sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Instituto Moreira Salles reapresenta filmes que estavam em cartaz nos cinemas brasileiros em 1964


O Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro segue com sua programação de cinema dedicada ao ano em que se impôs a ditadura militar no Brasil exibindo filmes que estavam em cartaz na época nos cinemas brasileiros. Essa mostra faz parte da programação Em 1964 que o IMS realiza ao longo de 2014 com exposição, debates, espetáculos musicais e um website dedicado aos fatos culturais que marcaram aquele ano.

Este mês serão exibidos na sala do IMS três filmes que estavam em exibição nos cinemas do Rio em fevereiro de 1964: A noite, de Michelangelo Antonioni, O processo, de Orson Welles, e a segunda parte de Ivan o terrível, de Sergei Eisenstein.

A sessão de Ivan o terrível, parte 2 de Sergei Eisenstein no dia 1º, às 16h, será precedida de uma breve introdução ao filme feita por José Carlos Avellar, coordenador de cinema do IMS.

PROGRAMAÇÃO:

01/02
14h00 Em 1964
O processo (Le procès) de Orson Welles com Anthony Perkins, Jeanne Moreau, Romy Schneider, Akim Tamiroff, Elsa Martinelli e Orson Welles (França, EUA, 1962. 118’)

“O diretor soube captar bem e recriar o absurdo lógico de O processo” – para o crítico Hélio Pólvora“Sabendo-se que o forte em Kafka é a inventiva, e que de inventiva se nutrem os bons filmes, conclui-se que Welles não precisou afastar-se muito do plot da novela para adaptá-la ao cinema”.

16h00 Em 1964
Ivan o terrível, parte 2 (Ivan Grozniy, Skaz vtoroy: Boyarskiy zagovor) de Sergei Eisenstein (URSS, 1947. 88’)

Esta segunda parte de uma projetada trilogia esteve proibida por mais de dez anos na então União Soviética. Sua liberação ocorreu apena dez anos depois da morte do diretor. Uma espécie de ópera visual, Ivan, o terrível caracteriza-se pela musicalidade que organiza o espaço, o gesto dos personagens e o entrelaçamento dos planos – a música aqui percebida como o que é capaz de acrescentar pelo contexto emocional o que não consegue se expressar de outro modo.
[Sessão precedida de uma breve introdução de José Carlos Avellar]

17h50 Em 1964
A noite (La notte) de Michelangelo Antonioni, com Marcelo Mastroianni, Jeanne Moreau, Monica Vitti e Bernhard Wicki. (Itália, 1961. 115’ )

Antonioni fixa o desamparo do homem moderno (explosões a jato, a sequência dos foguetes) e de todo o equipamento de civilização e cultura face a problemas que há muito séculos persistem” observou Ely Azeredo em fevereiro de 1964. “Sua serenidade permite divisar – no quadro – o passageiro e o permanente”.

20h00 Em 1964
O processo (Le procès) de Orson Welles (França, EUA.1962. 118’)

Ingressos
Para todas as sessões, de terça a domingo:
R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia)

Passaporte:
Com validade para 10 sessões poderá ser utilizado, além da mostra Em 1964, na mostra Jean Rouch e nas sessões deLa Luna e de Barry Lyndon. Os passaportes podem ser adquiridos na recepção do IMS no valor de R$ 40,00. Os passaportes deverão ser trocados por ingressos na recepção até meia hora antes do início da sessão.

