sexta-feira, 30 de outubro de 2015

CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO EXIBE POESIA VISUAL EM COLETIVA QUE COMEMORA 40 ANOS DA REVISTA ARTÉRIA




Exposição reúne mais de 60 obras de importantes artistas que já passaram pela publicação independente

A Caixa Cultural Rio de Janeiro inaugura, no dia 27 de outubro de 2015 (terça-feira), às 19h, a coletiva Artéria 40 anos, que reúne mais de 60 obras, entre serigrafias, adesivos, objetos, vídeos, áudios e plataforma digital interativa, além das 10 edições originais da revista Artéria. A curadoria é dos poetas, editores e colecionadores Omar Khouri e Paulo Miranda, que encabeçaram a publicação em suas quatro décadas de existência. A mostra ficará aberta ao público a partir de 28 de outubro (quarta-feira) até 20 de dezembro ( domingo), de 10h às 21h.

A exposição traz importante produção da chamada poesia intersemiótica (mais conhecida como poesia visual), com trabalhos publicados de Julio Plaza, Augusto de Campos, Décio Pignatari, Walter Silveira, Arnaldo Antunes e Lenora de Barros, entre outros.

“Além de trazermos os poemas, alguns verdadeiros clássicos da poesia intersemiótica, a exposição exibe originais, protótipos, provas de impressão e primeiras edições da revista. Também estamos adaptando e retrabalhando algumas obras como a do Julio Plaza, que foi ampliada e agora ganha um novo formato especialmente para a mostra”, adianta Paulo Miranda.

Artéria é uma publicação independente de poesia experimental, que teve seu primeiro número lançado em 1975. Ainda em atividade, e com dez edições já publicadas, a revista sempre adotou o formato de antologia, trazendo poemas de diversos criadores, sempre preocupados com as visualidades de suas obras e as técnicas que as possibilitam, transitando entre variados códigos e linguagens.

Por isso, a exposição, semelhante às revistas, explora diversos formatos e suportes. Um dos principais destaques é a plataforma interativa, composta por vários poemas programados para serem manipulados pelo público por meio de uma tela sensível ao toque.

Programação especial:
No dia 7 de novembro, o público poderá participar de uma programação paralela. Das 10h às 13h, haverá oficina de poesia visual com Omar Khouri, com entrada gratuita. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail oficina@espacoliquido.com.br. Serão oferecidas 20 vagas.

No mesmo dia, a partir das 16h, a curadoria fará uma visita guiada e lançará o catálogo da exposição. Os poetas Walter Silveira e Tadeu Jungle promoverão uma performance de poesia concreta durante a visita.


Serviço:
Exposição: Artéria 40 anos
Entrada Franca
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 1
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Abertura: 27 de outubro (terça-feira), às 19h
Visitação: 28 de outubro a 20 de dezembro de 2015 (quarta-feira a domingo)
Horário: terça-feira a domingo, das 10h às 21h
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal


www.caixacultural.com.br | @imprensaCAIXA

Seminário Mário de Andrade, arte e política hoje | 3, 4 e 6/11 | Casa de Rui Barbosa


Festival de teatro ocupa os jardins do Passeio Público durante dois dias


Projeto resgata a tradição das artes cênicas no primeiro parque público do Brasil, após 78 anos do último espetáculo encenado no local


Entre os anos de 1926 e 1937 funcionou no Passeio Público o Theatro-Casino Beira Mar, uma pérola da arquitetura neocolonial brasileira, considerado ponto de encontro de modernistas, palco das melindrosas, do teatro de vanguarda, da explosão do jazz e do charleston, e local por onde circularam nomes como Procópio Ferreira, Paschoal Carlos Magno e Jaime Costa.

A edificação considerada descaracterizadora pelo então prefeito do Rio Henrique Dodsworth (1937-1945) foi implodida, e durante 78 anos o primeiro parque público do país ficou sem receber espetáculos de artes cênicas, realidade que começa a mudar com a estreia do Festival Passeio Em Cena.

Nos dias 31 de outubro e 1° de novembro, das 10h às 22h, grupos de diferentes regiões da metrópole fluminense vão ocupar os jardins do Passeio com peças infantis e adultas, circo, contação de histórias, performances, debates e uma oficina de construção dramatúrgica a partir de elementos da cidade.
O Festival Passeio Em Cena nasce da vontade de realizar um encontro entre grupos de teatro e circo, pensadores, público e produtores culturais que utilizam a rua como plataforma para seus fazimentos artísticos. A ideia é discutir a criação estética e o poder de mobilização através das vivências cênicas.

