sexta-feira, 6 de março de 2015

" CÁSSIA ELLER - O MUSICAL" VOLTA AOS PALCOS DO RIO DE JANEIRO




Os diretores João Fonseca e Vinícius Arneiro se arriscam na empreitada de levar para os palcos a vida de uma das maiores cantoras brasileiras de todos os tempos. “Cassia Eller – o musical “ é bem mais intimista do que “Tim Maia — Vale tudo” e “Cazuza — Pro dia nascer feliz”, o espetáculo se desenrola num cenário com cadeiras apenas, onde também está a banda que acompanha Tacy nas várias fases da vida de Cássia.

O texto de Patrícia Andrade dá  alguns pequenos acordes suaves (e desconexos) sobre o início da carreira e os amores de Cássia. Tudo é jogado de maneira superficial, sem aprofundamento algum, é um roteiro fraco e frouxo, completamente sem amarras.

Para segurar a narrativa é necessário ter atores que interpretem, para contornar o fato de uma não atriz interpretar Cássia, Tacy (mesmo tendo o mesmo timbre, mesmos trejeitos e uma ótima caracterização) tenta fazer um resgate de como ela era aos 24 anos, mas não consegue, ela é apenas um cover em cena.

elenco vive na corda bamba, são muitos personagens para poucos atores, além da falta da carga dramática. Inicialmente, a química entre os atores não existe, mas com o passar do tempo, as coisas vão se encaixando dentro do possível.

Mesmo assim, a peça está longe de ser um espetáculo teatral musical ou mesmo um conjunto sobre os principais fatos da meteórica trajetória da cantora. Ao contrário do documentário de Paulo Henrique Fontenelle,  na peça falta identificação do público com a cantora. “Cassia Eller – o musical” é um cover, não um musical, como a montagem se propõe a ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário