de imagens do acervo que serão exibidas digitalmente na exposição.

Entre as décadas de 1950 e 1970, Chico Albuquerque trabalhou intensamente com propaganda e campanhas comissionadas, atendendo clientes de setores como indústria automobilística, moda, alimentos, arquitetura e política. Paralelamente à atividade comercial, manteve seu interesse na fotografia experimental e entre as décadas de 1940 a 1960 participou do movimento conhecido como fotoclubismo, que acontecia principalmente em torno do Foto Cine Clube Bandeirante. Seu pioneirismo na fotografia de publicidade no Brasil ainda é pouco conhecido, pois apenas uma pequena parte de seu acervo de 70.000 imagens veio a público. 

Um dos fotógrafos pioneiros da publicidade brasileira, Chico Albuquerque profissionalizou-se no ano de 1934, fazendo retratos no estúdio da família, em Fortaleza. Já em 1942, participou como fotógrafo de cena das históricas filmagens de It’s all true, de Orson Welles, experiência que marcou sua trajetória profissional. Cinco anos depois, mudou-se para São Paulo e montou um dos mais bem equipados estúdios da cidade que, logo, transformou-se em referência no Brasil.

Desde 2006 o Acervo Francisco Albuquerque se encontra sob a guarda do Instituto Moreira Salles em decorrência de um convênio entre o IMS e o MIS-SP, detentor do acervo - com a interveniência e participação do Instituto Cultural Chico Albuquerque de Fortaleza  que visa a sua preservação e difusão.

Exposição O Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque
Abertura: 25.02.14 às 19h30mesa de debate com Armando Strozenberg (Havas Worldwide Brasil), Ricardo Albuquerque (Instituto Chico Albuquerque), mediação Sergio Burgi (IMS) às 19h.

Data de visitação 26.02.2014 a 25.05.2014
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca - Classificação livre
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.
Catálogo O Estúdio Fotográfico Chico Albuquerque
125 pp.
R$ 54,90
23 x 28 cm
ISBN: 978-85-86707-94-0






sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

No dia 22 de fevereiro, o Instituto Moreira Salles lançará em DVD os filmes A pirâmide humana (1960) e Cocorico! Monsieur Poulet (1975), do cineasta francês Jean Rouch. Acompanhando o lançamento será realizada uma mostra com produções de Rouch entre os dias 15 e 27 de fevereiro, às 17h. Serão exibidos, além das obras lançadas em DVD, Eu, um negro (1957), A caça ao leão com arco (1958-1965), Os mestres loucos (1956), Jaguar (1954-1967), Pouco a pouco(1968-1970), Crônica de um verão (1960) e o documentário produzido para a TV francesa Jean Rouch como se...(1998), de Jean-André Fieschi.

A pirâmide humana
A chegada de uma jovem estudante francesa à cidade de Abidjan, na Costa do Marfim, é o ponto de partida para uma experiência provocativa. Rouch reúne dois grupos de alunos de uma mesma escola, europeus e africanos, e propõe um filme sem qualquer roteiro, totalmente improvisado.

Cocorico! Monsieur Poulet
É um mergulho mais fundo na ficção. Inicialmente pensado como um documentário sobre o comércio de galinhas no Níger, o filme transformou-se radicalmente a partir do momento em que o cineasta decidiu dividir a realização com seus dois intérpretes, Damouré Zika e Lam Ibrahima dia e Jean Rouch.


Sobre Jean Rouch

“Da formação inicial de engenheiro na prestigio­sa École Polytechnique de Paris ao fascínio pelo surrealismo, da experiência da Segunda Guerra à descoberta da África, da conversão etnográfica nos anos 40 à fecunda aventura cine­matográfica do pós-guerra que veio desdobrá-la, Jean Rouch (1917-2004) atravessou o século como se vivesse sete vidas cheias de facetas e paradoxos” - observa Mateus Araújo Silva na Introdução do catálogo da Retrospectiva e Colóquio Jean Rouch realizada no Rio de Janeiro, no Instituto Moreira Salles, em 2009. Rouch, prossegue Mateus, “foi ao mesmo tempo eminência parda do cinema francês moderno, antropólogo africanista com doutorado defendido na Sorbonne em 1952 sobre os Songhay, pesquisador do CNRS por anos a fio e autor da obra mais impor­tante de todos os tempos no campo do filme etnográfico. Como objeto privilegiado do seu trabalho cinematográfico e antropo­lógico, ele elegeu alguns países da África Ocidental (sobretudo Niger e Mali, mas também Costa do Marfim e Gana), dos quais nos deixou um acervo de imagens e sons sem paralelo. Mas tam­bém filmou muito na França e noutros países, revelando sempre, por onde tenha andado, curiosidade pelas diversas culturas e vontade de compreendê-las”.

