sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Exposição A Arte do Rio 2015 faz homenagem aos 450 anos da Cidade


Projeto chega à 15ª edição com coletiva de oito artistas no Calouste Gulbekian

Criado no ano 2000 pela curadora Celina Azeredo, o projeto A Arte do Rio chega à 15ª edição com uma grande exposição coletiva em homenagem aos 450 anos da Cidade Maravilhosa. A mostra, que será inaugurada no dia 1º de setembro no Centro Municipal de Artes Calouste Gulbekian, reúne mais de 30 obras de oito artistas (cariocas de nascimento ou de coração).

Com texto de apresentação do artista e professor de História da Arte Marco Cavalcanti, a edição de A Arte do Rio 2015 é quase toda dedicada à pintura, com obras de Benjamin Rothstein, Dirce Fett, Gilda Goulart, José Maria Dias da Cruz, Marco Cavalcanti, Sergio Ferreira, Solange Palatnik e Yolanda Freire. “O projeto acontece anualmente e o objetivo sempre foi movimentar a cena artística local. Queremos dar visibilidade a quem produz no Rio”, explica a curadora.

As praias em tempos distintos estão retratadas nas quatro obras de Benjamin Rothstein. O trabalho, que compõe a série Histórias do Mar, revela a essência do espírito carioca, com muita leveza e descontração. “A minha relação com o mar é muito peculiar. Há momentos de calma e tensão; chegadas e partidas; mistérios e transparências; contemplações e distrações”, comenta o artista. 

A gaúcha Dirce Fett, que escolheu o Rio para viver há mais de 40 anos, apresenta dois grandes trabalhos, de 1,50 X 2,00, inspirados na natureza da Mata Atlântica. As telas vibrantes fazem parte da série que retrata a fauna e a flora brasileiras, apresentada recentemente pela artista em Nova York.

Yolanda Freire, que já participou duas vezes da Bienal Internacional de São Paulo, apresenta a série Favelas. O trabalho tem como inspiração as linhas que se formam no encontro das casas nos morros, construídas sem qualquer planejamento. “Há uma poesia ali, desordenada e livre, que me fascina”, diz a artista.

De seu ateliê no Leblon, Solange Palatnik trabalha com tinta acrílica, utilizando técnicas próprias de relevos feitos com colheradas de tinta em grandes formatos. Para a exposição ela leva trabalhos que falam do universo feminino, sempre com muitas cores e flores. 

No ano em que completa 50 anos de carreira, Gilda Goulart aposta na série Severina para fazer uma crítica. A partir de fotos impressionantes de uma mulher pobre que havia morrido queimada, ela faz impressões em transfer sobre algodão e borda com ponto de alinhavo.  “Foi uma homenagem que decidi fazer às mulheres. Dei significado e cor àquelas pessoas que muitas vezes passam invisíveis pela sociedade”, diz.

O Rio sai de cena nas obras de José Maria Dias da Cruz. Profundo conhecedor do trabalho do francês Cézanne, o artista é obcecado pela cor. Seus trabalhos são baseados em uma profunda pesquisa de composição geométrica e unem sincronicidade absoluta a rigidez das formas e a potência e vibração das cores.

Criativo, orquestrador das formas, Sergio Ferreira apresenta pequenos desenhos de acidez crítica e satírica inspirados na Pop Art americana. Já Marco Cavalcanti trabalha com pintura, fotografia experimental e design gráfico e mostra montagens fotográficas feitas a partir de atritos gráficos.

Artistas participantes – Benjamin Rothstein, Dirce Fett, Gilda Goulart, José Maria Dias da Cruz, Marco Cavalcanti, Sergio Ferreira, Solange Palatnik e Yolanda Freire.

SERVIÇO
Título da mostra: A Arte do Rio 2015
Abertura: 1º de setembro (terça-feira), às 18h
Visitação: 2 a 20 de setembro
Local: Centro Municipal de Artes Calouste Gulbekian
Endereço: Rua Benedito Hipólito, 125, Praça XI
Horário de visitação: de segunda a domingo, inclusive feriados, das 10h às 19h, Cidade Nova
Telefones: (21) 2224-5747
Entrada gratuita.



segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Seminário Rio de Janeiro: 450 anos fazendo história


Confira mais informações:

PALESTRAS NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO DISCUTEM PAPEL DE NIETZSCHE NO PENSAMENTO CONTEMPORÂNEO


Serão quatro dias de encontros temáticos com pesquisadores que vão relacionar as ideias do filósofo alemão com a realidade brasileira

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 1º a 4 de setembro (terça a sexta-feira), o ciclo de palestras Nietzsche e o Brasil. A cada dia, um tema será abordado por dois pesquisadores, que também debaterão com o público a vida, a obra, e as influências do filósofo alemão no pensamento contemporâneo. Os encontros iniciam sempre às 18h30.