Além das apresentações, os espectadores vão aproveitar um circuito gastronômico de comidas artesanais, e sets do DJ Eppinghaus, ao final de cada noite.  

A iniciativa é uma parceria da SerHurbano com o Coletivo Peneira, por intermédio do movimento O Passeio é Público, que em julho deste ano ocupou o parque com uma maratona multicultural. Foram 12 horas de programação, e mais de 50 artistas que levaram cerca de 5 mil pessoas a redescobrirem o espaço.  

Construído no século XVIII, o Passeio Público foi o primeiro parque público do país. Localizado no coração do Centro do Rio de Janeiro, na Rua do Passeio, principal artéria de ligação entre a Lapa e a Cinelândia, é um local arborizado, fresco e agradável, que em seus 230 anos de história marcou a vida de muitos cariocas.

SOBRE O THEATRO-CASINO BEIRA MAR

Em 1921 o prefeito Carlos Sampaio pretendia construir no Passeio Público um prédio que contasse com hotel para turistas estrangeiros, salões de festas, gabinetes de leitura, e mirantes voltados para a Baía de Guanabara. Entretanto o projeto não seguiu adiante, e em 1926 a construção deu lugar ao Theatro-Casino Beira Mar, também chamado de Beira Mar Casino, que funcionava como teatro e cabaré. A estréia oficial aconteceu com a peça A Sorte Grande, de Manuel Bastos Tigre. As atrações do local variavam de apresentações da exótica dançarina norte-americana Josephine Baker a companhias de teatro de nomes consagrados. Jaime Costa, por exemplo, encenou no local várias peças, como Uma Noite em Claro, O Processo Voronoff, Espumante para Senhoras e A Família Kollossa.

No Theatro-Casino nasceram também dois importantes movimentos do moderno teatro brasileiro. Em 1927 estreava no antigo belvedere do Passeio Público a peça Adão, Eva e outros membros da família, encenada pela Companhia Teatro de Brinquedo, liderada pelo casal Álvaro e Eugênia Moreyra. A peça chamou a atenção pelos cenários realizados por Di Cavalcanti e Luiz Peixoto e por apresentar atores praticamente desconhecidos. A Companhia Teatro de Brinquedo, que introduziu no Brasil autores como Pirandello e Cocteau, era formada por jovens oriundos da burguesia e forjou talentos como Joracy Camargo.

Também no Beira Mar Casino nasceu a Companhia Caverna Mágica, liderada por Renato Viana, que mais tarde seria o primeiro diretor da Escola de Teatro Martins Pena, no Centro do Rio. Fazia parte da Caverna, um jovem ator, que depois se destacaria como um dos maiores dramaturgos brasileiros: Paschoal Carlos Magno. Em 1934, Viana criou, no Casino, o projeto Teatro-Escola, com o objetivo de formar jovens talentos, produzir espetáculos populares e democratizar o acesso ao teatro. A estreia do projeto aconteceu com Sexo, peça lançada em 1934, com um elenco formado por Jaime Costa, Olga Navarro, Delorges Caminha, Itália Fausta e Suzanna Negri, com direito ainda à coreografia especialmente elaborada pela vedete Eros Volúsia.

Na gestão municipal de Henrique Dodsworth (1937-1945) foram implodidos os prédios onde funcionavam o Theatro-Casino. Com a demolição, o terraço do Passeio foi liberado, e o jardim restaurado, e assim surgiu a Rua Mestre Valentim, hoje incorporada à Avenida Beira Mar.

PROGRAMAÇÃO:
DIA 31 DE OUTUBRO (SÁBADO)
10h
GRÁTIS – Contação de história: Histórias que contam por aí, conto por aqui...
Companhia: Cia Sol de Brinquedo
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 min
Sinopse: As histórias são contadas com bonecos de vara e bonecos de tecidos, estabelecendo um jogo cênico entre o contador e o personagem (boneco). Cada história, sobre contos populares brasileiros, é sonorizada com ritmos, cantigas populares e músicas autorais executadas ao vivo com violão e pandeiro.