Com o Brasil, “estabeleceu uma relação de amizade e interesse recíprocos desde os anos 60, quando nos visitou pela primeira vez e travou um contato mais próximo com alguns dos expoen­tes do nosso Cinema Novo”. Esteve no Festival Internacional de Cinema do Rio, em 1965, como integrante do Júri e “retornou ao Brasil em 1971, 1973, 1975, 1979, 1996 e 2003. No início dos anos 70, ele chegou a acalentar um projeto (jamais levado a cabo) de fazer com seu amigo Thomaz Farkas três filmes por aqui: um filme etnográfico na Bahia, outro sociológico em São Paulo e um terceiro, de ficção, no Rio”. Mateus lembra ainda no catálogo da Retrospectiva e Colóquio que “Rouch filmou muito, deixou muitos filmes inacabados, fina­lizou alguns deles anos depois de tê-los filmado e fez diferentes versões de outros”, o que dificulta “o estabelecimento de uma filmografia exaustiva e incontroversa”. A que se segue registra pouco mais de 70 títulos entre o que ele considera como seu primeiro trabalho, No país dos magos negros, 1947 e o seu últi­mo longa-metragem, O sonho mais forte que a morte, 2002, feito com a colaboração de Bernard Surugue.

Sobre a coleção de DVDs IMS:

Em outubro de 2012 o Instituto inaugurou uma coleção de DVDs. Os doze títulos já editados são: Shoah, de Claude Lanzmann, La Luna, de Bernardo Bertolucci, Cerimônia de casamento, de Robert Altman, Conterrâneos velhos de guerra, de Vladimir Carvalho, Vidas secas e Memórias do cárcere, de Nelson Pereira dos Santos, São Bernardo, de Leon Hirszman, O emprego, de Ermanno Olmi, Cerimônia secreta, de Joseph Losey, As praias de Agnès, de Agnès Varda, A pirâmide humana e Cocorico! Monsieur Poulet de Jean Rouch, e duas edições de poesias: em Poema sujo Ferreira Gullar lê seu poema; em Consideração do poema, artistas lêem poemas de Carlos Drummond de Andrade.
Próximos títulos da Coleção de DVD: Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho, Elena, de Petra Costa, e Diário, de David Perlov

Os títulos da coleção IMS têm três linhas: documentários, filmes de ficção e registros de entrevistas, mesas de debates e conferências organizadas pelo Instituto. “Buscamos filmes que sejam especialmente significativos pelo tema ou pela forma narrativa, que se destaquem na filmografia de determinados realizadores”, explica José Carlos Avellar, curador da programação de cinema do IMS e responsável pela coleção de DVDs. “Algumas vezes, vamos em busca de títulos pouco ou nada conhecidos, outras, da revisão de filmes conhecidos para estimular seu reestudo”, completa. Com esse objetivo, todo DVD da coleção é acompanhado de um livreto com uma análise crítica.

Programação da mostra:

SÁBADO | 15 DE FEVEREIRO

17h00 : Cocorico! Monsieur Poulet
(Cocorico! monsieur poulet)
de Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia e Jean Rouch (DaLaRou). Com: Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia, Tallou Mouzourane, Claudine, Baba Nore. (Niger, França, 1974. 94‘)

Pequena comédia improvisada, em torno das aventuras de Lam, Damouré e Tallou numa caminhonete em busca de frangos para seu comércio. A viagem é pontuada de acontecimentos insólitos, como os encontros com uma mulher-diaba e as travessias do rio Níger com o carro, que é um dos protagonistas da história.