O ciclo de palestras, inédito no Rio de Janeiro, será dividido em quatro eixos temáticos: educação, canção popular, literatura e corpo. Os convidados são alguns dos principais pesquisadores do autor, com significativas publicações e extensa atuação profissional com os temas para os quais foram convidados a discorrer.

“Um dos principais diferenciais de Nietzsche foi o de ter conseguido refletir sobre célebres questões existenciais através de uma linguagem mais simples, direta e objetiva que os demais filósofos tradicionais. Com isso, inaugurou um novo estilo de escrita filosófica mais acessível, que incluiu temas prosaicos ligados ao cotidiano dos leitores”, comenta a diretora geral do projeto, Verônica Prates.

Palestras:
No primeiro dia, a professora Rosa Dias (UERJ) privilegiará os trabalhos do filósofo compreendidos entre 1870 e 1874 para apresentar as contribuições de seu pensamento para a educação e como elas podem ser aproveitadas no Brasil do século XXI. Em seguida, o doutor Marlon Tomazella compara a visão nietzschiana da educação alemã do século XIX com o contexto histórico brasileiro, apontando possíveis aplicabilidades.

Na quarta-feira (2), dia dedicado à canção popular, a psicóloga e doutora em filosofia Ana Barreto abordará a noção de canção popular em Nietzsche e sua relação erudita com a música, tratando da classificação popular x erudito e trazendo para a realidade brasileira as valorações nietzschianas que norteiam o “bom gosto” musical. Na sequência, o crítico, produtor cultural e professor Bernardo Oliveira (UFRJ) utiliza o universo filosófico de Nietzsche para explicar o samba.

A literatura é o tema central do terceiro dia do evento, quando a professora Iracema Macedo (IFF) partirá da possibilidade de relacionar textos do alemão com poemas de Carlos Drummond de Andrade, propondo um diálogo entre poesia e filosofia em prol de um encantamento com a existência, ressaltando os lados alegre e sombrio da vida. Depois, o professor Dr. Renato Nunes Bittencourt (UFRJ) tomará o suporte filosófico de Nietzsche para ajudar a compreender a psicologia do ressentimento, partindo dos tormentos existenciais do personagem principal do romance Angústia, de Graciliano Ramos.

No último encontro do ciclo, os professores Dra. Izabela Bocayuva (UERJ) e Dr. Miguel Angel de Barrenechea (Unirio) tratam do pensamento nietzschiano sobre o corpo e como este influencia os valores morais da cultura do Ocidente.

Para participar do ciclo de palestras Nietzsche, não é preciso inscrição prévia. Os ingressos, gratuitos, serão distribuídos na bilheteria da CAIXA Cultural Rio de Janeiro a partir das 17h30 de cada dia.

Ficha técnica:
Organização: André Masseno e Tiago Barros
Direção Geral: Verônica Prates
Gestora de Projetos: Maitê Medeiros
Programação Visual: Karin Palhano
Realização: Quintal Produções

Programação:
1º de setembro (terça-feira)
18h30 – Nietzsche e a educação
Palestrantes: Rosa Dias e Marlon Tomazella

2 de setembro (quarta-feira)
18h30 – Nietzsche e a canção popular
Palestrantes: Ana Barreto e Bernardo Oliveira

3 de setembro (quinta-feira)
18h30 – Nietzsche e a literatura
Palestrantes: Iracema Macedo e Renato Nunes Bittencourt

4 de setembro (sexta-feira)
18h30 – Nietzsche e o corpo
Palestrantes: Izabela Bocayuva e Miguel Angel de Barrenechea

Serviço:
Ciclo de Palestras Nietzsche e o Brasil
Data: de 1º a 4 de setembro de 2015 (terça a sexta-feira)
Horário: 18h30
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Classificação indicativa: Livre
Lotação: 80
Entrada Franca (os ingressos serão distribuídos a partir de 1h antes de cada dia)
Acesso para pessoas com deficiência

Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO APRESENTA PANORAMA INÉDITO DO CINEMA ARGENTINO


Mostra exibe filmes das últimas sete décadas em cópias restauradas e que nunca foram lançados no Brasil, e conta com lançamento de catálogo

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 18 a 30 de agosto (terça-feira a domingo), a mostra de Cinema Argentina Rebelde, com 17 filmes, entre longas, médias e curtas-metragens que traçam um amplo panorama do cinema argentino. A mostra tem a participação de especialistas em cinema latino-americano como os críticos argentinos Alejandro Cozza e Roger Koza, a professora e escritora argentina, Ana Laura Lusnich, e o sociólogo e professor peruano, Isaac León Frías. Na abertura, haverá lançamento de catálogo da mostra com traduções de textos já clássicos e contribuições inéditas.

