sábado, 26 de dezembro de 2015

MUSEU DE ARTE MODERNA DO RIO DE JANEIRO APRESENTA A EXPOSIÇÃO “A IMPORTÂNCIA DE SER...”, COM OBRAS DE 40 RENOMADOS ARTISTAS DA BÉLGICA

Com curadoria de Sara Alonso Gómez e coordenação de Bruno Devos, mostra traça um vasto panorama da arte contemporânea do país e encerra a programação do “Belgarioca”, festival que aproxima a Bélgica do Rio de Janeiro



Uma casa de três metros de altura pendurada de cabeça para baixo. Uma instalação com centenas de tijolos suspensos. Uma escada que convida o visitante a dar uma espiada por cima de uma nuvem de fumaça. Com impactantes obras de arte produzidas por 40 artistas belgas, a exposição A Importância de Ser...|The Importance of Being... promete surpreender os cariocas com uma cuidadosa seleção da arte contemporânea produzida na Bélgica nas últimas décadas.

Depois de ser vista no Museu Nacional de Belas Artes de Havana, em Cuba, e no Museu de Arte Contemporânea de Buenos Aires, na Argentina, a mostra, cujo título faz alusão à famosa peça de Oscar Wilde, A Importância de Ser Prudente, chega ao MAM-Rio para uma temporada de dois meses, de 16 de dezembro a 14 de fevereiro. Em seguida, será apresentada em São Paulo, no MAC-USP, de 11 de abril a 29 de novembro de 2016.

Mais que uma experiência visual, a exposição, que tem curadoria da cubana Sara Alonso Gómez, coordenação de Bruno Devos e produção da R&L Produtores Associados, traz 40 obras que vão mexer com todos os sentidos do público. Temas como poder, memória, conflitos, fronteiras e relações humanas são retratados num repertório variado, que inclui instalações, pinturas, objetos, gravuras, vídeos e fotografias. “A exposição The Importance of being... é o último evento do festival belga no Rio, o Belgarioca 2015, que homenageia as artes, não só através da música, mas também apresentando as artes plásticas e visuais do nosso país”, comemora o Cônsul da Bélgica, Bernard Quintin.

“A Bélgica é um pequeno país da Europa, mas com uma cultura muito rica e cena ativa na arte contemporânea. Foi uma escolha difícil chegar aos 40 nomes aqui reunidos. Passei quase um ano visitando estúdios, entrevistando cada artista para entender o seu pensamento e construir a narrativa da mostra. Essa exposição é uma experiência que pode ser vivenciada em diferentes formatos, com uma viagem a um local desconhecido, onde o próprio público vai eleger seus destaques”, explica a curadora.

Os destaques realmente são muitos. Em Smoke Cloud, Peter de Cupere criou uma nuvem em técnica mista, por meio da qual o espectador é instigado a sentir um forte odor de poluição. Conhecido por produzir instalações olfativas, Peter provoca uma reação que transcende o simples ato de ver ou de cheirar. Participante da Bienal da Veneza (2005 e 2009),Pascale Marthine Tayou apresentará The Falling House, uma enorme casa que estará, literalmente, invertida. A instalação, que pesa 250 quilos, chama atenção para as diferenças globais, retrata a imagem do pobre que vira rico e de crianças africanas que parecem vestidas com trajes da cultura ocidental.

A exposição reúne outras produções surpreendentes. O badalado artista belga Francis Alys apresenta o resultado de sua pesquisa sobre lapsos de tempo na vídeo-instalação Politics of Rehearsal, com direito a sofás e um monitor monocanal. Censurada na Bienal de Veneza de 2009, a obra do caricaturista Jacques Charlier, 100 Sexes d'Artistes, com desenhos de 100 órgãos sexuaispoderá ser vista pela primeira vez pelo público.

Fotografias documentais registradas no Congo, por Carl de Keyzer; instalação com urnas de votação de seis países, criada por Guillaume Bijl; e esculturas de cristal desenvolvidas por Lieve Van Stappen integram a exposição, que é o resultado de um esforço conjunto da Embaixada da Bélgica, em parceria com diversas instituições de apoio, entre elas o Grupo Multiterminais.

“A arte do país é aqui submetida a interpretações, hipóteses, descrições e conotações, que, apesar de situadas entre o mito e a realidade, também delineiam uma identidade própria. O objetivo extrapola a noção de nacionalidade belga”, comenta o coordenador e idealizador do projeto, Bruno Devos.

Festival Belgarioca 2015
O festival belga no Rio, promovido e organizado pelo Consulado Geral da Bélgica, tem o objetivo de difundir entre os cariocas a cultura belga através de diversas apresentações de música, arte, gastronomia e projetos sociais – temas que fazem parte do DNA belga.

