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segunda-feira, 25 de novembro de 2013
CINEMA E OUTRAS ARTES EM FOCO NA CAIXA CULTURAL RIO
Mostra “Filmes-carta: Por uma estética do encontro” reúne 19 produções que abordam temas como literatura, artes, fotografia, autobiografia e diário
A relação entre o cinema e diferentes linguagens artísticas é o tema da mostra “Filmes-carta: Por uma estética do encontro”, que a CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a partir da próxima terça-feira (26) até domingo (1º). A programação está dividida em grades temáticas e reúne 19 filmes que abordam a literatura, as artes visuais, a fotografia, a autobiografia e o diário. Em comum, as produções guardam a expressão de intimidade contida nas cartas e refletem sentimentos universais, como a saudade, a partida e os deslocamentos.
“Lettre de Sibérie”, de Chris Marker, produzido na década de 1950, e considerado o primeiro filme-carta, é um dos destaques da grade de exibição, ao lado de produções mais recentes, como o premiado documentário nacional “Querida Mãe” (2010), de Patrícia Cornils, e a co-produção Japão-Portugal “Yama no Anata, para além das montanhas” (2011), de Aya Koretzky.
Serão exibidos curtas, médias e longas-metragens de pouca circulação em circuitos e festivais, que apresentam uma carta transposta para o vídeo, como “De Glauber para Jirges”, de André Ristum, e produções que abordam uma troca de mensagens em que realizadores se correspondem através de imagens e sons, como em “Desassossego”, longa de direção coletiva com organização de Felipe Bragança e Marina Melliande, e os filmes “Cartas ao Ceará”, de Marcelo Ikeda, “Mauro em Caiena”, de Leonardo Mouramateus, e “Cidade Desterro”, de Gláucia Soares.
O simples gesto de endereçar ao outro a própria obra fílmica também é um tema permanente nos filmes selecionados. “A mostra traz para o público narrativas subjetivas que têm a escrita de si e o ensaio como características principais da estrutura dos filmes. Já não se trata mais de escrever uma carta literária, e sim de escrever com a imagem”, explica a idealizadora do projeto, Rúbia Mércia, que desenvolve pesquisas sobre o assunto.
O panorama traz também filmes de Agnés Varda (“Salus les Cubais”), Chantal Akerman (“News from Home”), Robert Kramer (“Dear Doc”) e Karim Aïnouz e Marcelo Gomes (“Viajo porque preciso volto porque te amo”) que dialogam com a temática da mostra.
A programação contará ainda com mesas de encontro com participação de cineastas, realizadores, pesquisadores e estudantes, além de críticos de Cinema, de Arte e Literatura, para conversar sobre o tema principal do projeto, os filmes-cartas, e temas relacionados.
Concurso:
O público é convidado a participar da mostra por intermédio do concurso "Eu envio", projeto de envio online de filmes-carta. Os interessados podem enviar suas criações em qualquer tipo de equipamento que produza imagens em movimento: câmera de vídeo, câmera de foto digital (sequências de fotos), câmera de celular ou animação feita no computador. Os selecionados terão seus filmes exibidos dentro da programação. Confira o regulamento do concurso no site www.mostrafilmescarta.com.
Informações e entrevistas:
Ana Cláudia Peres - anaclaudia.peres@gmail.com - (21) 98028-3507
Julia Casotti - juliacnogueira@gmail.com - (21) 99829-2129
Serviço:
Mostra “Filmes-carta: por uma estética do encontro”
Data: de 26 de novembro a 1º de dezembro de 2013 (terça-feira a domingo)
Horário: Consultar a programação
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinemas 1 e 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Lotação: Cinema 1 – 78 lugares (mais 3 para cadeirantes). Cinema 2 – 80 lugares (mais 3 para cadeirantes)
Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
No Facebook: Mostra de Filmes Carta
Classificação: Ver programação
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Programação completa da CAIXA Cultural: www.caixa.gov.br/ caixacultural
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
exposição do projeto educativo Ver e fazer - IMS RJ
O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro abre em 28 de novembro (quinta-feira), às 10h00, a exposição do projeto educativo Ver e fazer. A mostra reúne fotografias realizadas por alunos do ensino fundamental do Colégio Teresiano e da Escola Municipal Luiz Delfino. Os trabalhos foram desenvolvidos a partir de uma série de encontros, oficinas e discussões realizados pelas educadoras do IMS, ao longo do ano letivo de 2013.
Realizado desde 2009, o projeto Ver e Fazer tem ampliado experiências de ensino e aprendizagem de alunos, professores e educadores, sempre tendo como ponto de partida obras do acervo IMS. Partindo do princípio de que a observação e análise de todo objeto o torna multidisciplinar, seu objetivo é incentivar o diálogo entre uma determinada obra de arte e diferentes disciplinas escolares.
Nesta 5ª edição, o projeto propôs um estudo do retrato fotográfico a partir de imagens de diferentes épocas feitas por artistas como Alice Brill, Haruo Ohara, José Medeiros, Otto Stupakoff e Maureen Bisilliat, todos integrantes do acervo do IMS.
Os alunos também tiveram a oportunidade de conversar diretamente com um profissional especializado em retratos, o fotógrafo Leo Aversa, e ouvi-lo sobre as dificuldades e especificidades de sua atividade.
A exposição apresentará parte dos resultados desse processo com trabalhos feitos pelas crianças, que refletem sobre a luz e o enquadramento na fotografia, e a cor como um elemento plástico no retrato fotográfico.
Exposição Ver e fazer
Exposição: de 28 de novembro a 29 de dezembro de 2013
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca - Classificação livre
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400/ (21) 3206-2500
sábado, 16 de novembro de 2013
Cinemark abre novas sessões para exibição do episódio de 50 anos de ‘Doctor Who’
TRANSMISSÃO ACONTECERÁ NOS DIAS 23 E 24 DE NOVEMBRO E INGRESSOS JÁ ESTÃO À VENDA
A pedido do público, a Rede Cinemark ampliou mais uma vez o número de cidades e sessões para a exibição de “The Day of the Doctor”, episódio comemorativo de 50 anos da série britânica de ficção científica “Doctor Who” da BBC.
Espectadores de Vitória (Shopping Vitória), Guarulhos (Internacional Shopping), Londrina (Boulevard Londrina), Natal (Midway Mall), Aracaju (Shopping Jardins), Manaus (Studio Rio Shopping), Ribeirão Preto(Novo Shopping), Cuiabá (Goiabeiras Shopping), Campo Grande (Shopping Campo Grande) e São Paulo(Cidade Jardim) poderão assistir ao especial em 23 de novembro (sábado), simultaneamente à transmissão do episódio pelo canal BBC.
Em Vitória, Guarulhos, Londrina, Ribeirão Preto e São Paulo a exibição acontece às 17h50. Em função do horário de verão, Natal, Aracaju, Campo Grande e Cuiabá têm exibição agendada para às 16h50 e Manaus para às 15h50.
Para os fãs que não conseguirem assistir ao episódio especial na sessão de sábado, 23, a Cinemark realizará uma segunda transmissão no domingo, 24, às 11h. Neste dia, o episódio será apresentado em São Paulo (Market Place, Pátio Paulista, Villa Lobos e Metrô Tucuruvi), Niterói (Plaza Shopping) e Curitiba (Mueller e Park Shopping Barigui).
Os ingressos já podem ser adquiridos no site da Rede (www.cinemark.com.br) ou nas bilheterias dos cinemas participantes. Os valores são R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).
Em função da grande procura, já estão esgotados os ingressos para a sessão do dia 23/11 nos complexos dos shoppings Eldorado, Metrô Santa Cruz, Market Place, Metrô Tatuapé, Pátio Paulista, Metrô Tucuruvi e Central Plaza, em São Paulo; Tamboré, em Barueri; Park Shopping São Caetano, em São Caetano do Sul; CenterVale Shopping, em São José dos Campos; Iguatemi, em Campinas; Praiamar, em Santos; Pier 21, em Brasília; RioMar, em Recife; Plaza Shopping, em Niterói; Downtown e Botafogo Praia Shopping, no Rio de Janeiro; Mueller e Park Shopping Barigui, em Curitiba; Barra Sul, em Porto Alegre; Salvador Shopping, em Salvador; Passeio das Águas, em Goiânia; Pátio Savassi, em Belo Horizonte; e Uberlândia Shopping, em Uberlândia.
The Day of the Doctor
“The Day of the Doctor” é um episódio especial que celebra o 50º aniversario de “Doctor Who”, a série de ficção científica mais longeva da história da televisão. A transmissão ocorrerá de forma simultânea para milhões de fãs em todo o mundo no dia 23 de novembro de 2013.
Filmado em tecnologia 3D, The Day of the Doctor contará com a participação de Matt Smith, David Tennant, Jenna Coleman, Billie Piper e John Hurt.
Cheio de aventura, o episódio especial revela que o Doutor tem, na realidade, um passado perigoso. Mas que, ainda assim, ele está de volta! O roteiro é de Steven Moffat, que também é o produtor executivo do especial ao lado de Faith Penhale.
Desde 1963 no ar, Doctor Who tem sido uma das séries britânicas de drama mais aclamadas do mundo, considerada a série de ficção científica mais bem-sucedida da história de acordo com o Livro dos Recordes, o Guinness.
A obra também vem desfrutando de grande êxito comercial – são mais de 10 milhões de DVDs e 8 milhões de produtos licenciados e comercializados mundo afora. É o programa número 1 da BBC em downloads no iTunes. Braço comercial da British Broadcasting Corporation (BBC), a BBC Worldwide distribui Doctor Who em mais de 200 países em todo o planeta.
Serviço:
Data: 23 de novembro
Novos complexos: Vitória (Shopping Vitória), Guarulhos (Internacional Shopping), Londrina (Boulevard Londrina), Natal (Midway Mall), Aracaju (Shopping Jardins) Manaus (Studio Rio Shopping), Ribeirão Preto(Novo Shopping), Cuiabá (Goiabeiras Shopping), Campo Grande (Shopping Campo Grande) e São Paulo(Cidade Jardim)
Horários: 17h50m em Vitória, Guarulhos, Londrina, Ribeirão Preto e São Paulo; 16h50m em Natal, Aracaju e Cuiabá; e 15h50m em Manaus
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Data: 24 de novembro
Complexos: São Paulo (Market Place, Pátio Paulista, Villa Lobos e Metrô Tucuruvi), Niterói (Plaza Shopping) e Curitiba (Mueller e Park Shopping Barigui)
Horário: 11h
Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Cinemark patrocina documentário ‘Eu Maior’
FILME DE FERNANDO E PAULO SCHULTZ FALA SOBRE AUTOCONHECIMENTO E BUSCA DA FELICIDADE; CIRCUITO DE EXIBIÇÃO SERÁ DEFINIDO POR MEIO DE FINANCIAMENTO COLETIVO
A Rede Cinemark é uma das empresas patrocinadoras de “Eu Maior”, documentário brasileiro dirigido por Fernando e Paulo Schultz que traça uma reflexão sobre autoconhecimento e busca da felicidade. Questões essenciais como “qual é o sentido da vida” e “o que é a felicidade” são discutidas no longa por 30 personalidades brasileiras como líderes espirituais, intelectuais, artistas e esportistas. O físico Marcelo Gleiser, o surfista Carlos Burle, a budista Monja Coen, o cronista Rubem Alves e a ex-ministra Marina Silva estão entre os entrevistados.