A programação, que tem curadoria dcrítico e pesquisador de cinema Victor Guimarães, reúne obras de diversos estilos, realizadas entre os anos de 1942 e 2013, desde o cine social dos anos 1940, passando pelo Nuevo Cine dos anos 1960 até as propostas mais radicais contemporâneas. A grande maioria dos filmes da mostra é inédita no Brasil e não conta com edições em DVD ou Blu-Ray no país (ou em língua portuguesa), apesar do reconhecimento de críticos e historiadores internacionais. Quase todos os filmes serão exibidos em película, em cópias restauradas.

Entre os filmes selecionados estão o longa-metragem Invasão (1969) ,que tem argumento de Jorge Luis Borges e Adolfo Bioy Casares e se tornou uma verdadeira lenda na cultura argentina, e o filme ... (Reticências), de 1971, primeira produção do escritor e cineasta Edgardo Cozarinsky, um dos nomes mais importantes do cinema underground argentino (o filme nunca estreou, chegou a ser considerado perdido e foi restaurado em 2011). Outro título que deve chamar atenção dos cinéfilos é o curta-metragem Rei Morto(1995), filme que esboça o estilo inconfundível da premiada diretora Lucrecia Martel.

“O sentido da rebeldia que reúne as obras desta mostra é duplo e indissociável: a resistência à injustiça social e à repressão política na Argentina é aliada, no cinema, da insubordinação diante das gramáticas hegemônicas. Rebeldia que não tem apenas um sentido negativo, de oposição (embora essa negatividade seja fundamental), mas que se afirma como invenção apesar de tudo. Cada filme, em seu tempo e a seu modo (como não poderia deixar de ser), combina essas duas faces de uma mesma atitude estética e política rebelde, que varia e se desdobra em um manancial de formas”, comenta o curador Victor Guimarães.

Minicurso e atividades paralelas:
A mostra contará também com a participação de pesquisadores e críticos latino-americanos em sessões comentadas, uma conferência e uma mesa-redonda. Além disso, o crítico argentino Alejandro Cozza ministrará o curso Revolucionários, insurgentes e dissidentes, de 27 a 29 de agosto (quinta-feira a sábado), com quatro horas de duração a cada dia.

O curso fará um breve percurso pela história do cinema argentino, em conexão com as obras exibidas na mostra. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail producao.argentinarebelde@gmail.com. Serão oferecidas 80 vagas para maiores de 16 anos. O horário do curso deve ser conferido na programação da mostra.

Programação:

18 de agosto (terça-feira)
Cinema 1 – Sessão de abertura
18h30 – Invasão (1969), Hugo Santiago, 125 min, Argentina, 14 anos.

19 de agosto (quarta-feira)
Cinema 1
16h15 - A hora dos fornos – parte 1: neocolonialismo e violência (1968), Fernando Solanas e Octavio Getino,  85 min, Argentina, 16 anos.
18h15 - Os traidores (1973), Raymundo Gleyzer, 109 min, Argentina, 16 anos. Sessão comentada pelo crítico José Carlos Avellar.

20 de agosto (quinta-feira)
Cinema 1
15h - Tempo de vingança (1981), Adolfo Aristarain, 108 min, Argentina, 14 anos
17h10 - Jogue uma moeda (1960), Fernando Birri, 33 min, livre.
+ Os inundados (1962), Fernando Birri, 87 min, Argentina, livre
19h30 - A casa do anjo (1957), Leopoldo Torre Nilsson, 1957, 78 min, Argentina, livre.

21 de agosto (sexta-feira)
Cinema 1
16h - A patagônia rebelde (1974), Héctor Olivera, 103 min, Argentina, 14 anos.
18h30 - A guerra gaúcha (1942), Lucas Demare, 95 min,  35mm, Argentina, livre - Sessão comentada pela pesquisadora Ana Laura Lusnich.

22 de agosto 
(sábado)
Cinema 1
15h - O amor é uma mulher gorda (1987), Alejandro Agresti, 82 min, Argentina, 14 anos. Sessão comentada pelo curador Victor Guimarães.
18h45 – Rei morto (1995), Lucrecia Martel, 12 min, Argentina, 16 anos
+ ... (Reticências) (1971), Edgardo Cozarinsky, 77 min, Argentina, 16 anos. Sessão em parceria com o Cineclube Sala Escura, comentada pelo pesquisador Fabián Nuñez.