11h
GRÁTIS – Contação de história: Palavra Viva
Companhia: Manguinhos em Cena
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 min
Sinopse: Palavra Viva é uma contação de histórias que se propõe apresentar autores nacionais a crianças e jovens. A contação permite uma aproximação direta com o público, através de temas como identidade, autoestima e convivência. As mensagens transmitidas oferecem aos espectadores a oportunidade de reflexão e divertimento.

14h
GRÁTIS - Oficina: Teatro e Sua Arte Popular
Companhia: Coletivo Peneira
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 120 min
Sinopse: A oficina propõe a desmistificação do significado de cultura popular, comumente associado ao folclore. A cidade e seu cotidiano são apresentados como elementos cruciais para a construção teatral, realizando uma combinação entre as artes cênicas e cultura urbana. O processo de criação é estimulado através da observação e contato com a memória, deslocamento, ficção, e território, alinhados com estudos sobre Luís da Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, Mario de Andrade, Kandinsky, João do Rio, em conjunto com técnicas de grandes mestres do teatro como, Uta Hagen, Antoine Artaud, Augusto Boal, entre outros.

15h30
GRÁTIS - Performances Oranian e Yaô
Companhia: Entre Lugares, terras que pisei, histórias que contei, do Complexo da Maré
Classificação indicativa: Livre
Duração: 15 min
Sinopse: Oranian - O pisar de Oduduá no montículo de terra, deu-se origem ao processo de criação do plano terrestre, Exu abrindo os caminhos, Oduduá tem ajuda de um galo, um pombo, um camaleão e os encantos de Oranian para concluir seu fundamento dado por Olorum.
Yaô - O inspirar e respirar de Olorum deu origem à água. No balanço do ar e o mar, parte se torna terra se solidificando, dando forma ao montículo de terra. Olorum sopra, surge Exu. Oduduá encarregada da criação, pisa na terra, com um galo, um pombo e um camaleão.
Direção: Hyan Victor

16h
GRÁTIS - Performance teatral Bigorna-Work in progress
Companhia: Coletivo LÁ ENCASA
Classificação indicativa: Livre
Duração: 35 min
Sinopse: A performance teatral "Bigorna-Work in progress" conta a história de Bibi- uma bicicleta Berlineta 78, que experiencia momentos de aventura, questionamento, partida e poesia junto a sua dona, companheiras inseparáveis. O trabalho protagoniza a figura da bicicleta, magrela, bici, convidando o espectador a compor essa fração de tempo junto as personagens. Fruto do "Escuto histórias sobre bicicleta" projeto de ocupação urbana onde, a atriz Emilia Alcoforado e o diretor/psicodramatista Fabio Alcoforado disponibilizam seus ouvidos a qualquer transeunte que tenha uma história sobre bicicleta a contar. O coletivo LAENCASA trás pra rua um trecho de seu espetáculo inspirado em histórias reais, ainda em processo de construção.
Direção: Fabio Alcoforado

18h
GRÁTIS - Debate: Experiências e olhares sobre a produção teatral na metrópole fluminense
Com Vitor Lemos (diretor do curso de teatro da Universidade Cândido Mendes), Verissimo Junior (diretor do Grupo Teatro da Laje), Cristiane Muñoz (professora da Escola Técnica Estadual de Teatro Martins Pena) e Leandro Santanna (Companhia Teatral Queimados Encena e Projeto Minha Sede Minha Vida).
Duração: 90 min

20h
GRÁTIS - Espetáculo: Panidrom
Companhia: Companhia Volante
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: 90 min
Sinopse: É uma fábula que traz à cena a trajetória de nove personagens retirados de seus locais de origem por conta da construção de uma barragem, conduzidos por El Gran Perez Perez para uma terra nova. Com 10 atores, cinco músicos e uma bicicleta, o espetáculo itinerante se desenvolve por ruas, praças e espaços da cidade.
Direção: João Pedro Orban

21h30
GRÁTIS - Set O Passeio é Público
DJ Eppinghaus
Duração: 30 min

DIA 1° NOVEMBRO (DOMINGO)
10h
GRÁTIS – Contação de história: A Fruta Misteriosa
Companhia: Barracão da Potí
Classificação indicativa: Livre
Duração: 40 min
Sinopse: Na floresta Grajaúba uma das árvores guarda um grande segredo: uma fruta brilhosa, suculenta e mágica. E somente a Senhora Raposa poderá ajudar os animais a desvendar esse mistério. Duas passarinhas convidam o público a voar com o seu imaginário e participar dessa aventura musical e fantástica nas alturas.