Segundo Maricy Leal, gerente de Marketing da Cinemark, o patrocínio é mais uma das formas de apoio da Rede ao cinema nacional. “Além de longas de ficção, a Rede investe em documentários, animações, curtas e outros formatos, estimulando assim a diversidade da indústria”.
A escolha do circuito de exibição será realizada por meio de financiamento coletivo, a partir de 21 de novembro. Por meio de votação no portal de crowdfunding Catarse, os espectadores poderão organizar exibições em cidades onde há salas da Rede Cinemark. Salvador, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, São José dos Campos, Campinas e Florianópolis já garantiram a exibição.
Eu Maior
Quem sou eu? Qual é o sentido da vida? Por que as respostas que eu tinha ontem não me satisfazem mais hoje? Calcadas na experiência de vida contemporânea, as questões existenciais ganham novas nuances no documentário “Eu Maior”. O filme entrevistou 30 personalidades com perfis bem distintos, mas que têm em comum a disposição de compartilhar experiências de vida que ampliaram suas percepções de si e do mundo. Com 90 minutos de duração, “Eu Maior” é um filme de perguntas, mais do que respostas. Perguntas essenciais e universais, numa época de grandes transformações e desafios, que pedem níveis mais altos de discernimento e consciência individual. Informações adicionais sobre o filme, incluindo clipes das entrevistas, estão disponíveis no site: www.eumaior.com.br.
Diário da Tarde, de Paulo Mendes Campos, ganha edição única, em formato jornal, publicada pelo IMS
Lançamento na Livraria da Travessa do Shopping Leblon terá bate-papo entre Renato Terra e Xico Sá
O Instituto Moreira Salles lança no dia 18 de novembro, às 19h30, no auditório da Livraria da Travessa Leblon (Av. Afrânio de Mello Franco, 290 – loja 205A – 2o piso), o livro Diário da tarde, do cronista e poeta mineiro Paulo Mendes Campos. No lançamento, será realizada uma conversa aberta ao público entre os cronistas Renato Terra, da revistaPiauí, e Xico Sá, da Folha de S. Paulo.
O livro teve uma única edição, lançada em 1981 pela Civilização Brasileira/Massao Ohno. Atualmente, a obra completa de Paulo Mendes Campos está sendo relançada pela Companhia das Letras.
A edição especial do Diário da Tarde aos cuidados do IMS é limitada a 2.500 exemplares e tem caráter comemorativo: ao contrário das edições anteriores e vindouras, ela foge ao formato tradicional do livro e estampa os artigos, crônicas, colunas e tiradas do Diário da Tarde no formato de um jornal tablóide, com projeto gráfico de Daniel Trench e ilustrações de Veridiana Scarpelli. A escolha do formato tablóide foi a maneira de reproduzir a intenção original de Paulo Mendes Campos de fazer um jornal imaginário e pessoal.
Diário da tarde mostra especialmente o talento de Paulo Mendes Campos como cronista. O escritor, que alargou os limites do gênero, inclui em seu jornal pessoal – feito em 20 edições com oito seções fixas – textos que vão do futebol ao melhor da literatura brasileira e universal. Assim como frases curtas, poemas e aforismos que revelam seu humor, sua erudição e seu lirismo. Destacam-se, entre as seções, “Artigo indefinido”, em que o autor fala, de forma ordenada e pessoal, de escritores e obras de sua predileção, e “O gol é necessário”, em que revela toda sua paixão pelo futebol. O título de uma de suas crônicas de futebol virou definição: “Didi, coisa mental”.
Na orelha da primeira edição do livro, o editor Ênio Silveira dizia: “Paulo Mendes
Campos é, mineiramente, a soma de várias personalidades que se superpõem, que se mesclam, ensejando-nos a cada instante uma visão de sua pessoa, que no instante seguinte já é outra, nenhuma delas permitindo clara e completa definição do todo. Algo assim como se ele fosse um caleidoscópio, regalando nossos olhos com sucessões aparentemente infinitas de arranjos, todos eles fascinantes”.
Sobre o autor
Paulo Mendes Campos nasceu a 28 de fevereiro de 1922, em Belo Horizonte. Iniciou seus estudos na capital mineira, prosseguiu em Cachoeira do Campo e terminou em São João del Rei. Começou a cursar Odontologia, Veterinária e Direito, mas não completou nenhum dos cursos. Jovem ingressou na vida literária, como integrante da geração mineira a que pertenceram Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino, João Ettiene Filho e Murilo Rubião. Em Belo Horizonte, dirigiu o suplemento literário da Folha de Minas e trabalhou na empresa de construção civil de um tio.
Foi ao Rio de Janeiro, em 1945, para conhecer o poeta Pablo Neruda, e por ali ficou. No Rio já se encontravam seus melhores amigos de Minas. Passou a colaborar em O Jornal, Correio da Manhã (de que foi redator durante dois anos e meio) e Diário Carioca. Neste último, assinava a "Semana Literária" e, depois, a crônica diária "Primeiro Plano". Foi, durante muitos anos, um dos três cronistas efetivos da revista Manchete.
Admitido no IPASE, em 1947, como fiscal de obras, passou a redator daquele órgão e chegou a ser diretor da Divisão de Obras Raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro. Em 1951 lança seu primeiro livro, "A palavra escrita" (poemas).
Paulo Mendes Campos foi repórter e redator de publicidade. Foi, também, tradutor de poesia e prosa inglesa e francesa — entre outros Júlio Verne, Oscar Wilde, John Ruskin, Shakespeare, além de Neruda.