Cinema 2
17h - Terra dos patriarcas (2011), Nicolás Prividera, 100 min, Argentina, livre

23 de agosto (domingo)
Cinema 1
15h - O dependente (1969), Leonardo Favio, 82 min, Argentina, 14 anos
 +  Pude ver um puma (2011), Eduardo Williams, 17 min, 12 anos
17h15 - Parapalos (2004), Ana Poliak, 93 min, Argentina, 16 anos
Cinema 2
17h - Mul3k3s (2013), Raul Perrone, 157 min, Argentina, livre

25 de agosto (terça-feira)
Cinema 1
15h30 - Jogue uma moeda (1960), Fernando Birri, 33 min, livre.
+ Os inundados (1962), Fernando Birri, 87 min, Argentina, livre
18h – Invasão (1969), Hugo Santiago, 125 min, Argentina, 14 anos. Sessão comentada pelo crítico Isaac León Frías

26 de agosto (quarta-feira)
Cinema 1
15h - A casa do anjo (1957), Leopoldo Torre Nilsson, 78 min, Argentina, livre
16h45 - A patagônia rebelde (1974), Héctor Olivera, 103 min, Argentina, 14 anos
19h15 - A guerra gaúcha (1942), Lucas Demare, 95 min, Argentina, livre

27 de agosto (quinta-feira)
Cinema 1
15h30 - A hora dos fornos – parte 1: neocolonialismo e violência (1968), Fernando Solanas e Octavio Getino,  85 min, Argentina, 16 anos.
17h15 - Rei morto (1995), Lucrecia Martel, 12 min, Argentina, 16 anos
Parapalos (2004), Ana Poliak, 93 min, Argentina, 16 anos
Cinema 2
13h-17h - Minicurso: Revolucionários, insurgentes e dissidentes, com Alejandro Cozza
19h15 - Terra dos patriarcas (2011), Nicolás Prividera, 100 min, Argentina, livre

28 de agosto (sexta-feira)
Cinema 1
16h - Tempo de vingança (1981), Adolfo Aristarain, 108 min, Argentina, 14 anos
18h30 - O dependente (1969), Leonardo Favio, 82 min,  Argentina, 14 anos
+ Pude ver um puma (2011), Eduardo Williams, 17 min, 12 anos
Sessão comentada pelo curador Victor Guimarães.
Cinema 2
14h-18h - Minicurso: Revolucionários, insurgentes e dissidentes, com Alejandro Cozza

29 de agosto (sábado)
Cinema 1
17h - O amor é uma mulher gorda (1987), Alejandro Agresti, 82 min, Argentina, 14 anos.
18h45 - Conferência: Rebeldia estética, rebeldia política, por Roger Koza -
Conjugando obras de cineastas como Leonardo Favio, Hugo Santiago, Edgardo Cozarinsky, Ana Poliak e Raúl Perrone, o crítico Roger Alan Koza traçará um mosaico de formas da rebeldia no cinema argentino.

Cinema 2
10h-14h – Minicurso: Revolucionários, insurgentes e dissidentes, com Alejandro Cozza
14h20 - Mul3k3s (2013), Raul Perrone, 157 min, Argentina, livre

30 de agosto (domingo)
Cinema 1
14h50 - Os traidores (1973), Raymundo Gleyzer, 109 min, Argentina, 16 anos
17h - Mesa redonda: Políticas do cinema argentino, com os críticos Alejandro Cozza, José Carlos Avellar e Roger Koza e mediação do curador Victor Guimarães. Será discutida a  história do cinema argentino a partir de uma investigação sobre como diferentes cineastas ou grupos fizeram conviver pesquisas formais singulares e atitudes políticas diversas diante da realidade social argentina e latino-americana.
19h30 - ... (Reticências) (1971), Edgardo Cozarinsky, 77 min, Argentina, 16 anos


Serviço:
Mostra Argentina Rebelde
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Data: 18 a 30 de agosto de 2015 (terça-feira a domingo)
Horários: Consultar Programação
Ingressos: R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Lotação: Cinema 1 - 78 lugares (mais três para cadeirantes) / Cinema 2 - 80 lugares (mais dois para cadeirantes)
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Classificação Indicativa: Consultar Programação
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

EXPOSIÇÃO NA CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO RETRATA MOVIMENTOS POLÍTICOS EM SERIGRAFIA



Das ruas para as telas, a mostra Movimentos reúne obras do artista visual André De Castro sobre jovens manifestantes de diferentes nacionalidades

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 12 de agosto a 12 de outubro de 2015, a mostra Movimentos,do artista visual André De Castro. A exposição traz retratos e referências de jovens que participaram de manifestações democráticas no Brasil, em 2013, e também na Turquia, Grécia e Estados Unidos, formando um painel com 35 telas em serigrafia. No dia da abertura, haverá o lançamento de um catálogo bilíngue produzido pela Aeroplano Editora e Pratt Press.