E para encerrar o festival, o Consulado belga no Rio de Janeiro promove a exposição de arte contemporânea “The Importance of Being...”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.  “Esta exposição resume a nossa visão aberta da sociedade: artistas belgas, nascidos na Bélgica, ou estrangeiros, que trabalham principalmente na Bélgica", conta o Cônsul da Bélgica Bernard Quintin. E reitera: “a Bélgica é uma maneira de ser e de viver e isto nos foi muito bem demonstrado pelos artistas participantes do festival. "

ARTISTAS PARTICIPANTES: Marcel Broodthaers; Chantal Akerman; Francis Alÿs; Charif Benhelima; Guillaume Bijl; Michaël Borremans; Dirk Braeckman; Jacques Charlier; David Claerbout; Leo Copers; Patrick Corillon; Cel Crabeels; Berlinde De Bruyckere; Jan De Cock; Peter de Cupere; Carl De Keyzer; Raoul De Keyser; Edith Dekyndt; Wim Delvoye; Fred Eerdekens; Jan Fabre; Michel François; Kendell Geers; Johan Grimonprez; Ann Veronica Janssens; Marie-Jo Lafontaine; Jacques Lizène; Kris Martin; Hans Op de Beeck; Walter Swennen; PascaleMarthineTayou; Ana Torfs; JoëlleTuerlinckx; Philippe Vandenberg; Koen van denBroek; Anne-Mie Van Kerckhoven; Koen Vanmechelen; Lieve Van Stappen; Bruno Vekemans; Angel Vergara Santiago.

SERVIÇO
Título: A Importância de Ser...|The Importance of Being...
Abertura para convidados: 16 de dezembro, às 18h.
Período da exposição: 16 de dezembro a 14 de fevereiro de 2016
Curadoria: Sara Alonso Gómez
Idealização e coordenação: Bruno Devos
Produção: R&L Produtores Associados
Período: de 17 de Dezembro a 14 de Fevereiro.
Local: Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Endereço: Av. Infante Dom Henrique, 85
Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ 20021-140
Telefone: (21) 3883.5600
Funcionamento: ter. – sex. 12h – 18h; a bilheteria fecha 17h30
Sáb. – dom. – feriados 11h – 18h; a bilheteria fecha 17h30
O salão de exposições não abre em: 01 jan., 19 jan., 14-18 fev., 03 abr., 24 e 25 dez., 31 dez. 2015 e 01 jan. 2016.
Tarifa: R$ 14. Ingresso família aos domingos para até cinco pessoas.
Maiores de 60 anos e estudantes: R$ 7
Cinemateca: R$ 8
Gratuidades: Amigos do MAM, crianças até 12 anos e funcionários dos mantenedores e parceiros e nas quartas após 15h mediante apresentação de senha, cuja distribuição ocorre no mesmo dia (a partir de 15h). Estão disponíveis 2000 senhas para cada quarta-feira.




CAIXA CULTURAL RIO DE JANEIRO ABRE TEMPORADA 2016 COM CINEMA, TEATRO, POESIA, SOUL MUSIC E EXPOSIÇÕES


Espaço fecha por duas semanas no fim do ano e reabre em janeiro com mostra de Leminski e projetos com a participação de Gregório Duvivier e Negra Li
                                                     
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro informa que estará fechada ao público no período de 21 de dezembro (segunda-feira) de 2015 a 4 de janeiro de 2016 (segunda-feira). No dia 5 de janeiro (terça-feira), o espaço retoma suas  atividades, com a exposição Aparição, que permanece em cartaz até 10 de janeiro (domingo).

Na primeira semana de funcionamento em 2016, a CAIXA Cultural Rio de Janeiro traz três novos projetos para a programação: na quarta-feira (6), começa a mostra de cinema do premiado diretor sérvio Emir Kusturica; na sexta-feira (8),  estreia o espetáculo infantil gratuito Victor James – O menino que virou robô de videogame; e no sábado (9), a exibição de três filmes e o pocket show Leminskações, com Estrela Leminski e Téo Ruiz, abrem a exposição Múltiplo Leminski, com mais de mil objetos objetos do acervo do poeta curitibano.

Ainda em janeiro, o espaço promove o ciclo de debates A Poesia Hoje: reflexões e considerações sobre a contemporaneidade, nos dias 13, 14 e 15, com a participação de Gregório Duvivier, Domingos Guimaraens, Paulo Henrique Britto, Bruna Beber e outros; e o projeto Somos Soul, com shows de Negra Li, Simoninha e Lady Zu e Gerson King Combo, de 21 a 23.

Segue a programação completa da CAIXA Cultural Rio de Janeiro para o mês de janeiro de 2016.