Ingressos disponíveis também em www.ingresso.com
Sessões para escolas e agendamento de cabines pelo telefone (21) 3284 7417

Disponibilidade de ingressos sujeita à lotação da sala.
Capacidade da sala: 113 lugares



domingo, 26 de janeiro de 2014

Pela primeira vez no Brasil, grande mostra do fotógrafo italiano Luigi Ghirri, que vem sendo redescoberto pelos museus do mundo todo


“Fotografar, para mim, é como observar o mundo num estado de adolescência, renovando cotidianamente a maravilha; é uma prática que inverte o adágio de Eclesiastes: nada de novo sob o sol. A fotografia parece nos recordar que ‘não há nada de antigo sob o sol’.” Luigi Ghirri, Paisagem italiana, 1989

 Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro abre no dia 05 de fevereiro, após temporada em São Paulo, a primeira grande retrospectiva do fotógrafo italiano Luigi Ghirri (Scandiano, Reggio Emilia, 1943-1992) no Brasil. Dono de uma vasta produção e de um talento incomum para explorar a linguagem fotográfica, Ghirri foi uma figura fundamental da cena artística italiana, mas apenas depois de sua morte começou a ser redescoberto e consagrado no mundo todo. Essa nova fase da exposição ganha quase 100 novas obras e documentos do artista e sua passagem por São Paulo a colocou entre as cinco exposições mais bem avaliadas de 2013 da Veja São Paulo e mereceu a terceira colocação de melhor exposição do ano segundo o jornalista Silas Martí.

A exposição Luigi Ghirri. Pensar por imagens. Ícones, Paisagens, Arquitetura é uma das maiores exposições já realizadassobre o fotógrafo e foi organizada segundo três caminhos centrais ao seu universo: a investigação dos ícones visuais que povoam o mundo contemporâneo; uma releitura da paisagem italiana, baseada num profundo conhecimento da história da arte; e uma indagação sobre os modos de viver, habitar e perceber o espaço.

Serão expostas quase 300 fotografias, a maior parte delas cópias de época, além de provas de impressão, livros de artista e outros objetos que ajudarão entender a carreira fascinante do fotógrafo que foi também editor, curador e um grande pensador da fotografia.

Ghirri contribuiu, na década de 1970, para que a fotografia ganhasse importância artística na Itália. À tradição pictórica de seu país, uniu a sedução da fotografia colorida e da fotografia amadora. Neste ano, quando assumiu o cargo de curador-chefe de fotografia do MoMA, o francês Quentin Bajac declarou que Ghirri é o exemplo de gênio subestimado pelo museu, que recentemente o incorporou a sua coleção.

 O trabalho de Ghirri se debruça sobre fontes variadas: as montagens espontâneas, os achados do cotidiano, as paisagens sublimes e também as mais banais, a arquitetura autoral e a anônima. Para Ghirri, o mundo é um espetáculo que o fotógrafo deve decifrar, interpretar e traduzir. Com influências tão distintas como o neorrealismo italiano, os pintores renascentistas, a fotografia americana e Bob Dylan, Ghirri reinventou os modos de olhar e expandiu os limites do fazer fotográfico. “Suas fotos impressionam por mostrar objetos cotidianos como se estivessem sendo vistos pela primeira vez ou paisagens banais como se fossem lugares oníricos, onde temos vontade de viver”, afirma a pesquisadora Marina Spunta em matéria publicada na revista ZUM #3.

O catálogo que acompanhará a exposição traz um longo portfólio de imagens, textos do próprio Ghirri, que era um escritor perspicaz, além de ensaios críticos dos curadores e de Quentin Bajac (MoMA), do fotógrafo alemão Thomas Demand, de Bice Curiger (que apresentou Ghirri na Bienal de Veneza de que foi curadora), de Lorenzo Mammì, do historiador da arte italiana Giuliano Sergio e de Larissa Dryansky.

Luigi Ghirri nasceu em Scandiano, Reggio Emilia, no norte da Itália, em 1943. Começou a vida como topógrafo e designer gráfico, antes de se tornar fotógrafo no início dos anos 1970. Mais para fins da década, começou a ser conhecido no exterior: em 1979, foi convidado a expor na Light Gallery, em Nova York; em 1980, foi chamado para trabalhar no estúdio da Polaroid de Amsterdã; já em 1982, foi eleito um dos maiores fotógrafos do mundo na feira Photokina. Em alguns projetos, Ghirri colaborou com escritores como Gianni Celati e o arquiteto Aldo Rossi. Morreu em 1992.