11h
GRÁTIS – Espetáculo: Urucuia Grande Sertão
Companhia: Coletivo Peneira
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 min
Sinopse: A montagem conta a história de um rei de uma cidade do sertão brasileiro, viúvo, solitário e (muito) ansioso por ter netos de sua filha. Para isso, determina que seu fiel servo arrume um rapaz que se case imediatamente com a jovem. O que ele não supunha, porém, era que a princesa, muito inteligente, resolveria dificultar a situação, criando um concurso de charadas para encontrar seu pretendente.
Direção: Marcia do Valle

12h30
GRÁTIS – Espetáculo: O Homem da Maça
Classificação indicativa: Livre
Duração: 20 min
Sinopse: O Homem da maça tem uma temática extremamente existencialista, na qual narra as primeiras horas de vida de um bicho da maça, que sente, questiona e se posiciona diante de um mundo desconhecido.

14h
GRÁTIS - Oficina: Teatro e Sua Arte Popular
Companhia: Coletivo Peneira
Classificação indicativa: 16 anos
Duração: 120 min
Sinopse: A oficina propõe a desmistificação do significado de cultura popular, comumente associado ao folclore. A cidade e seu cotidiano são apresentados como elementos cruciais para a construção teatral, realizando uma combinação entre as artes cênicas e cultura urbana. O processo de criação é estimulado através da observação e contato com a memória, deslocamento, ficção, e território, alinhados com estudos sobre Luís da Câmara Cascudo, Ariano Suassuna, Mario de Andrade, Kandinsky, João do Rio, em conjunto com técnicas de grandes mestres do teatro como, Uta Hagen, Antoine Artaud, Augusto Boal, entre outros.

15h30
GRÁTIS - Performance teatral Tiro no Escuro, baseada no conto "Fábrica de fazer vilão", do Ferréz
Companhia: Cia de Teatro da Arena Jovelina Pérola Negra
Classificação indicativa: Livre
Duração: 30 min
Sinopse: O conto discute o meio urbano e a representação da violência, com um recorte espacial: periferias e favelas. A partir de um contexto familiar, o texto retrata os modos de opressão física e psicológica, praticados pelo estado, com moradores de territórios populares.
Direção: Alexandre Damascena

16h
GRÁTIS - Espetáculo: Cabaré dos Mortos
Companhia: Circo no Ato e convidados
Classificação indicativa: Livre
Duração: 90 min
Sinopse: Show de variedades circenses

18h
GRÁTIS - Debate: A cidade e suas narrativas como plataforma de criação
Com Alexandre Damascena (diretor da Cia do Invisível e gestor do Teatro Municipal de Itaguaí), Isabel Gomide (Reage, Artista!) e Fabiano de Freitas (Teatro de Extremos e Ocupação Copi).
Duração: 90 min

20h
GRÁTIS - Espetáculo: Acabarão por nos esquecer
Companhia: Teatro Vírgula
Classificação indicativa: Livre
Duração: 60 min
Sinopse: Acabarão por nos esquecer: é o destino. Nada se pode fazer contra ele. Para onde ir, então? Ficar, partir? Construir a casa, cruzar a ponte: ser. Homens bravos e afamados, escutem hoje o nosso canto.
O espetáculo se baseia na história real da vila de Mazagão, discutindo a relação entre origem e pertencimento.
Direção: Pedro Struchiner

21h30
GRÁTIS - Set O Passeio é Público
DJ Eppinghaus
Duração: 30 min

SERVIÇO:
Festival Passeio Em Cena
Datas: sábado, 31 de outubro e domingo, 1° de novembro
Horário: 10h às 22h
Local: Passeio Público - Rua do Passeio, s/n° - Cinelândia
Informações: http://migre.me/rKNN1
Evento:
Grátis

AQUARELAS DE CARYBÉ GANHAM MOSTRA NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO


Exposição reúne 50 obras do artista que tem a Bahia como principal fonte de inspiração

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a exposição As cores do sagrado, um registro das tradições do candomblé da Bahia a partir de 50 obras com os traços leves, coloridos e minuciosos de Carybé. A mostra abre em 28 de outubro (quarta-feira) e fica em cartaz até 20 de dezembro (domingo), com entrada franca. A curadoria é de Solange Bernabó, filha de Carybé, que buscou privilegiar a sintonia entre técnica e fases do artista.

As imagens foram produzidas ao longo de 30 anos de pesquisas, entre 1950 e 1980, e são registros de vivências pessoais do artista nos terreiros que frequentava. As casas estão entre as mais tradicionais da religiosidade de matriz africana, na tradição nagô, jeje e angola. Uma vez que não é permitido filmar ou fotografar cerimônias do candomblé, a memória fotográfica de Carybé foi o seu principal recurso para retratar com exatidão e riqueza de detalhes as práticas, desde os ritos de iniciação, passando pelas festas e incorporação dos orixás até os rituais fúnebres, em uma sequência didática dos cultos envolvidos.

“Essa mostra não retrata o lado místico, fruto da imaginação de Carybé. Antes disso, é uma representação da realidade, a partir da observação do que, de fato, acontecia nos terreiros. Ele retratava com respeito e beleza as práticas da religião”, explica Solange.

As 50 obras selecionadas foram reunidas originalmente no livro Iconografia dos deuses africanos no candomblé da Bahia (1981). Composta por 128 aquarelas de Carybé, com introdução do escritor Jorge Amado e textos antropológicos do fotógrafo e etnólogo Pierre Verger e do historiador Waldeloir Rego, a publicação representa uma recriação da participação do elemento negro na cultura baiana ao passo que preserva a memória histórica do Brasil, por ter sido a Bahia a primeira porta de entrada da miscigenação no país. Esgotado desde a última edição, atualmente o livro é encontrado apenas nas mãos de colecionadores.

Carybé: 
Argentino de nascimento, baiano por opção e carioca por criação, o artista veio pequeno para o Rio. Batizado Hector Julio Paride Bernabó, foi no capital fluminense que escolheu o nome pelo qual viria a ser conhecido no mundo inteiro. Criança, ele participava de um grupo de escoteiros do Clube de Regatas do Flamengo, integrando a Tropa dos Peixes. Incentivado a escolher um nome para ser chamado, optou por Carybé, nome dado à piranha vermelha, um peixe considerado muito feroz.

No Rio, iniciou-se no mundo das artes.  Ainda hoje os cariocas convivem com obras do artista. No Parque da Catacumba, no Teatro Nelson Rodrigues e na CAIXA Cultural Rio estão algumas de suas esculturas, além de outros dois trabalhos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Suas obras também alçaram voos para outros países como Estados Unidos, Japão e Itália.
Pintor, escultor, ilustrador, desenhista, cenografista, ceramista, historiador, pesquisador e jornalista, Carybé, morto em 1977, tem sua genialidade associada à Bahia, cuja essência soube materializar em desenhos, aquarelas, esculturas e grandes murais.

Conquistou títulos importantes. Foi o ganhador da 1ª Bienal Internacional de Livros e Artes Gráficas e  do  1º Prêmio Nacional de Desenho, na 3ª Bienal de SP. O título de que mais se orgulhava foi o de Obá de Xangô, oferecido pelo terreiro Ilê Axé Opô Afonjá. Amigo de importantes artistas como Rubem Braga, Pierre Verger, Dorival Caymmi e Jorge Amado, Carybé ilustrou diversos livros. Destaque para Cem anos de solidão, do escritor Gabriel Garcia Márquez.

Curadoria:
Solange Bernabó atua na área cultural há 32 anos. Desde 1993, é proprietária da galeria Oxum Casa de Arte, com sedes na Ladeira da Barra e no Pelourinho, em Salvador. Atualmente, é secretária do Instituto Carybé e membro do conselho curador da Fundação Casa de Jorge Amado. Faz curadoria e organiza exposições de Carybé e outros artistas. 

Serviço:
Exposição: As cores do sagrado
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Abertura: 28 de outubro (quarta-feira)
Horário: 19h
Visitação: 29 de outubro a 20 de dezembro (terça-feira a domingo)
Horário: 10h às 21h
Entrada: franca
Classificação indicativa: livre
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

 www.caixacultural.com.br | @imprensaCAIXA


DIA D: HOMENAGEM A CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE - IMS-RJ


Instituto Moreira Salles e parceiros realizam atividades para celebrar o dia do poeta

 O Instituto Moreira Salles organiza a quinta edição do Dia D – Dia Drummond. A ideia foi lançada em 2011 com o objetivo de fazer com que o dia 31 de outubro, data do nascimento do grande poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), passasse a integrar o calendário cultural do país. A fim de promover e difundir a obra do escritor pelo “mundo, mundo, vasto mundo”, o IMS convida parceiros e amigos para celebrar a data. Assim como nos anos anteriores, tanto a programação do IMS como das instituições parceiras estarão disponíveis no site www.diadrummond.com.br.