EXPOSIÇÕES

Múltiplo Leminski
Data: 10 de janeiro a 6 de março de 2016
Horário: 10 às 21h ( terça-feira a domingo)
Local: Galeria 4
Entrada Franca
Classificação Indicativa: Livre

A mostra Múltiplo Leminski desembarca na CAIXA Cultural Rio de Janeiro trazendo um vasto acervo do poeta Paulo Leminski (1944 – 1989). A curadoria é assinada por Alice Ruiz e as filhas do poeta, Aurea e Estrela Leminski. A exposição é a maior já realizada sobre a obra e vida do escritor e poeta curitibano. São mais de mil objetos originais entre fotos, livros, pinturas, poesias, vídeos e filmes. Além da mostra oficial, a exposição traz uma série de eventos paralelos. No dia 10 de janeiro (domingo), as três curadoras fazem visita guiada a partir das 11h.  Dia 12 de janeiro (terça-feira), às 19h, o professor, pesquisador, compositor e letrista Fred Goés apresenta a palestra: Paulo Leminski, o Polígrafo. Para participar da palestra é necessário fazer inscrição através do email: inscricao@whoisproducoes.com.br. Na programação, haverá mostra gratuita de vídeos, com entrada franca, nos dias 9 e 10 de janeiro (sábado e domingo), no Cinema 1. Para participar da mostra é necessário retirar o ingresso na bilheteria do cinema no dia da exibição (sujeito a lotação da seção). O lançamento oficial do catálogo da mostra será no dia 23 de janeiro (sábado), às 16h, e contará com a presença de Aurea Leminski. Outras informações: http://www.multiploleminski.com.br/

Aparição
Data: até 10 de janeiro de 2016
Horário: 10 às 21h ( terça-feira a domingo)
Local: Galeria 3
Entrada Franca
Classificação Indicativa: Livre

A exposição Aparição reúne obras de 17 artistas de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais: Adriano Amaral, Ana Paula Oliveira, André Griffo, André Terayama, Bruno Baptistelli, Daniel de Paula, Débora Bolsoni, Felipe Cohen, Flora Leite, Floriano Romano, Frederico Filippi, Gabriela Mureb, João Loureiro, Jorge Soledar, Matheus Rocha Pitta, Raquel Versieux e Wagner Malta Tavares. Sob a curadoria de Fernanda Lopes, a mostra apresenta algumas possibilidades para se (re)pensar a definição e a prática da escultura, oferecendo um panorama recente da arte brasileira com trabalhos nos suportes performance, objeto, vídeo, fotografia, arte sonora, instalação e intervenção. Artistas de diferentes gerações dialogam de maneira variada com a questão tridimensional. Alguns utilizam materiais e fazem uso de processos convencionais como entalhar, fundir e modelar. Outros abrem mão da estrutura estática e apresentam a escultura contemporânea por meio de fotografia, vídeo e performance.

CINEMA

Kusturica
Data: 6 a 17 de janeiro de 2016 (quarta-feira a domingo)
Horário: Consultar programação
Local: Cinema 1
Ingressos: R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Classificação Indicativa: 16 anos

A mostra Kusturica vai exibir, pela primeira vez no Brasil, vários filmes do premiado diretor sérvio Emir Kusturica. Sua obra é diversificada e dotada de personalidade, e contém filmes que são ao mesmo tempo descontraídos e polêmicos. Como grande cronista da Iugoslávia ao longo dos anos 70 e 80, é marcante em seu trabalho o desejo de desvendar os pequenos dramas das camadas mais baixas da sociedade. Serão exibidos 13 filmes, 10 deles dirigidos pelo homenageado. No dia 14 de janeiro (quinta-feira), às 18h30, haverá debate com o tema O Cinema de Emir Kusturica.

TEATRO INFANTIL

Victor James – O menino que virou robô de videogame
Data: 8 a 17 de janeiro de 2016 (sexta-feira a domingo) 
Horário: sextas-feiras, às 15h; sábados e domingos, às 17h
Local:  Teatro de Arena
Entrada Franca – os ingressos serão distribuídos uma hora antes do espetáculo.
Classificação Indicativa: Livre

Victor James – O menino que virou robô de videogame é uma verdadeira viagem teatral ao universo dos jogos eletrônicos, com humor e mímica para diversão de adultos e crianças, encenado pelo grupo carioca ETC E TAL. A peça é uma divertida mistura de linguagens teatrais, adaptada a partir do livro homônimo do músico, compositor e escritor Paulinho Tapajós. A história é baseada na vida de um garoto que passa seus dias em frente a um jogo de videogame, até que finalmente Victor se transforma em um dos seus bonecos-robôs, vivendo experiências nada agradáveis dentro da prisão que é uma tela de computador. O menino começa a sentir na própria pele o que seus bonecos virtuais sentem e começa finalmente a descobrir limites. Após as apresentações dos dias 8 e 15 de janeiro (sexta-feira), às 18h, haverá um bate-papo com os atores do ETC E TAL.

MÚSICA

Somos Soul
Data: 21 a 23 de janeiro de 2016 (sexta-feira a domingo)
Horário: 19h
Local: Teatro de Arena
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes Caixa pagam meia.
Classificação Indicativa: 14 anos

Evento em homenagem a Soul Music Brasileira, com a participação de quatro artistas de expressividade nacional e grande representatividade no movimento da música soul. São eles: Lady Zu e Gerson King Combo (21/01), Negra Li (22/01) e Simoninha (23/01),. A influência da Soul Music se estende até os dias atuais. Muitos artistas brasileiros foram influenciados por nomes da Soul Music internacional e brasileira também. A soul music foi responsável por toda uma mudança no cenário da música negra americana, e terminou por influenciar fortemente o cenário musical brasileiro.