“Cada uma das fotografias do livro de Ghirri, explícitas e infinitamente misteriosas, não contém quase nenhum incentivo para avançarmos, para virarmos a página e ver a foto seguinte. Satisfazemo-nos com olhar e esperar, observar”. Geoff Dyer, ensaísta britânico e colunista do site da ZUM, sobre Kodachrome

“Ghirri não se pauta pela poética do momento decisivo, pelo esforço de resumir no instante o significado inteiro de uma ação. É fotógrafo dos tempos longos, das permanências.” Lorenzo Mammì, crítico de arte

“Ghirri fez muita coisa que eu não faço, e que provavelmente não farei – mas, sem dúvida, estou feliz que ele tenha feito.” William Eggleston, fotógrafo americano

“No trabalho de Ghirri sempre há uma surpresa. As fotografias das maçãs na máquina de venda automática (Lucerna, 1971), por exemplo: é uma coisa tão comum, mas é também uma sensação e tanto. Transformar as coisas mais normais em sensações, e fazer isso repetidamente, é grande arte.” Thomas Demand, importante fotógrafo contemporâneo, sobre a obra do Ghirri.

A exposição Luigi Ghirri. Pensar por imagens. Ícones, Paisagens, Arquitetura é promovida por MAXXI Museo nazionale delle arti del XXI secolo, pela municipalidade de Reggio Emilia e pela região de Emilia Romagna, e tem curadoria de Francesca Fabiani, Laura Gasparini e Giuliano Sergio.

Abertura: 05 de fevereiro de 2014,
Exposição: de 06 de fevereiro a 13 de abril
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca - Classificação livre
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.


Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro

Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O CINEMA DE MAURICE PIALAT de 29 de janeiro a 10 de fevereiro no CCBB - RJ



De 29 de janeiro a 10 de fevereiro, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a Mostra “O Cinema de Maurice Pialat” – oportunidade única de mergulhar na obra de um dos principais cineastas de década de 70, pós-Nouvelle Vague francesa. Muitos de seus filmes permanecem ainda desconhecidos no Brasil.

Com curadoria de Fábio Savino, a mostra traz na sua programação todos os longas-metragens de Maurice Pialat, inclusive o vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1987, Sob o sol de Satã, além de A infância nuaNós não envelheceremos juntosVan Gogh, A ferida aberta, Antes passe no vestibular, Loulou, Aos nossos amores, Polícia eO garoto, quase todos exibidos em películas 35mm. Os temas dos filmes vão desde os últimos dias do pintor Van Gogh até a vida de um garoto abandonado.

A mostra “O Cinema de Maurice Pialat” também exibirá seis de seus curtas-metragens – os chamados “Curtas Turcos”. O evento é uma realização do Centro Cultural Banco do Brasil com produção da Vai e Vem Produções Culturais, apoio da Embaixada da França, Da Cinemateca da Embaixada da França, do Institut Français e da Fundação Clóvis Salgado.

Sobre o diretor

Maurice Pialat, antes de iniciar sua carreira no cinema, trabalhou como pintor e estudou na escola de Artes Decorativas de Paris, mantendo-se sempre próximo do universo das artes. Trata-se de um dos autores mais relevantes do cinema francês, pós-Nouvelle Vague.

Em seus filmes, os planos se sobressaem em relação ao conjunto, assim como os atores ganham mais atenção do que qualquer perfeccionismo formal. Maurice Pialat retratou personagens transgressores e deslocados da sociedade francesa. Suas (não) narrativas são construídas de modo a dar importância fundamental ao trabalho de improvisação do elenco. O cineasta trabalhou com nomes de peso do cinema francês, tais como Sandrinne Bonnaire, Isabelle Huppert e Gérard Depardieu. 

Grande nome do cinema francês ainda hoje, Pialat ganhou em 1987 a Palma de Ouro no Festival de Cannes pelo filme "Sob o sol de Satã". Nos últimos anos, o diretor, que morreu em 2003, tem recebido homenagens em todo o mundo; uma das mais importantes aconteceu esse ano na Cinemateca Francesa em Paris.