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro no dia 1° de julho de 1991, aos 69 anos. Em 1999 foi homenageado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro: seu nome está em uma pequena praça que fica no cruzamento das ruas Dias Ferreira, Humberto de Campos e General Venâncio Flores, no Leblon.
Diário da tarde
Autor: Paulo Mendes Campos
96 pp.
42 x 30 cm
ISBN: 978-85-8346-002-2
R$ 44,90
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Lançamento:
Bate-papo entre Renato Terra e Xico Sá
18 de novembro de 2013, às 19h30
Auditório da Livraria da Travessa – Shopping Leblon
Av. Afrânio de Mello Franco, 290 – loja 205A – 2o piso - Tel. 21.3138 9600
NEWSLETTER JARDIM BOTÂNICO RJ
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segunda-feira, 11 de novembro de 2013
DVD o documentário autobiográfico As praias de Agnès - IMS RJ
No dia 15 de novembro, o Instituto Moreira Salles lançará em DVD o documentário autobiográfico As praias de Agnès, da cineasta belga, radicada na França, Agnès Varda. Para acompanhar o lançamento, entre os dias 15 e 28 de novembro, o cinema do IMS apresentará a mostra Retratos de Família, com filmes em torno das famílias de seus realizadores. Os filmes exibidos são, entre outras, produções mexicanas, alemãs, palestinas e brasileiras, além de exibições especiais deAs praias de Agnès
Este é o décimo título da coleção de DVDs do IMS, e traz também um livreto com o ensaio Autoficções e cinema: Varda e a tecnologia transformadora do eu, em que Claire Boyle, especialista em cinema, pensamento e literatura francesa do pós-guerra na Universidade de Edimburgo, propõe uma análise do filme com o que Michel Foucalt chama de “tecnologia do eu”. Essa análise permite “a compreensão de como o cinema trata e produz a individualidade e também como as transformações autoficcionais moldadas no documentário servem para algo mais do que um propósito diretamente lúdico ou desconstrutivo”. Para Boyle, o processo de filmar de Varda “contribui para a melhora do bem-estar do eu da diretora, de forma que corresponde ao conceito de Foucault de um conjunto de práticas benéficas e transformadoras desenvolvidas para melhorar a relação do eu com ele mesmo”. O valor do DVD é R$ 39,90.
Sobre Agnès Varda
Nascida na cidade de Bruxelas, na Bélgica, em 1928, e radicada na França, o primeiro filme de Varda, La Pointe Courte(1955), mostra a história de duas crises, uma individual, onde marido e mulher discutem o casamento, e outra coletiva, onde a aldeia de pescadores em que eles vivem discute problemas da sociedade. Realizado com um mínimo de recursos o filme traz muitas das características que adiante iriam marcar as realizações da Nouvelle Vague. Antes de um novo longa-metragem, realizou cinco filmes curtos. Em 1962, casou-se com Jacques Demy e dirigiu seu segundo filme longo,Cléo das 5 às 7 (Cléo de 5 à 7, com a presença de Jean-Luc Godard, Anna Karina, Eddie Constantine e Jean Claude Brialy como personagens de um filme mudo, com participação também de Michel Legrand, que também foi responsável pela trilha sonora do filme. Dirigiu seu primeiro longa-metragem em cores, As duas faces da felicidade (Le Bonheur) em 1965. A partir de então, Varda teve intensa produção de filmes longos e curtos, tanto para o cinema quanto para televisão Sua filmografia conta com pouco mais de 40 títulos:
As criaturas (Les Créatures, 1966); Loin du Vietnam (realização coletiva, com episódios de Joris Ivens, Alain Resnais, Chris Marker, Jean-Luc Godard, Claude Lelouch e William Klein, 1967); Oncle Yanco (curta-metragem, 1967); Black Panthers (curta-metragem, 1968); Lions Love (1969); Daguerréotypes (1975); Réponse des femmes: notre corps, notre sexe (curta-metragem, 1975); Plaisir d’amour en Iran (curta-metragem, 1976); L’une chante, l’autre pas (1977); Mur murs(1981); Documenteur (1981); Les dites cariatides (curta-metragem, 1984); 7p. cuis, s. de b.,...à saisir (curta-metragem, 1984); Sans toit ni loi (1985); T’as de beaux escaliers, tu sais (curta-metragem, 1986); Ulysse (curta-metragem, 1986);Jane B. par Agnès V. (1987), Le petit amour (1987); Jacquot de Nantes (1991); Les demoiselles ont eu 25 ans (1993); Le Cent et une nuits de Simon Cinéma (1994); L’univers de Jacques Demy (1995); Les Glaneurs et la glaneuse (2000); Les Glaneurs et la glaneuse...deux ans après (2002); Le Lion volatil (curta-metragem, 2003); Cinévardaphoto (2004); Der Viennale ‘04 - trailer (curta-metragem, 2004); Ydessa, les ours et etc. (curta-metragem, 2004); Les dites cariatides, bis(curta-metragem, 2005); Cléo de 5 à 7: souvenirs et anecdotes (curta-metragem,2005); Quelques veuves de Noirmoutier(2006) e As praias de Agnès (Les plages d’Agnès, 2008).
Sobre a coleção de DVDs IMS:
Em outubro de 2012 o Instituto inaugurou uma coleção de DVDs. Os dez títulos já editados são: Shoah, de Claude Lanzmann, La Luna, de Bernardo Bertolucci, Cerimônia de casamento, de Robert Altman, Conterrâneos velhos de guerra, de Vladimir Carvalho, Vidas secas e Memórias do cárcere, de Nelson Pereira dos Santos, São Bernardo, de Leon Hirszman, O emprego, de Ermanno Olmi, Cerimônia secreta, de Joseph Losey e, lançamento desse mês, As praias de Agnès, de Agnes Varda.
Os títulos da coleção IMS têm três linhas: documentários, filmes de ficção e registros de entrevistas, mesas de debates e conferências organizadas pelo Instituto. “Buscamos filmes que sejam especialmente significativos pelo tema ou pela forma narrativa, que se destaquem na filmografia de determinados realizadores”, explica José Carlos Avellar, curador da programação de cinema do IMS e responsável pela coleção de DVDs. “Algumas vezes, vamos em busca de títulos pouco ou nada conhecidos, outras, da revisão de filmes conhecidos para estimular seu reestudo”, completa. Com esse objetivo, todo DVD da coleção é acompanhado de um livreto com uma análise crítica.
Programação da mostra:
SEXTA | 15 DE NOVEMBRO
16h00 : Um passaporte húngaro
de Sandra Kogut (Brasil, 2001.72’)
No começo, uma conversa ao telefone. Quem fala é Sandra, ao mesmo tempo realizadora e personagem central deste documentário em torno de seu processo para conseguir um passaporte húngaro. O filme se propõe a discutir o que é e como se constrói uma identidade, passando aqui e ali, por pessoas radicalmente jogadas para um espaço não identificado no final da década de 1930, com uma letra K carimbada em seus passaportes.
18h00: Elena
de Petra Costa (Brasil, 2012. 80’)
Como lembra a diretora, quando começou a fazer esse documentário “eram poucos os filmes brasileiros com enfoque familiar. Sabia da existência de 33, do Kiko Goifman, de Um passaporte húngaro, de Sandra Kogut, Person, de Marina Person, e de Diário de Sintra, de Paula Gaitán. Acho que foram o começo dessa safra, que hoje parece mais consolidada com os recentes exemplos de Otto, de Cao Guimarães, e Os dias com ele, de Maria Clara Escobar. Pensando em filmes estrangeiros, os que mais me tocaram foram As praias de Agnès, da Agnès Varda, e O nome dela é Sabine, da Sandrine Bonnaire. Todo artista coloca muito de si em sua obra, mesmo que não trate de uma pessoa da família. Mas, em um filme sobre alguém da família, essa delicadeza e essa subjetividade ficam ainda mais aguçadas. Creio que a tendência é termos mais e mais filmes desse tipo, e que isso venha a ampliar a reflexão sobre temas universais de afeto, luto e perda. Partindo de experiências pessoais temos a possibilidade de mergulhar com maior profundidade nesses temas e o cinema ganha muito com isso”.
20h00 : As praias de Agnès (Les plages d’Agnès)
de Agnès Varda (França, 2008. 110’)
“Com 78 anos, quase chegando aos 80, eu via os números 8 e 0 que avançavam em minha direção como uma zoom ou como um trem e comecei a me dizer: ai, meu Deus! tenho que fazer qualquer coisa para os meus 80 anos”, comenta Agnès. “Lembrei que Montaigne, no fim de sua vida, escreveu: ‘creio que meus próximos, que vão me perder, gostariam de saber um pouco mais do que eu conheci’. Pensei mais ou menos isso com relação a meus filhos e netos. Não temos o hábito de perguntar tais coisas aos nossos parentes. Decidi então contar para eles como tudo começou, o que tinha na cabeça quando comecei a fazer filmes, falar dos amigos, das pessoas que encontrei, falar das coisas que fiz e falar também das pessoas que me fizeram. Só podemos falar do que vivemos, do que existe bem perto de nós. E eu tive muitas vidas. Fui fotógrafa. Fui cineasta. E depois, uma jovem artista contemporânea aos 72 anos. Gosto muito dessa terceira parte de minha vida, que me permitiu tentar outros encontros, noutros lugares, criar outras relações com os espectadores. O melhor de tudo é poder experimentar diferentes formas de criação. Mas, então: eu me aproximava dos 80 anos. Achei que deveria fazer algo. Nos lembramos sempre de passar por algum zero, mas quando era jovem jamais imaginei passar pelos 80. Oito e zero. Quando jovem eu achava que pessoas com 40 anos já eram velhas e os que tinham 50 então... Lembro que não me interessava por pessoas com mais de 50 anos e imaginava: acho que vou viver até os 45. Achava poético morrer jovem.”
SÁBADO | 16 DE NOVEMBRO
15h00 : Diário de Sintra
de Paula Gaitán (Brasil, 87’)
“O filme propõe um percurso da memória involuntária, das experiências sensíveis que remetem ao passado. Imagens que ultrapassam a memória e comunicam apenas uma parte de seu segredo, transformam o tempo perdido em tempo redescoberto” – diz a realizadora. “Retorno a Portugal 25 anos depois. Retorno ao passado extinto, real e imaginário. As fotos de Glauber Rocha permanecem no tempo... Mas os acontecimentos são fluxos: o fluxo do rio, da árvore e do ar”.
17h00 : Com o meu coração em Yambo (Con mi corazón en Yambo)
de María Fernanda Restrepo (Equador, 2011. 135’)
Um caso de violação de direitos humanos que traumatizou o Equador, o desaparecimento dos irmãos da realizadora María Fernanda Restrepo (Santiago, de 17 anos, e Andrés, de 14) em mãos da policía em 1988. O documentário transformou-se num acontecimento muito além das fronteiras do cinema e a partir dele a investigação judicial foi reaberta. A diretora trabalha num espaço íntimo, que é dela e de mais ninguém, sem se descuidar do componente histórico e político: “Em 8 de janeiro de 1988, quando eu tinha 10 anos, meus pais decidiram sair de férias e me deixaram sob os cuidados de meus irmãos Tiago, de 17 anos, e André, de 14. Naquele dia eu tinha uma festa infantil e eles deviam me buscar na parte da tarde. A noite chegou, veio a manhã seguinte, e eu continuei na janela, esperando. Nunca chegaram”.