SEMINÁRIO

A Poesia Hoje: reflexões e considerações sobre a contemporaneidade
Data: 13 a 15 de janeiro (quarta a sexta-feira)
Horário: 19h
Local:  Cinema 2
Entrada franca: distribuição de senha uma hora antes do evento
Classificação Indicativa: Livre

Evento reunirá autores, professores e críticos para debate sobre as mudanças do cenário literário ocorridas ao longo dos últimos 15 anos na poesia contemporânea. Sob curadoria do poeta Caio Carmacho, o evento refletirá sobre o papel da acessibilidade, conectividade e novas mídias na literatura brasileira. Segue programação:

13 de janeiro (quarta-feira) – O amor e o humor na poesia contemporânea, com Gregório Duvivier, artista, escritor e colunista, e Domingos Guimaraens, poeta, artista visual e doutor em Literatura;

14 de janeiro (quinta-feira) – Viver de Poesia, com Paulo Henriques Britto, poeta, contista e professor de Estudos de Tradução da PUC-Rio, e Lucas Viriato, editor, produtor, curador e mestre em Literatura Brasileira;

15 de janeiro (sexta-feira) – Geografia do Poema ou A arte imita a vida, com Bruna Beber, poeta, curadora e escritora, e Alberto Pucheu, poeta, ensaísta e professor de Teoria Literária da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ENTREVISTA COM LUCIA MURAT, DIRETORA DO FILME "EM TRÊS ATOS" - ESTREIA 10 DE DEZEMBRO

foto: divulgação

A partir de textos e entrevistas de Simone de Beauvoir, a diretora Lucia Murat investiga a velhice em seu novo filme: “Em três atos”. Com estreia marcada para o dia 10 de Dezembro, o ensaio audiovisual entre a ficção e o documentário traz Nathalia Timberg, Andréa Beltrão e as bailarinas Angel Vianna e Maria Alice Poppe.

A temática do filme é baseada na literatura de Simone de Beauvoir,  vocês tiveram alguma dificuldade no momento de roteirizar o filme?  Quanto tempo de pesquisa para chegar no projeto final?

Foram três anos de pesquisa até chegar no roteiro final. Primeiro, tinha uma idéia de usar a dança, através do espetáculo com Angel  Vianna ( 85 anos) e Maria Alice Poppe (no auge do vigor), contrapondo os dois corpos das bailarinas, e utilizar os textos de Simone de Beauvoir sobre a velhice. Durante a pesquisa, conheci o livro “Une mort três douce”, que nunca tinha sido publicado no Brasil, e ao lê-lo descobri um texto poético muito bonito e que poderia ter esse contraponto também nos textos. E ai surgiu a idéia de termos a intelectual hoje, aos 85 anos, refletindo  sobre a velhice e morte, e a mesma intelectual, aos 45, sentindo a morte da mãe. Então, resolvemos, através da nossa co-produtora francesa, Milena Poylo, pedir à Editora Gallimard o direito dos dois livros. O roteiro teve então de ser submetido à editora e à herdeira de Simone de Beauvoir para ser aprovado.

2. Você utiliza de expressões artísticas diferentes: a dança e a atuação.  Existe algumas diferença na direção do trabalho corporal?

Sim. Primeiro, é preciso destacar que partimos de uma coreografia feita pelo João Saldanha, que nos acompanhou durante a filmagem e que aceitou o fato de fazermos  uma desconstrução do espetáculo original para ser adaptado  ao cinema e particularmente ao nosso roteiro. Me ajuda muito também nesse trabalho o fato de ter sido bailarina quando jovem. Quanto à dramaturgia, era também  um trabalho muito diferente do que fazemos numa narrativa tradicional, pois se tratava de interpretar textos literários . E para isso contei muito com o apoio das atrizes.

3. O filme mistura literatura, ficção e documentário abordando um assunto questionado nos dias atuais. Você fala da velhice de forma muito natural e poética. Qual é a importância da velhice para você? Na sua opinião, existe diferença no envelhecimento entre homens e mulheres? 

Na verdade, a ideia do filme partiu da minha sensação de viver o envelhecimento. E o interessante nesse processo é que num primeiro momento tinha pensado em fazer uma coisa mais raivosa mostrando como a sociedade isola os velhos. Mas o contato com o textos da Simone e com o espetáculo de dança levou a um resultado poético, onde sem deixar de mostrar esse isolamento, mostra também a importância de se continuar produzindo,como a própria Simone de Beauvoir fez, e como Angel e Nathalia fazem.


sábado, 5 de dezembro de 2015

MOSTRA SAMBA PEDE PASSAGEM - ENTREVISTA COM GABRIEL MEYOHAS POR JULIANA MENESES

Em comemoração ao Dia do Samba, a Caixa Cultural do Rio de Janeiro está realizando a Mostra de Cinema "O Samba Pede Passagem", que traz clássicos sobre um dos ritmos musicais mais importantes do país. Confira a entrevista com Gabriel Meyohas, um dos curadores da mostra para o blog Rota Cult.