SINOPSES:
Longas-metragens:

Infância nua (L'Enfance Nue, França, 1968, 12 anos, 83’)
François é um menino que, após ter sido abandonado por sua mãe, mostra uma conduta agressiva que o impede de se integrar ao mundo que o rodeia.

Nós não envelheceremos juntos (Nous ne vieillirons pas ensemble, França e Itália, 1972, 18 anos, 115’)
Um homem casado mantém uma intensa relação extraconjugal, porém, não decide nunca pelo divórcio. Eterno insatisfeito, ele torna impossível a vida com sua amante. E o sentimento entre os dois transforma-se numa lenta e dolorosa ruptura.

A ferida aberta (La Gueule Ouverte, França, 1974, 16 anos, 82’)
Uma mãe descobre que está irremediavelmente doente. Então, decide partir para o interior com seu filho e sua nora, para passar seus últimos momentos na casa onde viveu e criou o filho. Porém, nesse momento a casa é ocupada por seu distante e infiel marido.

Antes passe no vestibular (Passe ton bac d'abord..., França e Canadá, 1978,14 anos, 86’)
O filme mostra a vida de um grupo de amigos da região de Lens, uma região mineradora. Alguns terminam os estudos sem grandes convicções, outros passam de pequenos bicos ao desemprego. Por que fazer o esforço de passar no vestibular se o futuro é tão incerto? No bistrô onde se reúnem, longe das cobranças da família e da escola, novos casais surgem, depois se separam... A incerteza da juventude é simplesmente vivida.

 Loulou (França, 1980, 14 anos,110’)
Nelly troca o marido grosseiro pelo ex-detento Loulou. Ele não quer trabalhar, mas não se importa de roubar. Ela trabalha, mas fica indo e vindo para seu ex pelas mais variadas razões.

Aos nossos amores (À nos amours, França, 1983, 14 anos, 95’)
Suzanne, 15 anos, têm relações sexuais com muitos rapazes, mas não consegue amar nenhum deles. Sua família não consegue entendê-la, e seu pai não gosta de seu comportamento. Quando ele sai de casa, a mãe se torna ainda mais neurótica, e o irmão de Suzanne, Robert, começa a espancá-la como castigo.

Polícia (Police, França, 1985, 14 anos,113’)
O inspetor Maugin está constantemente no encalço de pequenos traficantes de droga. Durante uma batida policial conhece Noria, namorada de um traficante, por quem se apaixona. Tornam-se amantes e ela passa a correr risco de vida.

Sob o sol de satã (Sous le soleil de Satan, França, 1987, 16 anos,93’)
Dossignan é um sacerdote muito zeloso de uma paróquia rural. O seu superior Menou-Segrais sempre tenta ajudá-lo em suas dúvidas, porém, numa ocasião Dossignan será tentado pelo Satanás e não poderá pedir ajuda. Ele tentará salvar a alma de Mouchette, uma jovem que matou um de seus amantes.

Van Gogh (França, 1991, 14 anos, 158’)
Pialat se concentra nos últimos 67 dias de vida de Van Gogh. No final da primavera de 1890, o pintor se muda paraAuvers-sur-Oise, onde se hospeda sob os cuidados do Dr. Gachet. Acompanhamos seu envolvimento amoroso com a filha do Dr. Gachet e seu relacionamento conturbado com o irmão Theo. Com uma linda fotografia que remete às obras de Renoir e Manet, Pialat realiza um fascinante retrato da vida íntima e do cotidiano desse genial artista.

O garoto (Le Garçu, França, 1995, 12 anos, 102’)
Gérard e Sophie têm um filho chamado Antoine. Gérard começa a se distanciar de Sophie e os dois discutem constantemente. Mesmo depois de deixar sua família, Gérard não abandona o filho. Fora o tempo que passa com a criança, divide sua vida entre suas amantes e seu trabalho. O trauma que a morte de seu pai lhe causou, é o motivo que leva Gérard a retornar constantemente à sua casa e manter um forte laço com seu filho, Antoine.