Os mestres loucos (Le maîtres fous)
de Jean Rouch. Som: Damouré Zika e Lam Ibrahima Dia. Montagem: Suzanne Baron. Com os sacerdotes Mountyeba e Moukayla, Lam, membros da seita dos Haukas e habitantes de Accra. (Gana, 1956. 26‘)

Uma cerimônia de possessão anual dos membros da seita Hauka nos arredores de Accra (na sua maioria trabalhadores imigrantes vindos do Níger). A cerimônia é celebrada em torno do sacerdote Mountyeba. Tremores no corpo e respiração curta são sinais da chegada dos deuses que vêm se encarnar no corpo dos participantes do rito. Um dado confere ao filme uma inesperada dimensão política, acentuada pela inserção de cenas de um desfile de autoridades coloniais: os espíritos desse culto representam não os deuses tradicionais, mas uma série de personagens emblemáticas do poder colonial – o capataz, o governador, o médico, a mulher do capitão, o general, o condutor da locomotiva, etc... Na cerimônia, o sacrifício de um cachorro que será comido pelos possuídos. No dia seguinte todos voltam ao trabalho na cidade.

TERÇA | 18 DE FEVEREIRO

17h00 : Jaguar (Jaguar)
de Jean Rouch. Som: Damouré Zika. Montagem: José Matarasso, Liliane Korb e Jean-Pierre Lacam. Música: Tallou Mouzourane (piano), Enos Amelodon (violão), Ami-sata Gaoudelize (canto), Yankori (violino), Ama (flauta) e Djenne Molo Kari (harpa). Com: Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia, Illo Gaoudel, Douma Besso, Amadou Koffo. (Niger, Gana, França, 1954-1967. 89’)

Quando começou a filmar, Rouch queria estudar a migração dos jovens que saíam do Niger para procurar trabalho em Gana – na época da filmagem, Costa do Ouro. “Como é difícil fazer um documentário sobre migrações – disse mais tarde – decidimos fazer um filme de ficção” improvisado nas filmagens e na sonorização: as aventuras do camponês Lam, do pescador Illo e do escrivão Damouré, que partir do Niger para Accra em busca de fortuna. Eles partem à pé, cruzam ilegalmente a fronteira e tomam direções diferentes. Illo torna-se pescador com os Ewé. Lam comerciante de perfumes. Damouré torna-se um “jaguar”: vive a vida da cidade: corridas, danças nas ruas, rituais dos Haukas.

QUARTA | 19 DE FEVEREIRO

17h00 : Pouco a pouco (Petit à petit)
de Jean Rouch. Assistente: Philippe Luzuy. Montagem: Josée Matarasso e Dominique Villain. Som: Moussa Hamidou. Música: Petit à Petit (Enos Amelolon), Jerk and Slow (Alan Helly) e Niger si nera (Amicale de Niamey). Com: Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia, Illo Gaoudel, Safi Faye, Ariane Brunneton, Philippe Luzuy, Tallou Mouzourane, Mustapha Alassane, Marie, Idrissa Maiga, Michel Delahaye, Sylvie Pierre. (Niger, Costa do Marfim, França, 1968-1970. 92‘)

Continuação de Jaguar com os mesmos atores: em Ayorou, Damouré Lam e Illo dirigem uma empresa de importação e exportação chamada Pouco a pouco. Ao decidir erguer um edifício, Damouré vai a Paris ver como os franceses vivem em casas de vários andares. Na cidade, etnografia às avessas, descobre os modos de viver e pensar dos parisienses, que descreve em cartões postais enviados regularmente a seus companheiros.

QUINTA | 20 DE FEVEREIRO

20h00 : Crônica de um verão (Chronique d‘un été)
de Jean Rouch e Edgard Morin. Fotografia: Roger Morillère, Raoul Coutard, Jean- Jacques Tarbès, Michel Brault. Som: Guy Rophe, Michel Fano e Barthélémy. Montagem: Jean Ravel, Néna Baratier, Françoise Colin. Com: Marceline Loridan, Marie-Lou Parolini, Angélo, Jean-Pierre, os operários Jacques e Jean, os estudantes Regis Debray, Céline, Jean-Marc, Nadine Ballot, Landry e Raymond, os empregados Jacques e Simone, Henri, Madi, Catherine e Sophie. (França, 1960, 86‘)

“Este filme não foi interpretado por atores, mas vivido por homens e mulheres que deram momentos de sua existência a uma experiência nova de cinema-verdade”. Com estas palavras Rouch abre este documentário um verão em Paris: como as pessoas vivem? São felizes? Marceline e Nadine entrevistam os transeuntes em Paris, Rouch e Morin seguem mais de perto um grupo de estudantes, trabalhadores e artistas. Cada um fala de si e também da França, de modo a que aflorem questões sobre o cotidiano: o trabalho, a solidão, o amor, a política, a guerra na Argélia, os traumas da Segunda Guerra (Marceline revela sua experiência num campo de concentração nazista de onde seus pais não voltaram). As férias chegam, as fábricas ficam vazias, as praias ficam cheias. Vemos os cineastas acompanhando em Saint Tropez alguns dos personagens. No final, as pessoas entrevistadas assistem a uma projeção do filme e os dois realizadores fazem um balanço da experiência.

