Com mais de 25 mil espectadores, o musical Estúpido Cupido, vencedor do 10º Prêmio APTR de melhor produção, voltou
ao Rio de Janeiro, desta vez sem patrocínio, para uma curta temporada no Teatro
Vannucci, até o dia 26 de Junho.
Com texto de Flavio Marinho,
direção de Gilberto Gawronski e com Françoise Forton à frente de um elenco
composto por 11 atores e 3 músicos, a peça conta agora com duas novidades:
Renato Rabelo interpretando o personagem Frankie e Luciano Szafir assumindo o
papel de Teddy.
O musical mobiliza o imaginário
do espectador através do clima de inocência dos anos 60, propondo uma divertida
reflexão sobre o choque de hábitos e costumes entre as gerações.
“Tenho como referência os filmes
que assistia na Sessão da Tarde, o clima histórico antes da Ditadura Militar.
Como estamos em 2016, apesar de todo envolvimento emocional, surge o inevitável
olhar crítico, sempre com muito humor.”, conta o autor Flavio Marinho.
A trama começa com Tetê
(Françoise Forton) e sua melhor amiga, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), falando
sobre o reencontro de amigos marcado via Facebook. Vencedora do concurso de beleza
“Senhorita Rio”, Tetê (Françoise Forton) é hoje uma atriz famosa e
apresentadora do programa “Sossega”. Convencida pela melhor amiga desde os
tempos de escola, Ana Maria (Clarisse Derzié Luz), através do Facebook, a ir
num reencontro da turma de colégio, ela vai reencontrar a rival Wanda (Sheila
Matos), o ex-marido Frankie (Renato Rabelo) e uma antiga paixão: Teddy (Luciano
Szafir). No evento, uma festa com músicas e figurinos dos anos 60 e 70.
No convite está bem claro: trilha
sonora, drinques, traje, tudo vai levar as personagens de volta à era da
inocência. Wanda, durante a celebração, mostra que os anos não conseguiram domá-la,
e chega com o mesmo objetivo de Tetê: conquistar Tadeu – ou Teddy, para os íntimos.
Porém, elas não esperavam que o galã trouxesse na lambreta sua nova namorada, uma
jovem de 21 anos, estilo 2016. Danielly (Carla Diaz) – e ai de quem a chame de
Daniela – está completamente por fora da história e do clima da festa. É aí que
o conflito entre o passado e presente se torna mais denso.
“Estúpido Cupido brinca com a
relação do tempo, o ontem e o hoje. Uma peça que se passa na atualidade,
resgatando a ingenuidade, num descompromisso que tínhamos. O compromisso maior
dos anos 60 era de se apaixonar, aí entra a figura e ideia do Cupido. A
encenação está baseada no espelhamento, que propõe um jogo teatral, onde saímos
do realismo e o espetáculo ganha um tom mais poético”, detalha o diretor
Gilberto Gawronski, que, pela primeira vez, em 35 anos de carreira, dirige um
musical.
O espetáculo é pontuado por 20
músicas integradas, 16 coreografias, todas
referendadas nos anos 60. “Demos uma misturada nas danças e ritmos, como, por
exemplo, bossa nova, twist e passos de samba”, revela a coreógrafa Mabel Tude, à
ação dramática.
Hits dos anos 60 e 70 que
atravessam décadas de sucesso são tocados por uma banda ao vivo, composta por guitarra,
bateria e baixo. Os arranjos são baseados nos originais e o público se
identifica rapidamente com eles.
O figurino possui espaço de
destaque em todo o espetáculo. “Mostrando a lembrança, a juventude das
personagens e definindo a identidade de um tempo que passou, utilizei o mesmo
figurino para a época atual, com o detalhe das cores mais desbotadas, mais
esmaecidas, como antigos mesmo. A referência para o figurino a personalidade de cada personagem, nada mais
do que isso”, explica a figurinista e cenógrafa “Da novela só o título, e,
antes de ser título, temos como referência a música Estúpido Cupido.
Serviço:
Teatro – Estúpido Cúpido
Local: Teatro Vanucci - Rua Marquês de São Vicente, 52 –
lj 371, Shopping da Gávea.
Temporada: de 12 de Maio a 26 de Junho
Dias e horários: de quinta a
sábado às 21h e domingo às 20h 30 min.
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