O painel que compõe a mostra, iniciado em 2013 e em constante expansão, está sendo concluído nas exposições do Brasil com telas inéditas. A escolha da técnica não foi por acaso. O silkscreen, também conhecido como serigrafia, é associado a movimentos políticos históricos e a mitificação de personalidades, como Che Guevara, Marilyn Monroe e o presidente Barack Obama, por exemplo. A exposição na CAIXA Cultural traz ainda um texto inédito, bilíngue, do historiador Daniel Aarão Reis. 

Para reunir as imagens e referências de cada jovem, André De Castro manteve contato com os manifestantes pelo mesmo meio que eles utilizaram para organizar as passeatas na época: a internet.

“Busquei contato por hashtags, em grupos do Facebook e no Twitter. A grande maioria dos participantes é de jovens que estão sempre conectados, e assim que os identifiquei, conversei sobre o projeto e ​pedi a cada retratado que enviasse uma foto de rosto e respondesse a uma série de perguntas relacionadas ao movimento político de seu país e sua identidade, conta André, que não pretende, com seu trabalho, enaltecer heróis ou representantes dos movimentos, mas usar a técnica da serigrafia para valorizar o conjunto formado por indivíduos únicos. ​

A individual já foi exibida em Miami, durante a Art Basel; e em Nova York, na BKLYN Fair e na Opus Galery; e foi vista por cerca de 30 mil pessoas em Brasília e Belo Horizonte. Este ano, para dedicar-se à exposição Movimentos, aqui no Brasil, o artista transferiu seu estúdio para a antiga fábrica da Behring, no Rio de Janeiro.

O trabalho criado pelo artista também está disponível no site www.projectmovements.com  dando espaço para as pessoas interagirem, seja curtindo, comentando ou compartilhando.

Sobre o artista:
Nascido no Brasil, o artista visual André De Castro vive e trabalha ​​entre Rio de Janeiro e Nova York​. Em 2011, mudou-se para NY para cursar o Master of Fine Arts (MFA), na Pratt Institute e, desde 2013, mantém seu estúdio no bairro do Brooklyn e trabalha como diretor de arte na Saatchi and Saatchi.

Em 2009, André publicou seu primeiro livro Funk – que batida é essa, um conjunto de ilustrações que retratam o funk carioca, fruto do projeto de graduação na PUC (RJ). O artista venceu, em 2013, o prêmio ​Never Stop Never Settle, ​promovido pela Pratt Institute e Hennessy US​ com o projeto Movimentos.

SERVIÇO:
Exposição Movimentos
Entrada Franca
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Abertura: 12 de agosto (quarta-feira), às 19h
Data: De 13 de agosto a 12 de outubro de 2015 (de terça-feira a domingo)
Horário: Das 10 às 21h
Classificação Indicativa: Livre
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal

Primeira edição do Festival de Esculturas do Rio acontece de 15 de agosto a 27 de Setembro


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De 15 de agosto a 27 de Setembro a Cidade Maravilhosa ganha a primeira edição do Festival de Esculturas do Rio. Trabalhos inéditos de 27 renomados artistas de diferentes regiões do Brasil ocuparão todo o segundo andar do Centro Cultural da Justiça Federal, no Centro. Entre os destaques estão os cariocas Frida Baranek, Suzana Queiroga, Antonio Bernardo (designer de jóias) e o coletivo composto por Guga Ferraz, João Marcos Mancha e Leonardt Lauenstein. Também participam o mineiro Jorge Fonseca, o pernambucano Francisco Brennand e a sergipana Claudia Nên.

Idealizada pelo produtor cultural Paulo Branquinho, a exposição reúne artistas de diferentes gerações e estilos e faz parte do projeto Mostra Rio de Esculturas Monumentais, que terá sua segunda edição em julho de 2016, como parte do calendário oficial das Olimpíadas no Rio de Janeiro. “Com tamanha repercussão da primeira edição, em 2014, na Praça Paris, onde tivemos a alegria de receber mais de 60.000 visitantes, fomos convidados pela Prefeitura para realizar uma versão ainda maior no ano que vem, que incluirá o Parque Madureira e outras regiões”, explica.