  • Qual é a  sua relação com a temática da Mostra?

Fui criado no subúrbio do Rio de Janeiro, numa família que durante anos costurou fantasias para a escola Estácio de Sá. O espaçoso quintal da minha bisavó, no Cachambi, sempre recebeu ilustres convidados para rodas de samba realizadas embaixo de uma enorme mangueira que resiste até hoje. Foi ali, crescendo entre o pandeiro e os paetês que eu adquiri uma verdadeira paixão pelo samba. Mais tarde, aprendi cavaquinho e percussão e, em simultâneo, me formei em cinema. Na faculdade, conheci o Thiago Ortman, que é o outro curador dessa mostra. A partir da união entre música e cinema surgiu essa ideia.

  • Quanto tempo de pesquisa foi necessário para a realização da mostra?

Desde que recebemos a notícia de ter passado no edital, até hoje, foi algo em torno de um ano de conversas, de estruturar ideias de abordagem e de correr atrás de filmes que valessem fazer parte do recorte.

  • Após tantos longas e curtas sobre o samba e seus mestres, há alguma vertente que, de seu ponto de vista ainda precisa ser abordada pelo cinema e qual?

Falar sobre samba, no cinema ou fora dele, pra mim não é algo que se esgota. Falar sobre samba, seja em meio de resgate, pesquisa, perfis, é sempre construtivo. Samba é, acima de tudo, uma força afro-brasileira de importância seminal. Não só musical, mas que atua em diversas áreas do meio social, antropológico. Muda realidades, discute preconceitos. Esse tipo de movimento tão relevante precisa sempre estar em voga. 
  •  Qual o papel do samba na sociedade contemporânea, não apenas como estilo musical mas também como agente modificador?
Continuando o que falei acima, o samba nasce da mistura entre o batuque religioso africano e os instrumentos europeus góticos. Depois, sofre apropriações diversas que através do tempo construíram uma rede fecunda de possibilidades. Porém, ele é, e nunca deixará de ser, uma expressão negra, que nasceu marginal e que só agora “adentra os salões”. É preciso dar a ele esse caráter de importância. Samba é música que narra espaços, tem força política, expõe mazelas, mas também é uma ferramenta de aceitação social. Ele é democrático, revolucionário, engloba.

  • O que faz com que as composições tenham uma identificação profunda com quem as escuta?

O samba é herdeiro direto da tradição oral africana, dos cantos transcendentais. Do lamento que uniu África e Brasil, de uma força de revolta pelo sofrimento da escravidão. É uma forma de narrativa atemporal. Conta histórias, amores, desilusões, alegria e sofrimento. Isso une seres humanos, independente das referências culturais e sociais.

  • Qual a maior relevância do samba na influência direta das características culturais daqueles que escutam e como vem sendo as modificações com o passar do tempo?
Compreender o espaço do outro, construir uma relação com o passado, com a história da diáspora do povo negro, entender a importância da cultura africana como peça fundamental na construção do Brasil. Saber que de gênero perseguido ele se tornou vitrine mundial do país. O samba estabelece vínculos sociais importantíssimos. Quebra barreira entre classes.   

  • O samba de raiz sempre presente na cultura brasileira, retrata muito a vida do trabalhador e deu origens a composições que são obras primas da música nacional, qual o papel do cinema para que o samba esteja presente nas gerações futuras?
O cinema tem importância absoluta na perpetuação da ciência de qual foi, de qual é e de qual será a relevância do samba para o Brasil. Através de diferentes movimentos e diferentes olhares dedicados ao samba, construiu um mosaico muito didático com relação ao caráter social do mesmo. Como o ritmo tão africano e tão brasileiro atravessou a história do país e como nós enxergamos e fizemos parte desse movimento.


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

RENATA TASSINARO CELEBRA TRÊS DÉCADAS DE CARREIRA NO PAÇO IMPERIAL


Com curadoria de Vanda Klabin, artista paulistana apresenta obras de grande porte e desenhos inéditos, a partir de 17 de dezembro

O ano de 2015 tem um significado todo especial para a paulistana Renata Tassinari. A artista, que comemora três décadas de sua primeira exposição – uma coletiva no Museu de Arte Moderna de São Paulo –, acaba de ganhar uma retrospectiva no Instituto Tomie Othake e, no dia 17 de dezembro, apresentará uma grande individual no Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Com curadoria de Vanda Klabin, a mostra faz um recorte dos últimos dez anos de carreira da artista. São 16 trabalhos que ocuparão duas salas do Paço, entre pinturas sobre superfícies acrílicas e cinco desenhos inéditos a óleo sobre papel japonês, produzidos nos últimos dois anos. “A exposição no Rio ganha um frescor especial. Como se trata de um museu, apresento obras em grande formato, entre elas a instalação Lanternas, que tem três metros”, diz Renata.