SEXTA | 21 DE FEVEREIRO

17h00 : A caça ao leão com arco (La chasse au lion à l’arc)
de Jean Rouch. (Niger, Mali, Burkina Faso, França, 1958- 1965. 78‘)
Numa narrativa poética, a aventura de caça ao leão filmada ao longo de vários anos, desde os cuidadosos preparativos dos caçadores Gaos até as perigosas perseguições aos leões. “Fazer um filme é ver esse filme se fazer no visor de minha câmera”, disse o diretor. “Sei a cada momento se o que fiz está bem ou não. Essa tensão permanente é a febre indispensável para o êxito dessa caça aleatória às imagens e aos sons mais eficazes”.

SÁBADO | 22 DE FEVEREIRO

17h00 : A pirâmide humana (La pyramide humaine)
de Jean Rouch. (Costa do Marfim, França, 1961. 89‘)
Alunos do liceu de Abidjan confrontam sem subterfúgios o problema do racismo interiorizado em cada um.

DOMINGO | 23 DE FEVEREIRO

17h00 : Cocorico! Monsieur Poulet (Cocorico! monsieur poulet)
de Damouré Zika, Lam Ibrahima Dia e Jean Rouch (DaLaRou). (Niger, França, 1974. 94‘)
Pequena comédia improvisada, em torno das aventuras numa caminhonete em busca de frangos.

TERÇA | 25 DE NOVEMBRO

17h00 : Eu, um negro (Moi un noir)
de Jean Rouch. Som de André Lubin. Montagem de Marie- Josèphe Yoyotte e Catherine Dourgnon. Música das orquestras La vie est belle (dirigida por Yapi Joseph Degré), Royale Goumbé e Les deux jumeaux e seus violões. Canções: Modiba Cha Cha Cha (Maryam Touré), Abidjan Lagune (N’Daye Yéro) e Tondi Boumyé (Amadou Demba). Com Oumarou Ganda (Edward G. Robinson), Petit Touré (Eddie Constantine), Alassane Maiga (Tarzan), Amadou Demba (Elite), Seydou Guede (carteiro), Karidyo Daoudou (Petit Jules) e Senhorita Gambi (Dorothy Lamour). Costa do Marfim, França, 1957. 72’)

Os jovens migrantes desempregados, “uma das doenças das cidades africanas”. Trabalhadores nigerianos em Treichville interpretam seu cotidiano. Uma semana de trabalho de um migrante apelidado de Edward G. Robinson: no trabalho, com os amigos, divertindo-se na praia, num jogo de futebol ou numa luta de boxe e paquerando as moças em bares e boates. O som gravado mais tarde num estúdio da Rádio Abidjan com diálogos e monólogos cheios de verve fazem das perambulações de Robinson um apanhado da vida dos pobres em Treichville.

QUARTA | 26 DE FEVEREIRO

17h00 : Jean Rouch como se... (Mosso mosso, Jean Rouch comme si...)

Direção e roteiro: Jean-André Fieschi. Fotografia: Jean-André Fieschi e Gilberto Azevedo. Som: Laurent Malan e Moussa Hamidou. Montagem: Danielle Anezin; Mixagem: Anne Louis e Pascal Rousselle. Música: Laurent Malan, Jocelyn Poulin e Didier Pougheon. Intérpretes: Jean Rouch, Damouré Zika, Tallou Mouzourane. (França, Níger, 1998. 73‘)

Feito para a série de televisão francesa Cinéma de notre temps, este documentário chama de “ficção como se...” o princípio fundamental do trabalho de Rouch. O filme viaja de Paris ao Níger para acompanhar as filmagens imaginárias de La vache merveilleuse, que Rouch finge fazer com seus amigos e cúmplices de sempre, Damouré e Tallou, mas sem Lam, já falecido.

QUINTA | 27 DE FEVEREIRO

17h00 : A caça ao leão com arco (La chasse au lion à l’arc)
de Jean Rouch. Assistentes: Damouré Zika, Ibrahima Dia, Tallou Mouzourane. Som: Idrissa Meiga, Moussa Hamidou. Montagem: Josée Matarasso, Dov Hoenig. Com: Tahirou Koro, Wangari Moussa, Issiaka Moussa, Yeya Koro, Bellebia Hamadou, Ausseini Dembo, Sidiki Koro, Alii. (Niger, Mali, Burkina Faso, França, 1958-1965. 78‘)


SERVIÇO:

[Mostra Jean Rouch]
De 22 a 27 de fevereiro | Terça a quinta: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia).

Passaporte com validade para 10 sessões da mostra Jean Rouch e de outras que estiverem em exibição no momento pode ser adquirido na recepção no valor de R$ 40,00.

Instituto Moreira Salles
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
CEP: 22451-040. Rio de Janeiro - RJ
De terça a domingo e feriados, das 11h às 20h.

Acesso a portadores de necessidades especiais
Estacionamento gratuito no local
Capacidade da sala: 113 lugares
Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala
O cinema do IMS funciona de terça a domingo.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Instituto Moreira Salles terá programação para marcar os 50 anos do início da ditadura militar no Brasil



O Instituto Moreira Salles dedicará parte de sua programação anual para discutir os 50 anos do golpe militar que instalou a ditadura no Brasil. Em 1964 propõe uma imersão neste momento decisivo para o país a partir do ponto de vista de artistas e intelectuais cujos acervos estão sob a guarda do IMS ou que têm vínculos diretos com suas atividades.

No próximo sábado, dia 08 de fevereiro, às 19h, o IMS reviverá o show Opinião, espetáculo que marcou 1964. As músicas serão interpretadas pela cantora Joyce e pelo grupo Casuarina. O jornalista e escritor Sérgio Cabral participará contando histórias do show original. Na época, mais de 100 mil pessoas em várias cidades assistiram ao espetáculo, que tinha como proposta discutir a complexidade social e política do momento.

A partir do dia 09 de fevereiro, será possível visitar a exposição Em 1964, que permitirá ao espectador explorar os fatos culturais do período por meio de obras marcantes da literatura, da fotografia, do cinema e da música presentes nos acervos do IMS.

A ideia de imersão se desdobra no site www.em1964.com.br. Durante todo o ano, imagens, textos de época e outros especialmente escritos para o site completarão a experiência numa espécie de túnel do tempo para o ano do golpe.

A exposição exibirá fotografias do cineasta Jorge Bodanzky, feitas em Brasília no momento do golpe militar, mas trará também fotos de Chico Albuquerque e Henri Ballot documentando o cotidiano, como feiras, supermercados e outros costumes da vida diária dos brasileiros. Outro destaque da fotografia será um ensaio inédito em espaços expositivos da fotógrafa Maureen Bisilliat sobre Iemanjá.

A Caravana Farkas, projeto do fotógrafo Thomas Farkas que reuniu jovens cineastas para documentar a cultura popular brasileira nos anos 1960, também estará presente na exposição, com fotos da equipe e a exibição de Viramundo,documentário de Geraldo Sarno.

Uma seleção musical poderá ser ouvida e terá canções de Tom Jobim, Baden Powell, Nara Leão, Ernesto Nazareth e Radamés Gnattali. Além disso, haverá um espaço dedicado ao Zicartola, restaurante-bar comandado por Cartola e sua mulher Zica que virou sensação, tornou-se um precursor das casas de samba e apresentou pela primeira vez nomes como Paulo César Batista de Faria, o Paulinho da Viola.

O ano de 1964 também teve a publicação de dois dos livros mais importantes da escritora Clarice Lispector, A paixão segundo G.H. e A legião estrangeira. Outro livro que marca o período é O braço direito, romance muito discutido e pouco lido de Otto Lara Resende, que o reescreveria pelo resto da vida. A exposição apresentará os originais, sendo os de Clarice do próprio acervo da escritora, e trará também dois datiloscritos de Otto, em que explica como teve a ideia de escrever o livro.