“A mostra no CCJF é um projeto piloto. Todos os artistas selecionados para a exposição estarão também nas praças públicas, em 2016, com suas esculturas de grande porte”, completa Branquinho.

O designer de jóias Antonio Bernardo apresenta o trabalho Radiolaria Cubo, em prata sterling 925. A obra tem um cubo no centro, de onde parte uma estrutura com tentáculos articulados em degradê, que por serem lúdicos, sensuais e táteis, convidam à manipulação e aproximam o observador do objeto. 
O mineiro Jorge Fonseca, que vive atualmente em Ouro Preto, apresentará um trabalho com cerca de 1,80 m X 1,20m, de uma série de obras feitas com suporte de livros esculpidos em madeira. “Estou fazendo 50 anos e vim de um meio em que sobreviver da arte era quase um sonho impossível. Já fui marceneiro e estes trabalhos representam um repensar na vida”, explica.

O artista, que já expôs em locais como MAM-RJ, Paço Imperial e Pinacoteca de São Paulo, também levará seu trabalho para as ruas da cidade. Ele é o criador do bem-humorado Fiotim (Filhote de Inhotim) – A Oitava Maravilha do Mundo Contemporâneo! –, um trailer com cenário lúdico, que internamente  traz reproduções, em miniatura, das imensas instalações do Inhotim, como o quarto vermelho de Waltercio Caldas.

Durante sete finais de semana (programação abaixo), Jorge (que se apresenta no truck como o personagem Jorge K) vai circular pelo Centro, Zona Sul e Zona Norte. “Minha intenção é fazer uma homenagem ao Inhotim e levar arte de forma divertida e democrática para as pessoas”, diz.

Com uma arte bem regional, Claudia Nên, de Itabaiana, Sergipe, discute o imaginário popular brasileiro e temas da contemporaneidade. Na obra “Gêmeas”, feita em gesso, as tradicionais bonecas nordestinas perdem o tom de celebração e festa, com olhos e bocas arqueados negativamente, para discutir a questão do individualismo e da introspecção.

A carioca Frida Baranek, que vive e trabalha em Nova York, traz para o Brasil uma obra da série Mudança de Jogo, produzida em 2014. O trabalho faz uma referência ao jogo de varetas, tão comum na infância e no imaginário coletivo, com as peças feitas em vidro e borracha. “Proponho uma antiga brincadeira com nova tensão e sensorialidade do material”, explica  artista.

Ainda no CCJF, em paralelo à mostra, serão oferecidos, com curadoria da artista Claudia Dowek, filmes e debates tendo como tema central a escultura tridimensional (ver programação abaixo). Destaque para a exibição, no dia 27 de agosto, da produção Nó de Madeira, de Daniel Paim. O documentário é baseado no Simpósio de Esculturas realizado em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 2014. Em seguida, a jornalista Cristina Aragão, da GloboNews, mediará bate-papo sobre arte urbana, com Daniel Paim, o artista Roberto Chagas, que participa da exposição, e com a Gerente de Monumentos e Chafarizes da Prefeitura, Vera Dias.

O Festival de Esculturas do Rio está sendo realizado com os patrocínios da Prefeitura do Rio, Secretaria Municipal de Cultura, Clear Channel, Grupo Libra, Escola Parque, Oceanus Agencia Marítima e Copa Engenharia.

Artistas participantesAline Matheus (RJ), Alex Moreira (BA), Ângelo Milani (SP), Antônio Bernardo (RJ), Carlos Muniz(MG), Cenildo Silva (BA), Claudia Dowek (RJ), Cláudia Nêm (SE), Claudio Aun (RJ), Coletivo João Marcos Mancha, Guga Ferraz  e Leonardt Lauenstein (RJ), Coletivo Somo Nosotros (Laura Calleja e Giovani Aprígio) (RJ), Felippe Moraes (RJ), Francisco Brennand (PE), Frida Baranek (RJ), Guianguido Bofanti (RJ), Jorge Fonseca (MG),  Leandro Gabriel (MG),Mercedes Lachmann (RJ), Moema Branquinho (RJ),  Osvaldo Gaia (PA), Pedro Paulo Domingues (RJ), Ricardo Ventura(RJ), Roberto Chagas (RS), Robson Macedo (RJ), Susana Anagua (Portugal), Suzana Queiroga (RJ) e Zé Tarcísio (CE). 