Curtas-metragens

O mestre Galip (Maître Galip, França,1964, 11’)
Narração de André Reybaz. A partir dos poemas de Nazim Hikmet (Eu tenho 60 anos, se pudesse cinco anos ainda viveria), as imagens se formam, nos rostos filmados em close, a atmosfera da cidade de Istambul é transmitida como eco da tristeza resignada do poeta. 
                                                                                                   
Bizâncio (Byzance, França, 1964, 11’)
Narração de André Reybaz. Documentário sobre a queda e a pilhagem da cidade de Bizâncio, ocorrida entre 1451-1453. 

Pehlivan- os lutadores turcos (Pehlivan, França, 1963, 13’)
Filme sobre um tradicional campeonato de luta turca. Os lutadores vestem coletes de couro para se enfrentarem. No intervalo entre lutas, dançarinas do ventre fazem uma apresentação. 

Istambul (Istanbul,  França, 1964, 13’)
Retrato do cotidiano dos diferentes bairros de Istambul. Um olhar atento ao cotidiano da cidade, distante das atrações turísticas e voltado para os habitantes, para o comércio, as atividades praticadas na rua e a circulação de pessoas.  

O chifre de ouro (La corne d'or, França, 1964, 12’)
Narração de André Reybaz. Cidade de sultões e haréns, de mosteiros e do Islã. Retratos de um tempo onde diferentes comunidades (turcos, gregos, armênios, judeus) viviam em harmonia.

O estreito de Bósforo (Le Bosphore, França, 1962, 14’)
Em oposição a Istambul que representa a cidade grande, o filme evoca o passado da cidade (Bizâncio, Constantinopla, Istambul). Apresenta as mais diversas localidades, monumentos presentes na região e os símbolos da sua história.


Programação
Dia 29 de janeiro | quarta-feira
15h30 - Infância nua | 83min | 35mm | 12 anos
17h30 – Antes passe no vestibular | 86min | DVD | 14 anos
19h30 - Sob o sol de satã | 93 min | 35mm | 16 anos

Dia 30 de janeiro | quinta-feira
15h - Loulou | 110min | 35mm | 14 anos
17h – Aos nossos amores | 95min | 35mm | 14 anos
19h – Van Gogh | 158min | 35mm | 14 anos

Dia 31 de janeiro  | sexta-feira
15h30 – Sessão Curtas-metragens Turcos | O Mestre Galip, Bizâncio, Pehlivan- os lutadores turcos, Istambul, O Chifre de Ouro, O Estreito de Bósforo | 74min | 35mm | 12 anos
17h30 – A ferida aberta | 82min | DVD | 16 anos
19h30 - O garoto | 102 min | 35mm | 12 anos

Dia 01 de fevereiro | sábado
17h – Nós não envelheceremos juntos | 115min | 35mm | 18 anos
19h – Polícia | 113min | 35mm | 14 anos

Dia 02 de fevereiro | domingo
17h - Loulou | 110min | 35mm | 14 anos
19h - Infância nua | 83min | 35mm | 12 anos

Dia 03 de fevereiro | segunda-feira
14h30 - Van Gogh | 158min | 35mm | 14 anos
17h30 - Nós não envelheceremos juntos | 115min | 35mm | 18 anos
19h30 – Antes passe no vestibular | 86min | DVD | 14 anos

Dia 05 de fevereiro | quarta-feira
15h30 - Sob o sol de satã | 93 min | 35mm | 16 anos
17h30 - Polícia | 113min | 35mm | 14 anos
19h30 – Sessão Curtas-metragens Turcos | O Mestre Galip, Bizâncio, Pehlivan- os lutadores turcos, Istambul, O Chifre de Ouro, O Estreito de Bósforo | 74min | 35mm | 12 anos

Dia 06 de fevereiro | quinta-feira
15h30 - Infância nua | 83min | 35mm | 12 anos
17h30 - O garoto | 102 min | 35mm | 12 anos
19h30 - A ferida aberta | 82min | DVD | 16 anos