Neste ano, o IMS comemora os 70 anos da publicação de A rosa do povo, livro em que boa parte dos poemas está marcada pelo traumático quadro político dos anos em que foram escritos – entre 1942 e 1945.

No dia 21, quarta-feira, vai ao ar na Rádio Batuta (http://www.radiobatuta.com.br/Episodes/view/892)  um programa com a leitura de A rosa do povo, feita pelo poeta Antonio Cicero, admirador de Drummond e notável leitor de poesia. A leitura dos poemas estará disponível em áudio, e uma seleção deles, com comentários de Cicero, será exibida em vídeo no Blog do IMS (http://blogdoims.com.br/ims/cicero-le-drummond) e no site dedicado a Drummond.

No dia 31, sábado, o IMS-RJ prepara uma programação especial para homenagear o poeta itabirano.

Das 15h30 às 16h45, nos jardins da casa, terão lugar grupos de leitura comentada de poemas de Drummond, atividade do Clube de Leitura do IMS, que se junta aos eventos do Dia D. Os grupos serão coordenados pelos professores Luciano Rosa e Mariana Quadros. Em seguida, às 17h, no auditório, os atores Aderbal Freire-Filho e Nelson Xavier participam do recital Rosas de A rosa do povo. O espetáculo tem roteiro de Eucanaã Ferraz, poeta e consultor de literatura do IMS, e inclui 14 poemas do livro publicado em 1945. Ferraz destaca que, além de grandes atores, ambos são septuagenários, assim como A rosa do povo.

Após o evento, acontece o lançamento de Drummond: jogo e confissão, coletânea de ensaios de Marlene de Castro Correia, professora emérita da UFRJ, que tem se dedicado à obra de Carlos Drummond de Andrade ao longo da vida. Para Ferraz, que assina o prefácio do livro, “desse encontro, surgiu um pensamento em torno da escrita do poeta tão sólido quanto original, que se expressa com a eloquência encantadora dos apaixonados e com a justeza dos que manipulam a balança analítica”.

De 26 de outubro a 1º de novembro as lojas IMS dos centros culturais e da internet terão uma seleção de publicações e produtos com desconto.

O Café Galeria também terá um cardápio especial para celebrar o Dia D.

Drummond: jogo e confissão
Marlene de Castro Correia
ISBN: 978-85-8346-026-8
Número de páginas: 296
Formato: 18 x 24 cm
Preço: a definir


PROGRAMAÇÃO DIA D

31 de outubro, sábado
Homenagem aos 70 anos da publicação de A rosa do povo

15h30
Leitura comentada de poemas de Drummond nos jardins da casa

17h
Rosas de A rosa do povo – recital com Aderbal Freire-Filho e Nelson Xavier

Lugares limitados. Distribuição de senhas 30 minutos antes do evento. Até 2 senhas por pessoa.

A partir das 18h
Lançamento de Drummond: jogo e confissão​, livro de ensaios de Marlene de Castro Correia

Atividade da Ação Educativa no IMS-RJ

15h
Drummond: Narrativas visuais
A partir da leitura de um poema de Carlos Drummond de Andrade, os participantes serão convidados a construir narrativas visuais por meio de desenhos e palavras.

Faixa etária: crianças a partir de 6 anos, acompanhadas por responsáveis.
Nº máximo de participantes: 10
Retirada de senha na recepção do IMS 30 minutos antes
Gratuito

Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro

Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500


Atividade da Ação Educativa no IMS-Poços de Caldas

Dia 30 de outubro, sexta
14h Exibição do filme Consideração do Poema, seguida de sarau com membros da Academia de Letras de Poços de Caldas, escritores da cidade e o público, que será convidado a declamar o seu poema favorito de Drummond.
Evento gratuito

Instituto Moreira Salles – Poços de Caldas
Rua Teresópolis, 90, Jardim dos Estados
Tel.: (35) 3722-2776