20h00 : As praias de Agnès (Les plages d’Agnès)
de Agnès Varda (França, 2008. 110’)
DOMINGO | 17 DE NOVEMBRO
16h00 : Avôs (Abuelos)
de Carla Valencia Dávila
(Equador, Chile, 2010. 93’)
Uma jornada pessoal em busca dos avôs. Duas histórias, uma próxima a outra enterrada. Remo, o avô paterno, desaparecido político na ditadura de Pinochet, e Juan, o avô materno, médico autodidata que dedicou sua vida à pesquisa. A paisagem árida do deserto chileno dialoga com os rios e o verde dos Andes. Um filme rico em metáforas visuais e em calorosos testemunhos. Dois sonhos que se refletem em duas paisagens, uma de montanhas verdejantes, a outra árida e desolada.
18h00 : Porto da memória (Port of Memory)
de Kamal Aljafari (Alemanha, França, EUA, 2009. 63’)
A história do abandono de Jaffa, cidade portuária da Palestina de antes de 1948, e de seus habitantes. Os rastros da família de Salim, que recebeu ordem de despejo da sua casa em Ajami. Tornados ilegítimos em sua própria terra, essas pessoas foram demitidas, diminuídas e submetidas à repetição de gestos cotidianos. Uma reflexão sobre o absurdo de estar presente e ausente ao mesmo tempo.
O jardim de Raul (El jardin de Raul)
de Sarasvati Herrera (México, 2013. 28’)
Sonho e realidade se entrelaçam na vida do pintor Raul, pai da realizadora, que depois de quase perder a vida num acidente decide restabelecer a relação com a filha que não via há mais de dez anos.
20h00 : As praias de Agnès (Les plages d’Agnès)
de Agnès Varda (França, 2008. 110’)
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TERÇA | 19 DE NOVEMBRO
16h00 : Construção
de Carolina Sá (Brasil, 2011. 71’)
A observação é de Yvonne Maggie: “A história começa com uma menininha, Branca, que está em Cuba para conhecer a família de seu pai, músico cubano. Cuba estava comemorando o cinquentenário da revolução. Não é fácil viver em Cuba e Carolina descreve isso com muita perspicácia, com a câmera passeando pelas ruas, pelas casas e seus interiores, pela família do pai da menina. Bastava ter descrito esse encontro de Branca com seu meio-irmão cubano, sua avó cubana, os amigos de seu pai cubano e o cotidiano em Havana, e já teria feito um lindo filme. Mas Carolina quis mais: quis também falar de seu pai, Marcos Vasconcelos arquiteto, poeta, contista e compositor. O espectador se identifica com a fragilidade das relações porque Carolina transforma sua história pessoal em tema universal”.
18h00 : Diário de Sintra
de Paula Gaitán (Brasil, 87’)
A observação é de Maria Campaña Ramia: “Mais de vinte anos depois da morte de Glauber, a cineasta retorna à cidade portuguesa em que viveu os últimos momentos com ele e seus filhos. Filmes em super 8, fotos do álbum de família, fragmentos de seus filmes, trechos dos livros do cineasta, funcionam como pequenos sinais do que existiu um dia, como pedaços de memória.
20h00 : Pulsações
de Manoela Ziggiatti (Brasil, 2011. 73’)
Em encontros com a família e amigos, uma delicada narrativa sobre o sentido de estar vivo.
Luna e Cinara
de Clara Linhard (Brasil, 2012. 14’)
A relação de poder e afeto entre Luna, a avó da realizadora e a empregada, Cinara. Clara se pergunta se é possível uma amizade entre aquelas duas mulheres.
QUARTA | 20 DE NOVEMBRO
15h00 : Pulsações
de Manoela Ziggiatti (Brasil, 2011. 73’)
Em encontros com a família e amigos, uma delicada narrativa sobre o sentido de estar vivo.
16h30 : Diário de uma busca
de Flavia Castro (Brasil, 2010. 104’)
“O filme começa com a morte de meu pai”, diz a diretora. “É uma tentativa de descobrir o que aconteceu, como ele morreu depois do exílio, em 1984. A busca é quase uma história policial. Mas ao longo do filme ela se torna uma busca da vida também. As viagens que faço ao longo da busca são para contar do meu ponto de vista, e com as cartas de meu pai, o que eu e meu irmão vivemos quando crianças. Durante muito tempo, pensar no meu pai, significava pensar em sua morte. Como se pelo seu enigma, e pela sua violência, ela tivesse apagado sua história. E apagado junto, parte da minha vida”.
18h30 : 33
de Kiko Goifman (Brasil, 2003. 74’)
Kiko sempre soube que era filho adotivo, e aos 33 anos, e por um prazo de 33 dias, se aventura numa experiência em que sua vida pessoal e de seus familiares passa a ser investigada: o diretor se propõe a encontrar a sua mãe biológica. Descobrindo pistas e levantando provas sobre a sua origem, o filme é como um diário que revela as iniciativas, angústias e incertezas do diretor. Misturando diversos gêneros cinematográficos – entre eles o film noir – trata do universo peculiar dos detetives, que atuam num terreno movediço entre o legal e o ilegal, o público e o privado.
20h00 : Um passaporte húngaro
de Sandra Kogut (Brasil, 2001. 72’)
No começo, uma conversa ao telefone. Quem fala é Sandra, ao mesmo tempo a realizadora e a personagem central deste documentário em torno do processo que ela inicia para conseguir um passaporte húngaro. O filme se propõe a discutir o que é e como se constrói uma identidade, passando aqui e ali, por pessoas radicalmente jogadas para um espaço não identificado no final da década de 1930, com uma letra K carimbada em seus passaportes.