Com uma trajetória sólida, Renata Tassinari destacou-se no cenário nacional como uma colorista rara de se ver na arte plástica contemporânea. A cor é a matéria-prima na obra da artista, marcada pela busca da harmonia, num jogo de opacidade e transparência. O interesse pelos contrastes cromáticos existe desde o início de sua produção, que com o tempo incorporou a geometria, mais precisamente os quadrados e retângulos, como importantes elementos compositivos.


Nos últimos anos a pintura de Renata Tassinari se transformou em um campo fértil de pesquisas e inovações. O quadro deixou de ser um elemento neutro, passando a fazer parte da estrutura da obra. A nítida presença da tinta, do acrílico e a opacidade discreta da madeira estão juntas lado a lado. Na transparência do acrílico protetor passa a haver pintura e, inversamente, onde a folha de papel se deixa ver, apenas o branco se transforma em cor.

Para a curadora Vanda Klabin, a artista desafia e transforma os limites do plano pictórico pela apropriação e deslocamentos de materiais industriais na superfície da tela. “A estrutura do seu trabalho se processa através de uma pluralidade de experimentações e reafirma uma atualidade ímpar no contexto da arte contemporânea brasileira”, resume.

Sobre a artista – Renata Tassinari é formada em Artes Plásticas pela Faap São Paulo, em 1980. Estudou desenho e pintura no ateliê dos artistas Carlos Alberto Fajardo e Dudi Maia Rosa. Já expôs em importantes instituições brasileiras, como o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e o Museu de Arte Moderna de São Paulo. Destaque para a recente retrospectiva sobre a carreira da artista, realizada este ano, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. 
Mais informações: www.renatatassinari.com.br

SERVIÇO
Exposição Renata Tassinari
Abertura: 17 de dezembro, a partir das 19h
Visitação: 18 de dezembro a 28 de fevereiro de 2016
Curadoria: Vanda Klabin
Paço Imperial - Praça 15, 48, Centro (2215-2093/5231)
Horário de visitação: de 3ª a domingo, das 12h às 19h
Entrada gratuita.
Faixa etária: Livre



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

IMS - RJ - Hora de Clarice celebra o nascimento da autora com peça inédita no Rio de Janeiro estrelada por Rita Elmôr


Clarice Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920, e há cinco anos o Instituto Moreira Salles celebra a data com o evento Hora de Clarice. A cada ano, uma programação especial dedicada à escritora é promovida nos centros cultuais do IMS. Este ano, no IMS-RJ, será apresentada a peça Clarice e eu. O mundo não é chato, uma adaptação para o teatro de textos da autora feita pela atriz Rita Elmôr. Antes, será exibido o filme O ovo, Clarice e a galinha, com direção de Eucanaã Ferraz e Laura Liuzzi, que tem duração de 15 minutos. Nesse mesmo dia, às 12h30 e às 15h, haverá uma ação educativa com leitura de crônicas e produção de textos, baseada em manuscritos de Clarice Lispector, voltada para jovens e adultos.

peça Clarice e eu. O mundo não é chato propõe um passeio pela obra da escritora, desde crônicas, contos e cartas a trechos de romances. O recorte mostra uma faceta bem-humorada de Clarice, ao revelar o comportamento humano diante de situações constrangedoras e engraçadas – embora a escritora não abandone a visão crítica sobre dramas sociais de sua época e dramas contemporâneos. 

Segundo Rita, “o desafio dessa adaptação foi o de criar uma comunicação simples, direta, sem empobrecer o texto, mas unicamente com o objetivo de tornar o espetáculo atraente tanto para os que conhecem Clarice quanto para aqueles que nunca leram um livro inteiro na vida”. Entremeado com alguns textos da própria atriz, o espetáculo ganha leveza, e a mistura das experiências deixa o espectador atento ao olhar clariciano, sempre generoso e agudo. Rita ganhou o prêmio Shell de melhor atriz ao interpretar a escritora no monólogoQue mistérios têm Clarice, em 1998.

Outro destaque é a apresentação do filme O ovo, Clarice e a galinha, com direção dos poetas Eucanaã Ferraz e Laura Liuzzi. O filme apresenta trechos do conto “O ovo e a galinha” lidos por diversas pessoas, entre escritores, atores e funcionários do IMS, além de trazer ainda documentos inéditos e uma entrevista com Roberto Corrêa dos Santos, professor de literatura da Uerj, artista visual e autor de ensaios sobre literatura, arte e estética.

O conto “O ovo e a galinha”, originalmente publicado em A legião estrangeira (1964), foi lido em um congresso de bruxaria nos anos 1970, na Colômbia.

