quarta-feira, 28 de outubro de 2015

NINE POR ALÊ SHCOLNIK - TEATRO MUSICAL




Guido é um cineasta em crise de inspiração que não consegue encontrar uma ideia para o seu próximo filme. Durante uma temporada de férias, é assombrado por sonhos e recordações, onde ele luta com o seu consciente.

“Nine – o musical” é livremente inspirado no filme “8 e ½” de Federico Fellini. Vocês vão encontrar  um clássico atemporal que foi premiado com o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A história dessa obra prima é brilhantemente readaptada na linguagem do Teatro. Com grandes atuações, personagens, muito bem construídos, com uma narrativa excepcional, uma trama objetiva, cheia de diálogos e números musicais  de tirar o fôlego do espectador, em uma única locação. Tudo isso com direito a muitas referências cinematográficas da época!

O destaque, fica com o elenco feminino. Totia Meireles e Malu Rodrigues confirmam um o talento e carisma. A primeira, sempre dentro de um figurino elegantíssimo, como uma produtora executiva do mercado Audiovisual, a segunda incorpora a amante libidinosa, com todo despudor. Carol Castro  emprega a dramaticidade da esposa um tanto exausta, ao mesmo tempo ela encarna uma elegante mulher sedutora.

Junto a isso ainda vemos, a atriz Sônia Carla como a mãe de Guido. Leticia Birkheuer e Karen Junqueira e a jovem Myra Ruiz que faz a prostituta Saraghina, que entra no mercado de trabalho em grande estilo.

Quem incorpora Guido é o ator Nicola Lama, quando adulto. Com autenticidade, com  momentos hilários e dramáticos também. Luiz Felipe de Mello é o pequeno diretor, que entra em cena com muita fofura!

A deslumbrante fotografia em preto e branco do filme se transforma em cena teatral com um jogo de luzes incrível. Com diferentes estilos musicais junto a orquestra regida por  Paulo Nogueira, a trilha sonora é deliciosa.
O espetáculo de Maury Yeston e Arthur Kopit é muito bem dirigido e montado por Charles Moeller e Claudio Botelho.

Tudo em “NINE” beira à perfeição!

Conclusão: As mulheres de Fellini são completamente manipuladoras e conseguem muito bem  desorienta-lo. É o caminho do desequilíbrio psicológico do alter-ego  do diretor.

 FIM


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