Sobre o idealizador do projeto - Paulo Branquinho é produtor de artes desde 1989, responsável por exposições em alguns dos principais museus e centros culturais do Brasil, entre eles MNBA-RJ, MAM-RJ, Paço Imperial-RJ, MAC-RS, Museu de Arte de Santa Catarina e Palácio das Artes -MG. Ele está à frente do projeto Mostra RIO de Esculturas Monumentais, que teve sua primeira edição na Praça Paris, em 2014, e já tem segunda edição agendada para julho de 2016, como parte do calendário oficial das Olimpíadas.

Entre seus trabalhos estão a exposição retrospectiva do artista Luiz Aquila no Paço Imperial (2012) e  a exposição da artista Monica Barki, no Museu Nacional de Belas Artes (2011/2012).

SERVIÇO - Festival de Esculturas do Rio
Período: 16 de agosto a 27 de setembro
Local: Centro Cultural Justiça Federal – Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro
Horário de visitação: Terça a domingo, das 12h às 19h
Entrada Gratuita
Classificação Livre

Programação Fiotim - das 9h às 18h
22/08 (Sábado) – Parque Madureira - das 10h às 18h
29/08 (Sábado) - Praça Afonso Pena, Tijuca - das 10h às 18h
06/09 (Domingo) – Praia do Leme - das 10h às 17h
10 a 13/09 - Art Rua (Galpão da Ação e Cidadania)
20/09 (Domingo) - Praia do Leblon (Em frente a Bartolomeu Mitre) - das 10h às 17h
24/09 (quinta feira) Cinelândia - das 10h às 18h
27/09 (Domingo) - MAM - Aterro do Flamengo - das 10h às 18h

Filmes e bate-papo
                                
26/08 (quarta-feira) Filmes:
16h - De Braços Abertos (Com roteiro e direção de Bel Noronha, fala sobre a construção do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.);

19h - Brennand (Com direção de Mariana Brennand, o filme narra a trajetória do pintor, desenhista, escultor e ceramista Francisco Brennand.).

27/08 (quinta-feira) – 18h30
Filme: Nó de Madeira (Produzido por Daniel Paim. Documentário baseado no Simpósio de Esculturas realizado em Santa Maria - RS, em 2014, com depoimentos dos participantes, buscando o entrelaçamento de suas trajetórias).

O filme será seguido de debate sobre arte urbana, com a participação da jornalista da Globonews Cristina Aragão, do artista Roberto Chagas, do produtor Daniel Paim, e da Gerente de Monumentos e Chafarizes da Prefeitura, Vera Dias.

28/08 (sexta-feira)
16h -  Sequência de curta metragens de vídeo arte, produzidos entre as décadas de 80 e 90, em co-produção entre a Studioline Filmes e a Rioarte. (Sérgio Camargo; Perfil da Linha - Amilcar de Castro; Apaga-te Sesamo - Waltercio Caldas; Iole de Freitas; Experiência No 5 - Arthur Barrio; José Rezende; O Nervo de Prata - Tunga.);

19h - Cildo (Produção de Mariana Ferraz, o filme percorre suas obras, procurando entender o processo criativo e o pensamento do artista.).



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Centenário de Sinatra é atração na Cinemateca do MAM


Mostra “Frank Sinatra – A Voz no Cinema” exibirá, de 18 de agosto a 6 de setembro, mais de 30 filmes estrelados pelo astro e terá ainda exposição e debate

De 18 de agosto a 6 de setembro, lugar de fã de Frank Sinatra é na Cinemateca do MAM. Com a programação de mais de 30 filmes estrelados pelo cantor e ator, a Mostra “Frank Sinatra - A Voz no Cinema” será uma homenagem ao centenário do grande astro americano, proporcionando ao público acesso a longas que não estão disponíveis nem em DVD no Brasil. Além dos filmes, haverá um debate e uma exposição com reproduções de pequenas estátuas da figura do cantor, pôsteres, fotos autografadas, cartas e ingresso do monumental show no Maracanã, em janeiro de 1980 (recorde de público na época, com 170 mil pessoas presentes).

Com curadoria dos jornalistas e críticos Mário Abbade e Ricardo Cota, a mostra se propõe a resgatar o lado ator de um dos mais importantes artistas do século XX. Sinatra (1915-1998) entrou para a história como um dos maiores intérpretes de todos os tempos, mas, além disso, o cantor também teve performances memoráveis como ator, chegando a ganhar o Oscar - dos anos 40 aos 80, fez mais de 60
filmes. “A mostra vai servir ao enfoque desse lado menos explorado, mas de reconhecidas qualidades, de um nome tão importante para diversos públicos brasileiros. O talento dramático do artista que lotou o Maracanã reúne um sem-número de referências que comprovam a importância da mostra”, afirma Mário Abbade. 