O Educativo do IMS-RJ oferece a atividade Anotações imediatas, destinada a jovens e adultos. A ação propõe um contato sutil com a obra de Clarice Lispector a partir da leitura de crônicas e produção de textos. No IMS-Poços de Caldas, acontece a atividade Soltando os bichos no jardim, com base no conto “Novembro: como apareceram os bichos”Voltada para o público infantil, a ação se propõe a produzir máscaras de bichos e fazer uma expedição pelos jardins do centro cultural.

Toda a programação do evento Hora de Clarice é gratuita.
  
Hora de Clarice

Em 2012, O IMS criou o site www.claricelispectorims.com.br. O objetivo foi proporcionar um ambiente de pesquisa mais completo e rigoroso para o mapeamento de informações sobre a escritora, que serve não apenas para estudantes do nível médio, mas também para graduados, pós-graduados e admiradores da obra de Clarice. “Há, sobre a escritora, muitas informações dispersas, por exemplo, quanto às bibliografias, às traduções. No site, conseguimos reunir praticamente tudo”, explica o organizador Eucanaã Ferraz.

Na página, pode ser encontrada, por exemplo, uma listagem bibliográfica com todos os livros sobre Clarice publicados até 2012. Cada obra da autora é comentada por um especialista convidado, como Martha Alkimin e Rosa Gens, professoras da UFRJ, e Clarisse Fukelman, da PUC-Rio. O site apresenta também comparações de traduções em diferentes línguas de um mesmo trecho de um determinado livro, além de publicar uma cronologia ilustrada de vida e obra de Clarice feita por Nádia Battella Gotlib, professora de literatura brasileira e estudos comparados de literaturas de língua portuguesa da USP. Gotlib é também autora de uma apresentação em áudio com comentários de fotos de família de Clarice.
  
PROGRAMAÇÃO

IMS-RJ | 10 de dezembro, quinta-feira
12h30 e 15h Anotações imediatas: atividade educativa com leitura de crônicas e produção textual.
Jardins da casa | para jovens e adultos

20h Exibição do filme O ovo, Clarice e a galinha (15 min)
Direção de Eucanaã Ferraz e Laura Liuzzi

Apresentação da peça Clarice e eu. O mundo não é chato (60 min)
Com Rita Elmôr
Direção: Rubens Camelo

Lugares limitados. Distribuição de senhas 30 minutos antes do evento. Até duas senhas por pessoa.

IMS-Poços de Caldas | 10 de dezembro, quinta-feira
15h Soltando os bichos no jardim: atividade com leitura do conto “Novembro: como apareceram os bichos”, produção de máscaras de bichos e expedição pelos jardins do centro cultural.
Público infantil

IMS-RJ | 12 de dezembro, sábado
16h  Para não esquecer - Como guardar um momento feliz, uma ideia ou um sentimento?. Inspirada no livro homônimo de Clarice, a atividade educativa convida os participantes a criar uma imagem poética com base nas suas memórias.

Para crianças a partir de 6 anos, acompanhadas por responsáveis.

Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476
Gávea
telefone: 21 3284-7400



FIFE – Festival Internacional de Filmes de Esporte - De 10 a 16 de Dezembro

São mais de 70 filmes de 20 países, 33 modalidades esportivas nas telas, workshops e mais as homenagem a Jackie Silva, Terezinha Guilhermina, Jankel Schor

A poucos meses dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016, o Festival Internacional de Filmes de Esporte (FIFE) se reedita com duração e programação ampliadas no Rio de Janeiro e, pela primeira vez, em outras cidades do Estado. 

São mais de 70 filmes de 20 países e com foco em 33 modalidades esportivas, distribuídos por suas diversas mostras. A participação brasileira é significativa, respondendo por quase metade dos títulos, seis dos quais concorrendo aos prêmios FIFE e fazendo parte do grupo de 22 produções da Mostra Competitiva, a principal do evento.

A presença brasileira nos Jogos Olímpicos tem amplo destaque na programação do Festival, com 24 filmes na Mostra Memória do Esporte Olímpico. São celebrações de vitórias brasileiras em esportes que vão do tênis ao boxe, da natação ao judô, do hipismo ao vôlei. O programa inclui ainda pioneiros, como Reinaldo Conrad, primeiro medalhista olímpico da Vela Brasileira, e recordistas, comoAdhemar Ferreira da Silva, duas vezes ouro no salto triplo. Destaque especial também para histórias de superação, como a de Anésio Argenton, no ciclismo, a de Yane Marques, no pentatlo moderno, a de João do Pulo, no salto triplo, a de Adriana dos Santos Araújo, no boxe, e a de Terezinha Guilhermina, nos 100 e 200 m das competições paralímpicas.

Entre as 33 modalidades esportivas, produções inéditas e curiosas sobre rúgbi (Vermelho, Branco, Preto & Azul), paraquedismo (Ball's Pyramid, DNA para Voar), ciclismo (Transpatagônia), surf (Terra da Patagônia), basquete (Glance Up, Rainha Hortência & Magic Paula), capoeira (O dono da capoeira), a lendária final do campeonato Brasileiro de 1985, o reencontro do jogador Ado, do Bangu com o goleiro Rafael, do Coritiba 30 anos após a lendária final do campeonato Brasileiro de 1983 (30 Anos Depois), e outros.