Dia 07 de fevereiro | sexta-feira
15h30 - Antes passe no vestibular | 86min | DVD | 14 anos
17h30 - Loulou | 110min | 35mm | 14 anos
19h30 - Nós não envelheceremos juntos | 115min | 35mm | 18 anos

Dia 08 de fevereiro | sábado
17h - Sob o sol de satã | 93 min | 35mm | 16 anos
19h - Aos nossos amores | 95min | 35mm | 14 anos

Dia 09 de fevereiro | domingo
17h - Sessão Curtas-metragens Turcos | O Mestre Galip, Bizâncio, Pehlivan- os lutadores turcos, Istambul, O Chifre de Ouro, O Estreito de Bósforo | 74min | 35mm | 12 anos
18h30 - Van Gogh | 158min | 35mm | 14 anos

Dia 10 de fevereiro | segunda-feira
15h30 - Polícia | 113min | 35mm | 14 anos
17h30 - Aos nossos amores | 95min | 35mm | 14 anos
19h30 - O garoto | 102 min | 35mm | 12 anos

SERVIÇO


O CINEMA DE MAURICE PIALAT

Patrocínio: Banco do Brasil
Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Curadoria: Fábio Savino

29 de janeiro a 10 de fevereiro – CCBB Rio de Janeiro
Salas de Cinema 1 (98 lugares)
Rua Primeiro de Março 66, Centro, tel (21) 3808-2020
Ingresso: R$ 4 e R$ 2 (meia).




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

NUNO RAMOS EM EXPOSIÇÃO INÉDITA NA CAIXA CULTURAL RIO

Instalação terá três estruturas em vidro e série de desenhos inspirados em Edvard Munch, ao som do sambaHora da razão, de Batatatinha

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 22 de janeiro a 9 de março de 2014, a instalação do artista plástico e escritor Nuno Ramos, Hora da razão, composta de três grandes formas geométricas que “choram” ao som do samba homônimo de Batatinha. Formadas por estruturas de vidros assimétricas e irregulares, as três peças representam lápides e estarão cobertas por um elemento sólido feito de breu que escorrerá sobre as superfícies e sobre o piso da galeria, originando, literalmente, um choro negro. Dentro dessas estruturas, monitores de vídeo apresentam Rômulo Fróes, Clima (Eduardo Climachauska) e Nina Becker cantando a música Hora da razão. A exposição tem o patrocínio da Caixa Econômica Federal e do Governo Federal.

No entorno da instalação, estarão expostos 78 desenhos inéditos, criados a partir de folhas de ouro, prata e bronze, tinta a óleo e carvão sobre papel que compõem a série Munch. O nome se deve à utilização como elemento plástico do sobrenome do pintor norueguês Edvard Munch, que inspirou a coleção. A série também é uma homenagem do artista à sua mãe, falecida em 2011. A principal temática da exposição é a passagem do tempo e, nesse sentido, a morte ocupa um papel preponderante. Nesse processo, o artista utiliza os mais variados materiais, e estabelece uma relação densa e humana com cada um. 

A essência de Nuno parece estar justamente na capacidade de trabalhar com a tensão entre os materiais. Dessa forma, o translúcido dialoga com o opaco, assim como o mole com o duro e a linha reta com a curva. Isso leva à utilização de alguns recursos plásticos como a inserção de placas de vidro em formas de madeira ou outros materiais repletos de vaselina, resultando em camadas fluidas que extravasam e se espalham pelo chão.

Sobre o artista:
Nuno Ramos nasceu em 1960, em São Paulo, onde vive e trabalha. Formou-se em Filosofia pela Universidade de São Paulo em 1982. Artista plástico, compositor, cineasta e escritor, participou de diversas exposições coletivas e individuais, destacando-se, em 2011, as individuais Solidão, palavraAi, pareciam eternas! e O globo da morte de tudo (em parceria com Eduardo Climachauska).  Publicou em 2011 seu oitavo livro, Junco, pela editora Iluminuras, pelo qual conquistou o prêmio Portugal Telecom de Literatura na categoria poesia. Em 2008, ganhou o Prêmio Portugal Telecom na categoria melhor livro do ano com Ó, também da Iluminuras.

Serviço:
Exposição Hora da razão, de Nuno Ramos
Abertura para convidados: 21 de janeiro, às 19h
Visitação: de 22 de janeiro a 9 de março de 2014 (de terça-feira a domingo)
Horário: das 10h às 21h
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Galeria 4
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25 – Centro (Metrô: Estação Carioca)
Telefone: (21) 3980-3815
Entrada Franca
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com deficiência
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

exposição Tacita Dean: a medida das coisas - IMS RJ

O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro encerra no dia 26 de janeiro, a exposição Tacita Dean: a medida das coisas, primeira exposição individual da artista inglesa na América Latina e elaborada especialmente para o público brasileiro. Com curadoria da historiadora da arte venezuelana Rina Carvajal, a exposição traz 11 filmes e sete obras em papel. São trabalhos emblemáticos na trajetória da artista – como Disappearance at Sea [Desaparecimento no mar] (1996), Bubble House [Casa Bolha] (1999), Teignmouth Electron (2000) – e filmes recentes, como JG, realizado em 2013. Além disso, serão exibidos gravuras e trabalhos inéditos feitos a partir de fotografias e postais antigos do Rio de Janeiro.

O tempo, o acaso e a materialidade das coisas são os principais objetos de trabalho de Tacita Dean que, desde os anos 1990, se tornou uma referência internacional na produção de obras de arte em forma de cinema analógico. “Os filmes reunidos na exposição, embora com temas bastante variados, têm em comum a preocupação com o tempo – um tempo que é tanto humano quanto cósmico, em que passado e futuro entrecruzam-se no presente. É o tempo do filme, da perda e da cura, de pessoas, lugares e coisas, de percepções subjetivas”, explica a curadora.

A artista é conhecida mundialmente por sua militância em favor do cinema analógico e da continuidade da produção de películas para fins industriais e artísticos. Dos 11 filmes que compõem a exposição, 10 deles foram feitos em 16 mm e um em 35 mm, que será exibido no cinema do IMS-RJ. As obras são concebidas como instalações feitas com projeções analógicas em diferentes suportes e tamanhos. Elas registram assuntos de interesse da artista sem constituir narrativas.

Filmes

Disappearance at Sea [Desaparecimento no mar] (1996) é a primeira de uma sequência de obras inspiradas na trágica história de Donald Crowhurst, velejador amador cuja viagem acabou em morte. Feito no farol de St. Abb’s Head, em Berwickshire, na Escócia, o filme mapeia o anoitecer, do começo do pôr do sol até a escuridão completa, visto de dentro do farol. Outras duas obras realizadas a partir da história de Crowhurst são: Bubble House [Casa Bolha] (1999) – filme que mostra uma casa deserta, encontrada pela artista durante sua viagem ao Caribe, quando procurava pelo barco de Crowhurst – e Teignmouth Electron (2000), nome do barco do velejador, encontrado pela artista abandonado numa praia isolada da ilha Cayman Brac.

Gellért (1998) mostra senhoras nuas se banhando nas termas do Gellért Hotel, em Budapeste.

Kodak (2006) é uma grande homenagem ao filme analógico, do qual Dean é totalmente adepta e defensora. A artista filmou na fábrica da Kodak, em Chalon-sur-Saône, na França, o momento da fabricação de alguns dos últimos rolos de filme 16 mm.

Sempre interessada no processo criativo dos artistas que admira, Tacita Dean presta homenagem a vários deles em sua obra: em Day for Night [O dia pela noite] (2009), filmou os objetos de trabalho de Giorgio Morandi, em seu estúdio, em Bolonha. Ela recebeu permissão para filmar o pequeno quarto-ateliê onde o pintor italiano passou mais de 50 anos de sua vida, e foi a partir desse material que produziu também Still Life [Natureza-morta] (2009), no qual filma meticulosamente as marcações que Morandi fazia nos papéis que revestiam a mesa de seu ateliê.