Antes mesmo do show no Maracanã, Frank Sinatra já tinha uma forte ligação com o Brasil. Ele se tornou o embaixador da bossa nova no mundo, quando levou Tom Jobim para os Estados Unidos na década de 1960 e gravou um disco inteiro com o maestro brasileiro, popularizando a bossa nova no mundo.

Além de o cantor ser uma referência para diferentes gerações, a força e o alcance de Sinatra, também em camadas mais populares do público brasileiro, ficaram registradas inclusive em episódios marcantes do cinema nacional. Numa cena emblemática de "Edifício Master", do premiado cineasta Eduardo Coutinho, que inspirou seu longa "As canções", um morador do prédio que é tema do filme canta "My way" e demonstra a importância da gravação de Frank Sinatra para classes e nacionalidades diversas. Por esse motivo também serão exibidos dois filmes com Dick Farney, a versão Sinatra do cinema brasileiro.

Programação:
18/8 - terça-feira
16h Carnaval Atlântida (12 anos)
18h A Lua a seu Alcance (12 anos) 90 minutos

19/8 - quarta-feira 
16h Beijou-me um Bandido (12 anos) 102 minutos
18h Corações Enamorados (12 anos) 117 minutos

20/8 - quinta-feira
16h A Bela Ditadora (12 anos) 94 minutos
18h Um Dia em Nova York (12 anos) 98 minutos

21/8 - sexta-feira
16h Casar não Custa (12 anos) 84 minutos
17h40 Marujos do Amor (12 anos) 140 minutos

22/8 - sábado
16h Redenção de um Covarde (12 anos) 80 minutos
17h40 O Homem do Braço de Ouro (12 anos) 119 minutos

23/8 - domingo
15h40 Chorei por Você (12 anos) 126 minutos
18h A Um Passo da Eternidade (14 anos) 118 minutos

25/8 - terça-feira
16h Somos Dois (12 anos)
17h50 Can-Can (12 anos) 131 minutos

26/8 - quarta-feira
16h Eles e Elas (12 anos) 150 minutos
18h50 Meu Ofício é Matar (12 anos) 73 minutos

27/8 - quinta-feira
15h40 Deus Sabe Quanto Amei (12 anos) 136 minutos
18h Alta Sociedade (12 anos) 111 minutos

28/8 - sexta-feira
16h Meus Dois Carinhos (12 anos) 109 minutos
17h50 Debate

29/8 - sábado
16h Os Viúvos Também Sonham (12 anos) 120 minutos
18h20 Sob O Domínio do Mal (14 anos) 103 minutos

30/8 - domingo
16h Assalto a um Transatlântico 106 minutos
18h Quando Explodem as Paixões (12 anos) 125 minutos

1/9 - terça-feira
16h O Expresso Von Ryan (12 anos) 117 minutos
18h20 Só Ficou a Saudade (12 anos) 109 minutos

2/9 - quarta-feira
16h Os Bravos Morrem Lutando (12 anos) 106 minutos
18h A Hora do Diabo (12 anos) 126 minutos

3/9 - quinta-feira
16h Robin Hood de Chicago (12 anos) 123 minutos
18h20 Os Três Sargentos (12 anos) 113 minutos

4/9 - sexta-feira
16h Os Quatro Heróis do Texas (12 anos) 124 minutos
18h20 Onze Homens e Um Segredo (12 anos) 127 minutos

5/9 - sábado
16h Tony Rome (12 anos) 110 minutos
18h10 A Mulher de Pedra (12 anos) 93 minutos

6/9 - domingo
16h Crime sem Perdão (12 anos) 113 minutos
18h10 O Primeiro Pecado Mortal (18 anos) 112 minutos

Serviço:
Mostra “Frank Sinatra - A Voz no Cinema”
Local: Cinemateca do Museu de Arte Moderna
Data: 18 de agosto a 6 de setembro de 2015 (terça-feira a domingo)
Endereço: Av. Infante Dom Henrique 85 - Parque do Flamengo
Telefone: (21) 3883 5600 / 3883-5612
Horário: Consultar programação
Ingressos: R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).
Lotação: 180 lugares
Bilheteria: de terça-feira a sexta-feira, das 12h às 17h30; sábado, domingo e feriados, das 11h às 17h30.
Classificação Indicativa: consultar programação
Estacionamento: de 7h às 22h (pago no local)