Outro destaque serão duas paredes dedicadas às oito capas e quarta-capas da revista pifpaf, de Millôr Fernandes.Players trarão entrevistas do programa Roda Viva comandadas por Caio Fernando Abreu e Marília Gabriela com Rachel de Queiroz, em que ela fala sobre seu apoio ao golpe militar.

A programação Em 1964 trará mensalmente à sala de cinema filmes que estavam em cartaz no Brasil naquele ano, além de ciclos de palestras e debates.

Show Opinião
Data: 08 de fevereiro às 19h
R$ 40,00 (inteira) R$ 20,00 (meia)
Venda de 02 ingressos por pessoa. Sujeito a lotação.


Exposição Em 1964
Abertura: 08 de fevereiro de 2014, às 18h
Exposição: de 09 de fevereiro a 23 novembro
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca - Classificação livre
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.

Diversidade em Animação

Imagem inline 1
DIV.A 2014
Diversidade em Animação - 6 anos
13 a 23 de fevereiro de 2014
Cine Cultural Justiça Federal

O Diversidade em Animação 2014 está mais diva que nunca. A arte da drag queen desta edição do festival é do ilustrador norte-americano Chad Sell, e a vinheta foi criada pelo animador carioca Luc Figueiredo, que compõe o jurado desta edição junto aos animadores Quiá Rodrigues e Orlando Ávila.

Ao todo, foram selecionados 43 filmes de animação sobre gêneros e sexualidades. A COMPETIÇÃO INTERNACIONAL DE CURTAS reúne 20 animações destinado aos adultos, produzidos em 11 países: Alemanha (1), Austrália (2), Brasil (1), Canadá (3), China (2), EUA (4), Israel (1), Países Baixos (1), Porto Rico (1), Reino Unido (3) e Suécia (1).  

Esta edição do DIV.A traz 3 especiais e 1 mostra retrospectiva. O ESPECIAL SARAH KOPPEL, uma seleção de animações eróticas da animadora Sarah Koppel da Naked Love Film de Copenhague, Dinamarca, com destaque para a estreia de Little Vulvah and Her Clitoral Awareness. Já o SPECIAL SERAFÍN MESA GARCIA reúne as produções audiovisuais que mesclam live action com diversas técnicas de animação, dirigidos pelo animador do Serafín Garcia do Studio do Gozo de Granada, Espanha. E o ESPECIAL JEAN-GABRIEL PÉRIOT, dedicado às animações de um dos maiores vídeo artistas da França, que desenvolve filmes de ficção, animações e instalações artísticas que abordam sua sexualidade gay, o pop, a história do mundo, a política, a natureza e o papel do homem na sociedade moderna, entre outras questões.

O MELHORES TRANS faz uma retrospectiva com os 10 melhores curtas-metragens de animação sobre Transgêneros, da perspectiva de animadores de 6 países diferentes: Austrália, Canadá, China, EUA, França e México.

O DIV.A começa quinta-feira, dia 13 de fevereiro, com a sessão de animação especial de abertura e a performance de Layla Riker, marcado para 19h no Cine Cultural Justiça Federal. O encerramento será dia 23 de fevereiro, domingo, 18h30, o jurado irá anunciar as animações premiadas e finalistas e elas serão exibidas nesta sessão, e logo depois tem a festa DUO na 00 Rio de Janeiro, com entrada franca até 20h com apresentação do ingresso do DIV.A.


Vinheta Oficial DIV.A 2014
TV/ 30seg - http://goo.gl/Ltx9g3


SERVIÇO

DIV.A 2014
Diversidade em Animação - 6 anos 
DATA: 13 a 23 de fevereiro de 2014 
Abertura: 13 de fevereiro (19h)
Sessões: 14 a 23 de fevereiro (17h/ 18h30/ 20h)*
*Dias 16, 22 e 23/ 02 (15h30/ 18h30/ 20h)
Não haverá sessão: 15 e 17/ 02
LOCAL: Cine Cultural Justiça Federal (Av. Rio Branco 241 - Centro, Rio de Janeiro, Brasil. Tel.: 21 3261-2550)

INGRESSOS: R$ 6 e R$ 3 (meia-entrada).
Venda na bilheteria do Centro Cultural Justiça Federal a partir de 15h10.

CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA DOS FILMES DO DIV.A 2014: Não recomendado para menores de 18 anos.