Filmes de esporte do cinema mundial ganham destaque na seleção, como o clássicos dos clássicos Rocky – um Lutador, de John G. Avildsen, com Sylvester StalloneTouro Indomável, de Martin Scorsese, com Robert De NiroMoneyBall – O homem que mudou o jogo, de Bennett Miller com Brad Pitt, O Ringue, de Alfred Hithcock, A Saga do Judô, de Akira Kurosawa, Carruagens de Fogo, de Hugh Hudson entre outros. 

Além do programa de exibições, o FIFE se preocupa em criar um espaço para discussão de questões relacionadas ao cinema e ao audiovisual esportivos, promovendo encontros com profissionais do setor e o público:


Palácio Gustavo Capanema: 

Painel ICINEMA E ESPORTE NO CONTINENTE AFRICANO: SUBMISSÃO E RESISTÊNCIA, com participação de Victor Andrade de Melo – UFRJ, Marcelo Bittencourt UFF, Jom Tob Azulay – Diplomata e cineasta e Biza Vianna 

Painel II  ESPORTE, CINEMA, TV E CIDADE OLÍMPICA, com participação dos jornalistas Sydney Garambone – TV GloboAlberto Léo – TV Brasil, Luiza de Andrade Documentarista, Michele di Gioia – Diretor do Festival de Filmes de Esporte de Matera – Itália  e Marco Altberg (ABPITV)

Biblioteca Parque da Rocinha: serão realizadas oficinas abordando O Herói Esportivo, Esporte e Racismo, Esporte e Política, Esporte e Gênero.

O Grupo ECO promove no Santa Marta oficia sobre esporte, gênero, raça e superação e no dia 16, será lançado livro Rio Esportivo, de Victor Andrade de Melo, às 18h, no Cine Odeon Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro.  (programação completa de todas as atividades: www.fife.com.br)


O Festival  ainda homenageia 3 grandes personalidades do Esporte: 

A atleta paralímpica velocista brasileira, Terezinha Guilhermina – a velocista soma mais de 350 medalhas em seu currículo. Hoje, com sua vida totalmente transformada pelo esporte, tornou-se a velocista cega mais rápida do mundo, catalogada no livro dos recordes Guinness Book

O atleta honorário das embaixadinhas, Jankel Schor -  Aos 88 anos, Jankel Schor, o ‘Rei das Embaixadinhas’, faz lembrar o antigo clima amistoso que frequentava todos os clubes do Rio de Janeiro, sem distinção. Provando que futebol não tem idade, este carioca adotivo tem na bola sua inspiração. Vindo da Rússia aos cinco anos de idade com a família, se encantou pelo nosso povo, e o futebol encontrou um espaço considerável em sua vida;

A atleta olímpica brasileira do vólei de praia, Jackie Silva - Inscrita pela Unesco, em Paris, na seleta lista de atletas que inclui, entre outros, Pelé, Sergey Bubka e Michael Schumacher, Jackie Silva torna impossível fazer um histórico do vôlei de praia sem sua marcante presença. A atuação de Jacqueline na areia se confunde com a evolução da própria modalidade. A atleta vai participar de um bate papo, dia 15 de dezembro, falando de sua trajetória e lança o livro infanto juvenil, Jackie: uma campeã olímpica, de Rodrigo Lacerda e Fabiana Werneck Barcinski, com ilustrações de Guazzelli, na Biblioteca Parque de Manguinhos

Dentro do contexto de envolver o público jovem com cinema e esporte, o FIFE promove workshops e leva sua programação a diversos pontos de exibição da cidade e do interior do Estado:  

No Rio de Janeiro: Bibliotecas Parque do Estado do Rio de Janeiro Estadual, Biblioteca Parque de Manguinhos, Biblioteca Parque da Rocinha, Cine Odeon Centro Cultural Luiz Severiano Ribeiro, Centro Cultural da Justiça Federal, Palácio Gustavo Capanema, Quiosque da Globo na Praia de Copacabana, Complexo da Maré; 

No interior do Estado: Petrópolis,  Paraty, Niterói, Arraial do Cabo, Duque de Caxias, Miguel Pereira, Miracema, Macaé, Nova Friburgo, Ilha Grande, Maricá e Silva Jardim.

O FIFE cumpre, assim, seu objetivo da promoção dos esportes e de seus valores positivos através do cinema, associando o entretenimento e o envolvimento de seu público a uma ação inovadora de informação e educação.


Serviço: 
Exibição: Diversos locais no Rio de Janeiro, Petrópolis, Niterói, Nova Friburgo e outras cidades do Estado
Período: De 10 a 16 de dezembro
Entrada gratuita

Confira a programação no site: http://www.fife.com.br/