Outro trabalho presente na exposição do IMS é Merce Cunningham performs STILLNESS... (six performances, six films)[Merce Cunningham executa STILLNESS... (seis performances, seis filmes)] (2008), resultado do pedido de Tacita Dean ao bailarino Merce Cunningham (1919-2009) para executar 4’33’’ (a composição silenciosa em três movimentos de John Cage, antigo parceiro de Cunningham). Realizado no fim da vida do coreógrafo, quando sua mobilidade era limitada, a coreografia consiste simplesmente em assumir uma posição no início de cada movimento, sentado numa cadeira, e permanecer imóvel.

Obras em papel
Além dos filmes, serão exibidas outras sete obras em papel. A fotogravura Fernweh (2009), segundo descrição da própria artista “é uma improvável paisagem feita de penhascos, floresta e dunas. Eu a criei a partir de quatro fotografias pequenas e desbotadas do século XIX que encontrei em mercados de pulgas algum tempo atrás”. Já os quatro postais que integram a série Found Gigi I-IV [Encontrando Gigi I-IV] (2013) foram comprados por Tacita Dean na viagem que ela vez ao Rio de Janeiro em 2012. São paisagens do Rio de Janeiro antigo com intervenções de um desconhecido. Há na exposição ainda duas fotografias (uma vista de Petrópolis e outra de Teresópolis) sobre as quais Tacita Dean pintou com guache.
Sobre Tacita Dean:
Tacita Dean nasceu em 1965 em Canterbury, Reino Unido. Estudou na Falmouth School of Art e na Slade School of Fine Art antes de estabelecer-se em Berlim para morar e trabalhar. Fez exposições individuais na Tate Britain, Londres (2001); MACBA, Barcelona (2001); Tate St Ives (2005); Schlauger, Basileia (2006); Solomon R. Guggenheim Museum, Nova York (2007); Nicola Trussardi Foundation, Milão (2009); ACCA, Melbourne (2009); MUMOK, Viena (2011); Turbine Hall (Unilever Series), Tate Modern, Londres (2011); e New Museum, Nova York (2012). Entre as exposições mais recentes, destacam-se a do The Fabric Workshop and Museum, Filadélfia, e seu último projeto de cinema, JG, na Arcadia University Art Gallery, Filadélfia (2013). Outras mostras previstas para 2013 incluem, além desta, no Instituto Moreira Salles, Rio de Janeiro; a da Foundación Botín, Santander; e a do Australian Centre for Contemporary Art, Melbourne. Em 2015, haverá uma retrospectiva de sua obra no Hirshhorn Museum, em Washington. Dean participou ainda de diversas exposições coletivas, como a Bienal de Veneza (2003, 2005, 2013), a Bienal de Sydney (2005 e 2014) e a Bienal de São Paulo (2006 e 2010), e recentemente participou da dOCUMENTA (13) (2012). Recebeu os prêmios Hugo Boss em 2006 e Kurt Schwitters em 2009.

Catálogo Tacita Dean

A publicação oferece ao leitor exemplos do universo de imagens e textos que integram o processo de criação dos filmes, além de ensaios críticos inéditos da curadora Rina Carvajal e da historiadora da arte norte-americana Svetlana Alpers elaborados especialmente a partir da exposição. O catálogo pode ser comprado na loja virtual do IMS pelo site:http://www.lojadoims.com.br/ims/

16 x 24 cm
128 pp.
ISBN: 978-85-8346-000-8
R$ 89,90






SERVIÇO :
Visitação: de 3 de outubro de 2013 a 26 de janeiro de 2014
De terça a domingo, das 11h às 20h
Entrada franca - Classificação livre
De terça a sexta, às 17h, visita guiada pelas exposições.
Visitas monitoradas para escolas: agendar pelo telefone (21) 3284-7400.
Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro
Rua Marquês de São Vicente, 476, Gávea
Tel.: (21) 3284-7400(21) 3206-2500