QUINTA 21
16h00 : 5 câmeras quebradas (5 Broken Cameras)
de Emad Bornat e Guy Davidi
(França, Holanda, Israel, Palestina, 2011. 94’)
Em 2005, uma pequena cidade na Cisjordânia foi dividida por um muro construído pelo governo israelense. Com o argumento de proteger um povoado das redondezas, eles prepararam o terreno para a tomada de posse de 150 mil judeus israelenses. O agricultor Emad, morador da região, decidiu armar-se de uma câmera e de formas pacíficas de protesto para tentar conservar suas terras.
18h00 : A música do pai (Nach der Musik)
de Igor Heitzmann (Alemanha, 2007. 105’)
Pouco depois da queda do Muro de Berlim, o maestro austríaco Otmar Suitner foi obrigado a por um fim em sua longa carreira na Alemanha Oriental: suas mãos começaram a tremer por causa do parkinson. O condutor de fama mundial não podia mais controlar a batuta. A queda do muro trouxe também mudanças em sua vida familiar. Durante décadas Suitner teve duas vidas privadas, uma com sua esposa em Berlim Oriental e outra com a sua amante e seu filho, Igor, no outro lado da cidade dividida pelo muro. Nesse documentário Heitzman conta a história de uma reaproximação: com seu pai, com um país que desapareceu, e com os caminhos excepcionais de seus pais.
19h30 : Com o meu coração em Yambo (Con mi corazón en Yambo)
de María Fernanda Restrepo (Equador, 2011. 135’)
SEXTA | 22 DE NOVEMBRO
15h00 : País de Outubro (October Country)
de Michael Palmieri e Donal Mosher (EUA, 2009. 80’)
Uma família americana lutando para conseguir estabilidade, em meio aos fantasmas da guerra, de uma gravidez na adolescência, assistência social e abuso infantil. Graças à colaboração entre o cineasta e um membro da família, o documentário examina as forças que inquietam os trabalhadores pobres e a violência que se esconde sob a superfície de tranquilidade da vida americana. Toda família tem seus fantasmas, mas a família Mosher tem mais do que qualquer outra.
16h30: Papirosen (Papirosen)
de Gastón Solnicki (Argentina, 2011. 74’)
Um retrato de família ao mesmo tempo épico e intimista construído com a organização de cerca de 200 horas de filmagens feitas ao longo de mais de uma década. Quatro gerações filmadas em feriados, reuniões de família e em pequenos momentos do dia a dia. Escavando os arquivos familiares e incorporando as experiências de sua avó Pola, sobrevivente do Holocausto, Solnicki produz uma afetiva meditação sobre o significado da família e o peso da história.
18h00 : Histórias que contamos (Stories We Tell)
de Sarah Polley (Canadá, 2012. 108’)
Nesse documentário Sarah é tanto cineasta quanto detetive enquanto investiga os segredos de uma família de contadores de histórias. Descontraidamente ela entrevistas e interroga um grupo de personagens de variável confiabilidade, obtendo respostas simpáticas, sinceras, mas sobretudo contraditórias para as mesmas questões. Como cada um relata sua versão da mitologia da família, as lembranças surgem tingidas de nostalgia, saudades da sua mãe que partiu cedo demais, deixando um rastro de perguntas sem resposta.
20h00 : O diabo nunca dorme (El diablo nunca duerme)
de Lourdes Portillo (EUA, México, 1994. 82’)
No início de uma manhã de domingo, a cineasta recebe um telefonema informando que seu tio, Oscar Ruiz Almeida, foi encontrado morto com um tiro na cabeça em Chihuahua, México. A viúva diz que ele se suicidou. A maior parte de sua família, no entanto, acredita que ele foi assassinado e aponta para um número de suspeitos, entre eles a própria viúva. Portillo retorna à terra natal para levantar a história de seu tio e investigar as circunstâncias de sua morte. Velhas histórias de traição, paixão, luxúria surgem enquanto seguimos a cineasta mergulhando na vida da família.
SÁBADO | 23 DE NOVEMBRO
15h00 : País de Outubro (October Country)
de Michael Palmieri e Donal Mosher (EUA, 2009. 80’)
Uma família americana lutando para conseguir estabilidade, em meio aos fantasmas da guerra, de uma gravidez na adolescência, assistência social e abuso infantil. Graças à colaboração entre o cineasta e um membro da família, o documentário examina as forças que inquietam os trabalhadores pobres e a violência que se esconde sob a superfície de tranquilidade da vida americana. Toda família tem seus fantasmas, mas a família Mosher tem mais do que qualquer outra.
17h00 : Intimidades de Shakespeare e Victor Hugo (Intimidades de Shakespeare y Victor Hugo)
de Yulene Olaizola (México, 2008. 83’)
Na esquina das ruas Shakespeare e Victor Hugo, na Cidade do México, encontra-se a casa de hóspedes de Rosa Carbajal, um abrigo que esconde uma história íntima e apaixonada. Vinte anos atrás, Rosa conheceu Jorge, um jovem inquilino com quem desenvolveu uma estreita amizade. Durante oito anos, ele morou na casa e conquistou a simpatia de todos, mas só depois de sua morte repentina veio à tona os traços mais escuros de sua personalidade.
18h30 : Papirosen (Papirosen)
de Gastón Solnicki
(Argentina, 2011. 74’)
Um retrato de família ao mesmo tempo épico e intimista construído com a organização de cerca de 200 horas de filmagens feitas ao longo de mais de uma década. Quatro gerações filmadas em feriados, reuniões de família e em pequenos momentos do dia a dia. Escavando os arquivos familiares e incorporando as experiências de sua avó Pola, sobrevivente do Holocausto, Solnicki produz uma afetiva meditação sobre o significado da família e o peso da história.
20h00 : Rua Birch, 51(51 Birch Street)
de Doug Block (Alemanha, EUA, 2005. 90’)
Doug tinha todos os motivos para acreditar que o casamento de 54 anos dos seus pais era feliz. Mas quando sua mãe morre inesperadamente e seu pai rapidamente se casa com a ex-secretária, ele descobre que seus pais tiveram uma vida mais problemática do que ele poderia imaginar. Nesse documentário, uma questão humana universal: quanto queremos realmente saber sobre nossos pais?
DOMINGO | 24 DE NOVEMBRO
15h00 : Intimidades de Shakespeare e Victor Hugo (Intimidades de Shakespeare y Victor Hugo)
de Yulene Olaizola (México, 2008. 83’)
17h00 : O diabo nunca dorme (El diablo nunca duerme)
de Lourdes Portillo (EUA, México, 1994. 82’)
18h30: País de Outubro (October Country)
de Michael Palmieri e Donal Mosher (EUA, 2009. 80’)
Uma família lutando para conseguir estabilidade, em meio aos fantasmas da guerra, de uma gravidez na adolescência,e de abuso infantil. Graças à colaboração entre o cineasta e um membro da família, o documentário examina as forças que inquietam os trabalhadores pobres e a violência sob a superfície de tranquilidade da vida americana. Toda família tem seus fantasmas, mas a família Mosher tem mais do que qualquer outra.
20h00: Histórias que contamos (Stories We Tell)
de Sarah Polley (Canadá, 2012. 108’)
Sarah é tanto cineasta quanto detetive enquanto investiga os segredos de uma família de contadores de histórias. Descontraidamente ela entrevistas e interroga um grupo de personagens de variável confiabilidade, obtendo respostas simpáticas, sinceras, mas sobretudo contraditórias para as mesmas questões. Como cada um relata sua versão da mitologia da família, as lembranças surgem tingidas de nostalgia, saudades da sua mãe que partiu cedo demais, deixando um rastro de perguntas sem resposta.
TERÇA | 26 DE NOVEMBRO
16h30 : Pulsações
de Manoela Ziggiatti (Brasil, 2011. 73’)
A realizadora sai a procura do que inspira e motiva nossas vidas. Em encontros com sua família e amigos, constrói uma delicada narrativa sobre o sentido de estar vivo.
Luna e Cinara
de Clara Linhard (Brasil, 2012. 14’)
A relação de poder e afeto entre Luna, a avó da realizadora e a empregada, Cinara. Clara se pergunta se é possível uma amizade entre aquelas duas mulheres.
18h00 : 33
de Kiko Goifman (Brasil, 2012. 74’)
20h00 : Os dias com ele
de Maria Clara Escobar (Brasil, 2013. 105’)
Uma jovem cineasta mergulha no passado quase desconhecido de seu pai. As descobertas e frustrações de acessar a memória de um homem e de uma parte da história que são raramente expostos. Ele, um intelectual brasileiro, preso e torturado durante a ditadura militar não fala sobre isso desde aquele tempo. Ela, uma filha em busca de sua identidade.
QUARTA | 27 DE NOVEMBRO
16h00 : Avôs (Abuelos)
de Carla Valencia Dávila
(Equador, Chile, 2010. 93’)
Uma jornada pessoal em busca dos avôs. Duas histórias, uma próxima a outra enterrada. Remo, o avô paterno, desaparecido na ditadura de Pinochet, e Juan, o avô materno, médico autodidata que dedicou sua vida à pesquisa. A paisagem árida do deserto chileno dialoga com os rios e o verde dos Andes.
18h00 : Porto da memória (Port of Memory)
de Kamal Aljafari (Alemanha, França, EUA, 2009. 63’)
A observação é de Maria Campaña Ramia: “Embora possam ser encontradas em todo o mundo famílias em que o pessoal e o político não podem ser separados, em que a militância se transmite de geração em geração, existe hoje um lugar no mundo em que o político vai além de uma atitude ou de uma escolha individual. Na Palestina o político se impõe. Tornou-se impossível ali ser uma pessoa apolítica. E assim, com estilos muito diferentes entre si, tanto Porto da memória quanto 5 câmeras quebradas (filmes feitos na fronteira, entre Palestina e Israel, entre o documentário e a ficção) propõem uma reflexão sobre a construção de uma memória familiar e sobre a perda de raízes num território constantemente em perigo”.
20h00 : Elena
de Petra Costa (Brasil, 2012. 80’)
QUINTA | 28 DE NOVEMBRO
14h30 : A música do pai (Nach der Musik)
de Igor Heitzmann (Alemanha, 2007. 105’)
16h30 : Diário de uma busca
de Flavia Castro (Brasil, 2010. 104’)
18h30 : Construção
de Carolina Sá (Brasil, 2011. 71’)
A observação é de Yvonne Maggie: “A história começa com uma menininha, Branca, que está em Cuba para conhecer a família de seu pai, músico cubano. Bastava ter descrito esse encontro de Branca com seu meio-irmão cubano, sua avó cubana, os amigos de seu pai cubano e o cotidiano em Havana, e já teria feito um lindo filme. Mas Carolina foi além: falou também de seu pai, Marcos Vasconcelos arquiteto, poeta, contista e compositor. Carolina transforma sua história pessoal em tema universal”.
20h00 : Os dias com ele
de Maria Clara Escobar (Brasil, 2013. 105’)
SERVIÇO:
[Mostra Retratos de Família]
De 15 a 28 de novembro | Terça a quinta: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia).
Passaporte com validade para 10 sessões da mostra pode ser adquirido na recepção no valor de R$ 40,00.
Instituto Moreira Salles
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
CEP: 22451-040. Rio de Janeiro - RJ
Tel.: (21) 3284-7400; Fax: (21) 2239-5559
De terça a domingo e feriados, das 11h às 20h.
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